Excesso de lotação dos cemitérios em Luanda é preocupante

A directora do Gabinete Provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários de Luanda, Vânia Vaz, afirmou, ontem, que o excesso de lotação dos cemitérios da capital do país é uma situação causada pelo tempo de existência das infra-estruturas, mas acaba por ser preocupante, porque faz com que alguns estejam encerrados.

A gestora destacou que dos 8 cemitérios existentes, apenas três estão sob a tutela do Governo Provincial de Luanda. Os outros são responsabilidade das Administrações Municipais.

Quantos cemitérios temos em Luanda?

Existem oito cemitérios a nível da província, nomeadamente, o Alto das Cruzes, Sant’Ana, Benfica, Camama, Viana, Funda, Mulemba 14 e Icolo e Bengo.

Todos estão sob tutela do Governo Provincial de Luanda?

Não. Apenas os Cemitérios do Benfica, Sant’Ana e Alto das Cruzes estão sob tutela do GPL, os restantes são da responsabilidade das Administrações, nomeadamente, da Camama, Viana, Funda, Mulemba 14 e do Icolo e Bengo.

Quantos estão em pleno funcionamento?

Dos cemitérios que estão sob tutela do GPL, apenas um está em pleno funcionamento, que é o cemitério do Benfica. Os Cemitérios do Alto das Cruzes e Sant’Ana encontram-se encerrados, sendo que, neste momento, só está a ser permitida a realização de funerais com processo de reabertura para quem já tenha campa de família há mais de 5 anos e devidamente legalizadas.

Qual é a razão da inoperacionalidade de alguns cemitérios?

Os Cemitérios do Alto das Cruzes e Sant’Ana encontram-se encerrados, porque são os mais antigos que a província de Luanda tem e, por esta razão, já atingiram a sua capacidade máxima de lotação, o que é preocupante.

Quais são os procedimentos actuais para a solicitação de um espaço para se enterrar um ente querido, tendo em conta a implementação do Simplifica?

Para a realização de funerais, é necessário que o cidadão tenha o Boletim de Óbito e cópia do Bilhete de Identidade do solicitante, que podem ser adquiridos nas conservatórias. Depois de ter em posse o documento que confirma a morte do malogrado, passada pelos técnicos competentes dos hospitais ou da casa mortuária, pode solicitar um espaço.

Quais são os custos para quem pretende enterrar um ente querido?

Os custos para realização de funerais variam de 3.000 a 32.500 kwanzas, dependendo do tipo de funeral ou velório que se pretende realizar.

Qual é o tempo determinado para retirar as ossadas de um defunto e dar lugar a outro enterro?

O tempo determinado para a exumação de corpos são de 5 anos. Após esse período, se as famílias não solicitarem a aquisição de um jazigo, devem deixar o espaço para outros serem enterrados.

Que procedimentos são necessários para se ter um jazigo?

Para se ter um jazigo é necessário fazer-se um requerimento dirigido ao governador provincial de Luanda, a solicitar a autorização para o efeito e depois seguir com outros procedimentos legais, como o pagamento da licença de construção que é feito na tesouraria do Governo. Importa referir que os velórios do GPL andam encerrados para obras de melhoria, mas já estão em fase de conclusão para abertura do público.

 Qual é o horário definido e os dias que podem ser realizados funerais?

Os horários para realização de funerais são de segunda-feira a sexta-feira, das 08h00 às 15h00, aos sábados e domingos, os enterros podem ser realizados até às 12h00.

Quantos velórios estão sob tutela do GPL?

Sob tutela do Governo Provincial de Luanda estão os velórios da Sant’Ana e do Benfica. Além destes existem ainda os velórios do ex-R20, pertencente às Forças Armadas Angolanas (FAA), o dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros e o da Polícia Nacional, mas nestas infra-estruturas não há qualquer intervenção do GPL na gestão.

Qual é o procedimento para realizar uma cerimónia fúnebre nos Velórios da Sant’Ana e do Benfica?

Para realizar uma cerimónia fúnebre nestes velórios é necessário fazer-se a marcação com antecedência e o respectivo pagamento, que são definidos pelo tipo de serviço solicitado.

Como é feita a gestão da limpeza e a segurança dos cemitérios?

A limpeza é feita pelos funcionários dos cemitérios com apoio da Elisal e, quando necessário, pode-se eventualmente solicitar a prestação de serviços das empresas de limpeza. A segurança é feita mediante um contrato entre a empresa e o Governo Provincial de Luanda.

Existe um orçamento para gestão dos cemitérios?

Não existe nenhum orçamento específico para a gestão dos cemitérios em Luanda.

A zona que estava reservada para os funerais de vítimas da Covid-19, vai continuar?

Sim, a zona reservada para casos de Covid-19 continua a funcionar, apenas para casos de mortes causadas por doenças endémicas ou contagiosas.

Quantos funerais são registados por dia em Luanda?

Nos cemitérios que estão sob tutela do GPL, concretamente o do Benfica, temos uma média de 20 funerais por dia, e nos da Sant’Ana e Alto das Cruzes rondam entre dois e quatro funerais diários, sendo que em algumas ocasiões não são realizados num período de um mês.

  CONSTERNAÇÃO
A  tristeza   de quem perde um ente querido

“Até agora não consigo superar a dor de ter perdido o meu filho e um irmão no mesmo dia, num acidente de viação. Foi uma tragédia para família”, relembra António Domingos, para quem o Dia dos Finados, assinalado hoje, é uma data de reflexão e tristes lembranças.

Contar a tragédia, ainda hoje, é bastante pesaroso, para António Domingos. “A morte dos dois foi um choque para todos, já que horas antes do acidente, estavam em um convívio familiar. Parece ter sido a despedida deles. Estavam muito felizes. Infelizmente, receberam um telefonema para irem em busca de dinheiro a alguém que os devia, na zona da Camama. Saíram do São Paulo, de motorizada, e no trajecto aconteceu o pior”, recordou.

“Eram jovens alegres, que lutavam para ter o melhor. Uma das suas maiores virtudes era o espírito de solidariedade e a persistência. Eles eram unidos, apoiavam-se em quase tudo. Doeu-me muito vê-los estendidos no asfalto daquela noite terrível. Que Deus os abençoe”, lamentou.

Por esta razão, António Domingos, já com 63 anos, não consegue ir ao cemitério no Dia dos Finados para depositar flores ou fazer orações em homenagem às vítimas. “Deixo essa tarefa para os meus filhos, sinto-me sem forças para isso”, lamentou.

Fonte: JA

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