Protocolos para garantir estágios

A falta da componente prática na formação é uma dura realidade com que muitas estudantes se deparam. No entanto, o Ministério do Ensino Superior exige a realização de protocolos de cooperação entre universidades e empresas para que o ensino teórico “ande de mãos dadas” com o ensino prático.

As instituições do ensino superior passam a estar obrigadas a apresentar ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESTCI) protocolo estabelecido com empresas locais para estágios curriculares de estudantes durante a formação, para garantir que estes tenham a componente prática após a formação. Esta exigência será para as instituições que estão no processo de criação e licenciamento, enquanto as antigas vão passar ainda por um processo de reavaliação institucional, “para estimular a aprofundar os instrumentos de cooperação que têm com as empresas privadas”.

De acordo com o director Nacional do Ensino Superior, Emanuel Catumbela, o estágio não pode ser apenas no final do curso, para três meses, deve começar desde o início da formação. “O que se nota é que muitos estudantes frequentam os quatro ou cinco anos de licenciatura e não têm a possibilidade de frequentar um estágio curricular, dificultando o ingresso na vida profissional do licenciado”.

Na opinião do director-geral do Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ) Albertino Sebastião, o Ministério do Ensino Superior está a jogar o seu papel de regulador e, ao mesmo tempo, de mediador entre as universidades e as empresas no sentido de legitimar o próprio processo de estágio. “A componente prática na formação é tão importante quanto a teórica, por isso, essa obrigação vai ser benéfica para todos porque vai corrigir muitas irregularidades que aconteceram anteriormente”.

Por outro lado, o antigo vice-presidente da associação das universidades privadas, sublinha que as empresas têm de estar sensibilizadas para participar na formação dos jovens, pois a formação não pode ser vista como estando confinada à escola, mas sim como um processo que congrega todos.

Quanto aos custos que podem ocorrer no processo de estágio, o académico lembra que está previsto que as empresas, em função da sua dotação orçamental, podem definir estágios remunerados ou não remunerados. E as instituições também e em função do programa curricular do estágio ver se o estágio é oneroso ou não para as empresas. “Por exemplo, temos estagiários nos hospitais públicos e privados e conhecemos as limitações dos hospitais públicos. Então, nós não pagamos pelo estágio, mas comparticipamos com descartáveis, como luvas e outros materiais básicos, para permitir que os estudantes façam o estágio”, explica.

Albertino Sebastião acrescenta que todas as universidades podem ter um laboratório ou uma incubadora de empresas, mas o estágio fora do laboratório universitário tem muita relevância porque os estudantes vão trabalhar com questões reais e o mesmo deve acontecer nas empresas. “Penso que estamos a evoluir. Unilateralmente, as instituições tinham os seus parceiros empresariais até e, às vezes, os estudantes apresentavam empresas para fazer estágio e era difícil acompanhá-los. Então, se o ministério mediar e aprofundar os instrumentos de cooperação trará maior segurança para todos, rigor e qualidade no processo de estágio.”

Pedro Agostinho, docente de gestão de projectos da Universidade Utanga de Angola, defende que o ministério não deveria restringir essa obrigação às instituições que estão a ser criadas, mas sim alargar a todas as universidades. “Tanto novas como as antigas deveriam ser obrigadas apresentar o documento que comprova a cooperação entre a universidade e a empresa. A maior parte dos nossos estudantes formaram-se sem uma aula prática e a falta desta componente também tem as suas consequências”, defende.

Fonte: Expansão
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