Programa JIRO beneficia adolescentes e jovens

Duzentos e quarenta e cinco mil e 70 adolescentes e jovens, no país, participaram em acções de mobilização e sensibilização sobre VIH/SIDA, saúde sexual e reprodutiva, drogas, higiene menstrual e outros males, no âmbito do programa “Juventude Informada, Responsável e Organizada” (JIRO).

Os dados foram avançados hoje, quarta-feira, pela ministra da Juventude e Desportos, Palmira Barbosa, durante a abertura da IV conferência nacional sobre saúde sexual e reprodutiva.

O JIRO é um programa do Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD) e integra os ministérios da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU), da Educação (MED) e da Saúde (MINSA), contando com a parceria do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP).

Foi lançado pela primeira vez em 1997 e visa a promoção da educação para a saúde sexual e reprodutiva incluindo planeamento familiar, género, prevenção das ITS/VIH, além de comportamentos positivos no seio dos jovens e adolescentes.

Segundo a ministra, a partir dessas acções, realizadas de 2021 até a data, 4.589 activistas voluntários e conselheiros foram formados sobre aconselhamento e testagem em VIH / SIDA, bem como foram desenvolvidos projectos de saúde reprodutiva, visando a prevenção das infecções de transmissão sexual, gravidez precoce e a influência de hábitos e costumes com efeitos nefastos sobre a condição de saúde dos jovens.

Palmira Barbosa fez saber que as várias acções visam melhorar os indicadores de conhecimento básico dos adolescentes e jovens sobre a saúde reprodutiva, actualmente preocupantes, tendo com conta que muitos jovens começam a vida sexual activa em média aos 16 anos; 64 por cento dos rapazes e 70 por cento das meninas dos 15 aos 19 anos declararam não ter acesso a informações sobre o planeamento familiar.

Acrescentou que a taxa de gravidez precoce é alta, 32 por cento de rapazes e raparigas de 15 a 24 anos não têm conhecimento abrangente sobre as formas de prevenção do VIH/SIDA, pelo que o encontro visa reflectir sobre os dados, tendo em conta que a saúde sexual e reprodutiva dos jovens está enquadrada na agenda do Executivo angolano, através do PDN 2018/2022, que define a implementação da política nacional da população, particularmente o programa de desenvolvimento integral da juventude.

Por sua vez, Marina Coelho, em representação do FNUAP, lembrou que no dia 15 do corrente mês a população mundial chegou à oito bilhões de habitantes, sendo que aproximadamente 15,5 por cento têm entre 15 a 24 anos.

Avançou que em Angola, com mais de 30 milhões de habitantes, 65 por cento da população têm menos de 25 anos e 48 por cento têm idade inferior a 15 anos, ou seja, a maioria são jovens, onde a taxa de gravidez na adolescência é de 163 nascimentos por mil meninas entre os 15 aos 19 anos.

A representante fez saber que cerca de 32 por cento de meninas e rapazes de 15 a 24 anos têm conhecimento abrangente sobre a prevenção do VIH e apenas 25,2 por cento das meninas de 15 e 24 anos e 11,1 por cento dos rapazes da mesma faixa etária já foram testados para o VIH.

Augurou que o encontro, de um dia, sirva como oportunidade importante para refletir sobre investimentos necessários para a realização do pleno potencial dos adolescentes e jovens, na defesa dos seus direitos e garantia de um futuro mais justo e próspero.

No mesmo diapasão, o director-adjunto do centro de oncologia, José Carlos Van-Dúnem, em representação da ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, destacou que o crescimento da população é maior em países africanos, sendo que a previsão aponta que em 2050, 68 por cento do crescimento populacional  estarão concentrados na Ásia e África, fruto dos altos níveis de fecundidade em alguns países.

Sem avançar números, disse que em Angola a maior taxa de natalidade verifica-se nas zonas rurais, onde a falta de informação e razões culturais colocam os adolescentes e jovens entre os mais vulneráveis, lembrando que o ministério da Saúde tem pasmados na Política Nacional de Saúde, no Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário 2012-202, no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, os serviços de saúde reprodutiva amigos dos adolescentes e jovens, onde estes devem ser atendidos sem a necessidade de autorização dos pais, sem necessidade do bilhete de identidade e onde encontrem carinho, compreensão, empatia e não emissão de juízos de valor por parte dos profissionais de saúde.

Informou ter sido elaborada, recentemente, a Política e a estratégia integrada da saúde sexual e reprodutiva, materna, do recém-nascido, da criança, do adolescente e nutrição, assim como as directrizes para o auto-cuidado em saúde reprodutiva.

Aliado a essas directrizes, em 2021, com a ajuda de vários parceiros, foram abertos oito serviços para o atendimento de adolescentes e jovens e treinados 177 profissionais de saúde reprodutiva nas províncias de Luanda, Bengo, Cabinda, Cuanza Norte, Malanje, Uíge, Huíla, Namibe, Cunene e Cuando Cubango. Prevê-se a abertura de mais 17 serviços em 2023.

“Aproveito lembrar que temos o compromisso de aumentar o acesso e a cobertura a métodos modernos de planeamento familiar, o que significa investir na saúde e nos direitos das mulheres, meninas, rapazes e dos casais, pois esses investimentos também geram ganhos económicos e sociais e ajudam a aumentar os benefícios de desenvolvimento”, frisou.

Sob o lema “Garantir uma vida saudável aos adolescentes e jovens”, no encontro foram debatidos temas como o acesso dos serviços de saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes e jovens, incluindo planeamento familiar e a experiência e acções realizadas pelos parceiros em prol da saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes e jovens.

Fonte: Angop.ao

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