Ex-colaboradores acusam administração do BCI

A administração do banco que pertence ao grupo Carrinho garante que agiu dentro da lei e que os ex-colaboradores assinaram acordos de livre vontade, negando ter sugerido a trabalhadores para escolherem qual dos familiares ficava no banco e qual deveria sair. Mas um administrador confirma

Trabalhadores do Banco de Comércio e Indústria (BCI) abrangidos no processo de redução de quadros da instituição acusam a administração de “chantagem”, por estar a obrigar funcionários da mesma família a escolherem qual dos membros permanece na instituição financeira ou qual sai. Instituição bancária nega e diz que banco cumpriu a lei. Cinco ex-trabalhadores, sob anonimato pois assinaram acordos de confidencialidade, e um dos membros da administração do BCI confirmaram ao Expansão que o banco chegou a fazer esta abordagem junto de colaboradores que têm familiares directos a trabalhar na instituição.

A redução de quadros é uma entre as várias medidas ensaiadas pelo banco na sequência do plano de reestruturação que está em curso, posto em marcha com a entrada do novo accionista, o grupo Carrinho, que, entre as primeiras decisões que tomou ao assumir o banco, priorizou a redução de pessoal, mecanismo que tem gerado muita agitação entre os colaboradores, conforme contam fontes ligadas ao processo.

Após várias reuniões com o Sindicato dos Empregados Bancários de Angola (SNEBA), o conselho de administração da instituição tinha já garantido que os colaboradores que deixarem voluntariamente a instituição teriam até 10 milhões de kwanzas de dívidas de crédito perdoadas, como tinha revelado ao Expansão o presidente do órgão sindical da classe bancária, Filipe Makengo. Em Julho, o banco tinha previsto mandar para “casa” um número acima de 30 colaboradores num processo de mútuo acordo, revelou. Segundo Makengo, do grupo abrangido, grande parte ocupava cargos de responsabilidade na instituição, o que faz crer ao responsável do SNEBA que o “perdão” anunciado pela administração do banco não satisfaz.

Segundo uma fonte envolvida no processo adiantou ao Expansão, a comissão criada para gerir o processo de redução de quadros sugeriu que os trabalhadores que tenham membros da família a trabalhar no banco, nomeadamente esposa ou filhos, devem escolher entre eles quem continuaria e quem sairia da instituição. Uma acusação que a administração do BCI nega. “É importante esclarecer, desde já, que não há, à data de hoje, 05 de Setembro, nenhum processo de despedimento em curso no BCI, pelo que também não é possível haverem chantagens, ameaças ou escolhas impostas para familiares colaboradores, porque qualquer processo deste género obedece, como é do vosso conhecimento, a preceitos legais, que enquanto entidade empregadora e instituição financeira respeitamos de forma estrita”, respondeu a gestão do banco a um pedido de esclarecimentos do Expansão, através do gabinete de Direcção de Marketing e Comunicações. Apesar disso o Expansão sabe que alguns colaboradores já deixaram o banco por mútuo acordo.

Entretanto, trabalhadores da instituição dizem que o banco está a substituir estes quadros antigos por quadros novos, com salários mais baixos se comparado com o período em que o BCI pertencia 100% ao Estado. Até 31 de Dezembro de 2021, o banco tinha um total de 1.306 trabalhadores, menos 42 profissionais do que em 2020. Em Julho deste ano, de acordo com um e-mail a que o Expansão teve acesso, a equipa de recursos humanos do banco explicava que “o BCI encontra-se numa fase particularmente difícil da sua existência”, estando “num momento em que somos obrigados a rever a dimensão da nossa estrutura e a forma como trabalhamos, através da diminuição de custos com infraestruturas, contratos, fornecedores e, por fim, o nosso capital humano”.

E acrescenta: “Face ao exposto, está neste momento disponível um programa de rescisão de mútuo acordo, do qual qualquer colaborador poderá fazer parte. Disponibilizamos um pacote de compensação que vai desde o fecho de contas, compensação por anos de casa, seguro de saúde, manutenção das taxas de juro bonificadas dos colaboradores do BCI ou mesmo liquidação parcial ou total dos créditos em vigor no banco”.

Fonte: Expansão
Ver mais em: https://expansao.co.ao/empresas/interior/dispensados-do-bci-acusam-administracao-de-chantagem-109917.html

 

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