O presidente da Associação dos Inventores de Angola (AIA) disse, ontem, ao Jornal de Angola, que pretendem inscrever o criador nacional Hélder Silva entre os candidatos à próxima edição do Prémio Nobel de Física, pela abrangência da descoberta feita pelo pesquisador.
Joel Muxinda explicou que o inventor angolano realizou diversos estudos científicos e descobriu, depois de 40 anos de investigação, que só existe um pólo magnético no universo. “A ideia vai mudar o mundo e a forma como encaramos a ciência. As mudanças vão incluir a fabricação de circuitos integrados, ou de equipamentos para telemóveis e outros aparelhos electrónicos, assim como projectos ligados à agricultura.
Caso o projecto consiga verbas para o financiamento, disse, o país pode passar por uma revolução do ponto de vista tecnológico e industrial. “Todos temos algum potencial para ser inventor”, adiantou, acrescentando que a associação congrega mais de 300 membros, porém a maioria apesar de terem boas ideias, não tem meios financeiros para concretizar os projectos.
A possibilidade do trabalho de Hélder Silva ser aceite entre um dos candidatos da próxima edição do Nobel, salientou, representa um ganho para o país. “Temos procurado escolher os trabalhos de realce, pois a associação tem uma certa credibilidade no estrangeiro, em especial na Alemanha onde já ganhou diversos prémios”.
A Associação dos Inventores de Angola (AIA) foi criada antes da Independência, mas como sede para os inventores portugueses. Depois da Independência, a instituição passou por um período de sonegação e só em 2013 foi oficialmente legalizada.
Revolução
O inventor Hélder Silva, que é membro da AIA, considerou a descoberta o resultado dos vários anos de pesquisa em laboratório. “A descoberta tem estado a provocar, nos últimos dias, um espanto entre a comunidade científica no mundo, sobretudo as ligadas ao estudo da Física”.
Para o inventor, é preciso que o mundo encare com seriedade o trabalho dos angolanos no ramo das ciências. “O estudo efectuado permitiu observar mudanças significativas na estrutura dos pólos”, referiu.
Em relação às possíveis contradições que possam surgir em torno do estudo, o investigador acredita não haver argumentos para contrariar o trabalho. “Contra factos não há argumentos, então os factos existem e o resultado é visível”.
O candidato ao Nobel disse que contou com o suporte de alguns amigos do ramo científico, de várias nacionalidades e durante o estudo houve muitas contrariedades, mas no final de tudo, os créditos caíram para o angolano.
Hélder Silva adiantou que, além do prémio, o seu maior orgulho ao candidatar-se é poder ver a imagem de Angola cimentada numa experiência importante, ao ponto de tornar o país numa das referências no campo da investigação científica.
O candidato ao Nobel da Física pediu ainda às autoridades angolanas para que o apoiem. “Esses eventos são muito dispendiosos”, explicou, além de reconhecer que algumas figuras governamentais, de forma pessoal, têm dado apoio moral, no sentido de continuar a trabalhar para o desenvolvimento da ciência no país.
Fonte: JA
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