Falta de merenda escolar

No ano lectivo passado houve redução da presença de alunos em escolas da comuna de Calumbo, município de Viana, província de Luanda, por não ter havido merenda escolar.

A informação foi avançada, quarta-feira, pelo director das escolas 5013 e 5014, Mateus Zua, numa reunião que o administrador de Viana, Demétrio de Sepúlveda, manteve com gestores escolares do município, um dos maiores da província de Luanda.

“Na comuna de Calumbo, as crianças merecem e precisam de merenda escolar”, referiu Mateus Zua, sublinhando que, quando não vão à escola, há crianças que são levadas pelos pais à lavra, para participarem em actividades agrícolas, de onde sai o sustento de muitas famílias da comuna de Calumbo, uma área tradicionalmente agrícola e piscatória.

O gestor escolar deu ênfase à necessidade da retomada da distribuição da merenda às escolas da comuna de Calumbo, porque quando há merenda escolar os alunos não faltam à escola, por saberem que “vão saciar a fome”.

No encontro, o director Mateus Zua disse ainda que entre as maiores preocupações da comuna de Calumbo no sector da Educação estão, também, o número insuficiente de salas e a falta de água, energia eléctrica nas escolas, casas para os professores, segurança escolar e auxiliares de limpeza.

Mateus Zua pediu ao administrador municipal de Viana que, com a intervenção do Governo Provincial de Luanda, encontre uma solução para os problemas apresentados no encontro de auscultação.

Quando disse haver salas insuficientes na comuna de Calumbo, Mateus Zua citou, a título de exemplo, a escola 5014, que só tem três salas de aula, cujo número vai aumentar, por já estar incluída no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).

A escola 5014 está localizada no bairro Mateia, de onde saem crianças para estudarem no Zango I, por aquele estabelecimento escolar ter um número insuficiente de salas para atender toda a população estudantil local.

As crianças vão a pé, quando não têm dinheiro para recorrerem aos transportes públicos, e percorrem uma “enorme distância” até ao Zango I.

Um “mar” de preocupações

De uma forma geral, as preocupações apresentadas pelos directores escolares que intervieram no encontro com o administrador municipal de Viana tinham semelhanças na forma e no conteúdo.

O director da escola primária 5040, situada no Kikuxi II, referiu que, por escassez de transportes públicos, há relatos de alunos que são vítimas de assaltos quando fazem o percurso a pé de e para a escola.

José Caculo disse ter chegado ao seu conhecimento informações sobre a desistência escolar de crianças e adolescentes que já foram assaltadas e de outras, por receio de serem também vítimas de assalto na via pública.

À semelhança de várias escolas de Viana, a escola primária de que é director José Caculo precisa de auxiliares de limpeza e de ser reabilitada e ampliada.

A mobilidade dos professores tem sido feita à base de um alto custo financeiro, por os docentes recorrerem, sobretudo, ao serviço de táxi informal, por haver um défice de autocarros de transportes públicos.

“Os professores, por exemplo, para chegarem às escolas onde dão aula, gastam entre 1.500 e 2.000 kwanzas por dia”, lamentou José Caculo.

A radiografia escolar do Distrito Urbano da Baia foi feita pela responsável local pelo sector da Educação, Fernanda Cuteta, que disse estarem as más condições das vias de acesso às quatro escolas de que dispõe o distrito entre as maiores preocupações.

As quatro escolas estão desprovidas de vedação e não têm carteiras nem salas suficientes, informou Fernanda Cuteta, que defendeu, por outro lado, a necessidade de haver já institutos politécnicos no Distrito Urbano da Baía.

Reabilitação de escolas

O administrador do município de Viana revelou que, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), 17 escolas vão ser reabilitadas e ampliadas.

Demétrio Sepúlveda adiantou que também há escolas, cujo número não mencionou, que vão receber, ainda este ano, “pequenas intervenções”, também no âmbito do PIIM.

O responsável declarou que algumas das preocupações apresentadas podem ser resolvidas pela Administração Municipal de Viana, enquanto outras por via da intervenção do Ministério da Educação e do Gabinete Provincial da Educação.

Demétrio Sepúlveda reconheceu que o município de Viana precisa de mais escolas públicas, por ainda ter um número expressivo de crianças em idade escolar fora do sistema de ensino.

De acordo com o administrador, as localidades do município de Viana que têm maior défice de escolas são a comuna de Calumbo e os distritos urbanos da Baía e da Vila Flor.

Quanto à distribuição de carteiras às escolas, um problema também apresentado no encontro, o administrador do município de Viana informou que esforços feitos, com o envolvimento do Ministério da Educação, do Gabinete Provincial da Educação e de parceiros, já resultaram no atendimento a algumas escolas, estando o processo a decorrer para que mais estabelecimentos de ensino e aprendizagem, também, recebam.

Fonte: Jornal de Angola

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