Centenas de pacientes que sofrem de glaucoma – uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo – já vão poder receber medicamentos gratuitos, na província de Benguela, soube hoje a ANGOP.
O glaucoma -uma das principais causas de cegueira no mundo – é uma doença do nervo óptico, no qual este é afectado pelo aumento de pressão intra-ocular. A doença é evitável, se detectada atempadamente.
A promessa foi feita durante um encontro que juntou tanto profissionais de saúde quanto pacientes com glacouma, no Centro Oftalmológico Internacional de Benguela, que abordaram as soluções para ultrapassar as dificuldades no acesso aos medicamentos e, por conseguinte, o abandono do tratamento.
Em declarações à ANGOP, no final da reunião, o director do Gabinete Provincial da Saúde em Benguela, António Manuel Cabinda, anunciou que, dentro de pouco tempo, os medicamentos para glacouma passarão a ser adquiridos pela instituição, para distribuição gratuita aos pacientes.
“Vamos agora acertar com os fornecedores do ramo da oftalmologia, para a aquisição imediata”, assegura o director da Saúde, referindo que a distribuição aos pacientes será feita através do Centro Oftalmológico Internacional, tão logo haja estoques para o efeito.
E defende que as questões de saude não podem esperar, já que, como afiança, a glacouma é uma doença progressiva e tem levado muitos pacientes à cegueira irreversível, situação que as autoridades querem agora reverter.
Segundo o gestor, como já tem sido prestada atenção em relação às doenças infecciosas, principalmente a malária, tuberculose e Vih/Sida, doravante, deverá olhar-se também para outro grupo de patologias, entre as quais a glacouma.
“Apesar de não ter cura, há medicamentos que evitam a progressão da doença para que os pacientes não cheguem à cegueira”, explica.
Nesse sentido, diz-se preocupado com o número significativo de pacientes com glacouma consultados no Centro Oftalmológico Internacional, muitos dos quais abandonam o tratamento.
O director da Saúde reconhece que os preços desses medicamentos não estão acessíveis para muitas famílias, daí que muitos pacientes deixem de fazer o tratamento.
Contudo, acentuou que o Gabinete Provincial da Saúde vai procurar contrapor a situação, facilitando o acesso dos pacientes com glacouma aos fármacos, tendo em vista a prevenção e o combate à cegueira.
Por outro lado, adiantou que será também reforçada a componente óptica do Centro Oftalmológico, para facilitar o acesso aos óculos aos utentes com maiores dificuldades financeiras.
António Manuel Cabinda sublinha que essa mesma estratégia será seguida quanto aos doentes hipertensos e diabéticos, no intuito de aliviar os constrangimentos no acesso ao tratamento.
Com nove médicos oftalmologistas, entre angolanos e cubanos, o Centro Oftalmológico Internacional de Benguela atende, em média, 300 pacientes com glacouma/mês.
Fonte: Angop.ao
Ver mais em: https://www.angop.ao/noticias/saude/pacientes-com-glacouma-receberao-medicamentos-gratuitos-em-benguela/
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