A estratégia de sobrevivência em Angola nos últimos tempos

O alto custo de vida leva os angolanos ao grito de socorro. No Cuando Cubango, juntar valores entre várias pessoas para conseguir adquirir bens alimentares, tem sido a lei da sobrevivência, à semelhança do resto do país.

Nos últimos tempos, Angola tem enfrentado uma crise económica que tem afetado diretamente o bolso da população. O alto custo de vida é um dos principais problemas enfrentados pelos angolanos, que têm visto seus salários perderem valor diante da desvalorização do kwanza, a moeda local.

O resultado é que os preços dos produtos básicos, como alimentos, remédios e combustível, têm subido constantemente, enquanto os salários não acompanham essa alta. Muitas famílias têm enfrentado dificuldades, como conta Cecília Catraio:

Da província do Cuando Cubango vem o grito de socorro da população, que fala da estratégia usada para sobreviver.

“Antigamente o saco de arroz era 9.000, 00 kwanzas (o equivalente a 11 euros), tinha inclusive de 7 mil kwanzas. Hoje o saco de arroz está a custar 15 mil kwanzas (aproximadamente 18 euros). O óleo era 10 mil kwanzas, no máximo e agora está acima de 15 mil kwanzas. A massa alimentar que custava 150 kwanzas por pacote, agora está a custar de 250 à 300 kwanzas. O açúcar passou de 500 kwanzas para 800 kwanzas”, revelou.

Para os críticos, a desvalorização do kwanza tem sido resultado de diversos fatores, como a queda do preço do petróleo, que é a principal fonte de renda do país, e a falta de investimentos em outros setores da economia. Além disso, a corrupção e a má gestão dos recursos públicos têm contribuído para agravar a crise.

Desvalorização do kwanza

O economista Maximimo Katchekele confirma a subida dos preços nos mercados formal e informal e entende que tal problema vem da desvalorização da moeda nacional em detrimento do euro e do dólar norte-americano.

Angola adotou um sistema de câmbio flutuante, que não garante uma segurança daquilo que são os preços praticados para os nossos imperadores ou os nossos comerciantes. Então, eis a razão da cesta básica disparar”, considerou.

Para o economista, Angola sobrevive refém das importações, até para a cesta básica.

“Angola ainda sobrevive mendigando do exterior, e isto também é uma das razões pelo qual os preços nos mercados formal e informal conheçam níveis alarmantes”, disse.

Lei da sobreviência

Para poderem comprar alimentos, que estão cada vez mais caros, as famílias e indivíduos angolanos têm que “fazer sócia”, um ato que consiste na junção de valores entre várias pessoas para adquirir bens alimentares em maior quantidade, que depois é repartido de forma equitativa. Cecília Bundo fala da estratégia:

“Famos continuar a fazer sócia. Se antes fazíamos sócia de duas pessoas, hoje já não se consegue, temos de fazer de três ou mais, para conseguirmos comprar mais qualquer coisa. E isto é preocupante. Se para nós que compramos à grosso não está a ser fácil, imagina para quem nem à grosso conseguia comprar, anteriormente?”, questionou.

Entretanto, para o economista Maximimo, diante desse cenário, é necessário que as autoridades angolanas tomem medidas para reverter a crise económica e garantir um ambiente mais favorável para a população e aponta medidas:

“Uma das saídas, poderá ser com os valores obtidos da subvO Estado pode investir, sobretudo, na importação de produtos da cesta básica”.
Enquanto isso, os angolanos seguem enfrentando um alto custo de vida e a incerteza em relação ao futuro económico do país.

Fonte: DW

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