Jovem abre oficina mecânica com apoio do PAPE e emprega 16 pessoas na província do Cuando Cubango

Gabriel António Cambinda é um dos jovens beneficiários do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE) na província do Cuando Cubango. Depois da formação na especialidade de Mecânica-auto, no Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), recebeu um kit profissional em 2022, no valor de três milhões e 400 mil kwanzas.

Em declarações ao Jornal de Angola, Gabriel Cambinda, de 30 anos, disse que desde que beneficiou deste projecto, a sua vida melhorou bastante, pois conseguiu abrir uma oficina no bairro Macueva, arredores da cidade de Menongue, que permitiu empregar, até ao momento,  16 funcionários que estão inscritos no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).

Gabriel António Cambinda conta que com o dinheiro que ganha da reparação e manutenção de viaturas, ele e os funcionários já conseguem sustentar as famílias e dar sequência aos estudos.

“Graças a este apoio estou a ter muitos êxitos e, hoje,  recebo clientes que vêm da cidade de Menongue e vários bairros periféricos”, disse, acrescentando que por este facto não tem tido problemas para fazer o reembolso dos três milhões e 400 mil kwanzas que recebeu em forma de crédito do Banco Sol.

O jovem empreendedor explicou que além de criar 16 postos de trabalhos directos, 28 outros jovens beneficiaram de empregos indirectos que são contratados quando o volume de trabalho aumenta.

Gabriel António Cambinda disse ainda que o seu maior sonho é expandir os serviços para as províncias da Huíla, Huambo, Bié e Namibe, porque tem recebido muitas solicitações a partir dessas  regiões.

“O PAPE surgiu no momento certo e foi muito bem pensado, tendo em conta que as políticas criadas para que os jovens possam se tornar empreendedores têm melhorado as condições de vida de muitos”, disse.

 Considerou importante incentivar os jovens a aderirem aos programas criados pelo governo, para que deixem a delinquência e não fiquem sentados à “sombra da bananeira” à espera que tudo venha do céu.

Gabriel António Cambinda apelou ao Executivo a rever as políticas de pagamento dos impostos, para facilitar os pequenos e médios empreendedores que beneficiam do PAPE a cumprirem, com rigor, as suas obrigações tributárias.

  Melhores condições de trabalho

António Mateus é um jovem do município do Cuchi, que beneficiou, em 2019, de um kit profissional de carpintaria, através do PAPE, o que lhe permitiu gerar cinco postos de trabalhos directos e cujo rendimento mensal tem permitido sustentar as suas famílias e a formação dos filhos.

Explicou que antes de receber o kit profissional já exercia a actividade, mas na altura, tinha pouca clientela. Actualmente, produz portas, janelas, mobiliário de sala, quarto, cozinha, escritórios, entre outros utensílios e apetrechos.

António Mateus recordou que,  anteriormente, não conseguia exercer bem o seu trabalho devido à falta de materiais adequados, mas com o apoio do PAPE hoje tornou-se uma referência até à província da Huíla, de onde recebe muitas encomendas.

  Informou que, mensalmente, consegue ter entre 15 e 30 clientes e arrecadar de 250 a 400 mil kwanzas, que têm servido para a compra de máquinas e outros materiais, para além do pagamento de salários, renda do estabelecimento e o cumprimento das obrigações fiscais.

“Com as ferramentas que recebi, através do PAPE, o meu negócio aumentou significativamente e já não presto serviço de forma limitada como anteriormente”, afirmou, acrescentando que almeja aumentar mais postos de trabalho para ajudar mais jovens que estão desempregados.

António Mateus disse que antes de receber o kit de carpintaria não conseguia atender algumas necessidades básicas da vida e actualmente este problema faz parte do passado, graças ao PAPE. Espera que outros jovens adiram a este programa criado pelo Executivo para a melhoria das condições de vida e retirar mais pessoas do desemprego.

“O conselho que deixo à juventude do Cuando Cubango, é que devem continuar a confiar nas políticas do Executivo e aproveitarem bem as mesmas com os kits profissionais ou micro-crédito que recebem, porque só assim é que poderão ver as suas vidas melhoradas e contribuírem para o desenvolvimento da província e do país em geral”, disse.

Informou que com os rendimentos que tem tido criou uma equipa de futebol 11 denominada “Clube Desportivo Carpintaria do Cuchi”, para manter alguns jovens ocupados e distantes da delinquência, consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou outras drogas que podem comprometer o seu futuro.

Paixão pela profissão

O jovem Feliciano Martins da Costa, do município de Menongue, é alfaiate de profissão desde 2009, actividade que começou a gostar   quando tinha apenas 16 anos, por influência do pai, que já era profissional na área.

Explicou que com 17 anos começou a trabalhar como alfaiate no bairro Tchivonde, arredores da cidade de Menongue, fazendo pequenos trabalhos de costura. Com paixão no ofício, decidiu especializar-se devido a algumas reclamações de clientes sobre a qualidade dos trabalhos prestados, facto que o obrigou a inscrever-se, em 2017, no curso de corte e costura no centro de formação técnico-profissional do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), em Menongue.

Lembra que durante a formação no INEFOP, teve várias experiências que o ajudaram a tornar-se mais profissional no ramo em que actua. Desde que terminou o ciclo formativo, a sua vida mudou, não só pela habilidade técnica adquirida, mas também por conseguir um kit de corte e costura, bem como noções de empreendedorismo.

O kit que beneficiou de um microcrédito de 320 mil kwanzas, através do PAPE, ajudou a impulsionar o seu negócio e com o dinheiro que ganhou comprou várias máquinas e materiais que lhe permitiram abrir uma pequena empresa (Atelier), no bairro Jubileu, arredores da cidade de Menongue.

“Após a conclusão da minha formação e beneficiar de um kit profissional de corte e costura, comecei a criar as minhas próprias ideias e uma delas era não mais voltar ao mercado. Por isso, tive que procurar um espaço bem localizado onde não pudesse mais remover a máquina de costura todos os dias no final da jornada. Foi assim que decidi abrir um atelier no bairro Jubileu, onde desenvolvo as minhas actividades até ao momento, sem qualquer sobressalto”, disse.

Feliciano Martins da Costa agradeceu o esforço que o Executivo tem vindo a empreender na criação de políticas de empregabilidade para os jovens, porque graças a esses, é dono de uma pequena empresa que permitiu criar quatro postos de trabalho directos e seis indirectos.

Salientou que além da sua empresa receber um crédito bancário, teve a oportunidade de trabalhar com estagiários, remunerados por um subprograma do PAPE.

“Quanto aos empregos indirectos, trabalhamos juntos nos momentos em que existe uma grande sobrecarga ou excesso de trabalho, e no final, eles   são, remunerados de acordo com os serviços prestados”, disse.

Apelou aos demais jovens a continuarem a acreditar nas políticas do Executivo e apostarem em formações técnico-profissionais, com intuito de beneficiar de vários projectos e programas que visam torná-los empreendedores.

Explicou que,  com o trabalho que faz, sustenta a sua família, paga as despesas da sua formação superior no curso de Comunicação Social no Instituto Superior Politécnico Privado de Menongue (ISPPM). Já a frequentar o terceiro ano, Feliciano Martins da Costa pretende trabalhar na área de relações públicas, depois de concluir a formação.

Mais-valia

Garcias Ndongala, mestre de serralharia desde 2014, exercendo a sua actividade no bairro 23 de Março, arredores da cidade de Menongue, beneficiou de um kit profissional de serralharia no âmbito do Plano de Acção para Promoção da Empregabilidade (PAPE), que lhe permitiu criar a sua oficina e empregar cinco jovens.

Disse que o kit profissional foi uma mais-valia, tendo em conta que por meios próprios nunca teria conseguido alcançar o nível de trabalho que tem feito, com elogios de muitas pessoas que procuram os seus serviços devido à qualidade e preços praticados, que cabem para os bolsos de todos.

A título de exemplo, Garcias Ndongala disse que os preços praticados na sua empresa para o fabrico de portões variam entre 450 e 550 mil kwanzas, que podem ser pagos em prestações, no âmbito de um acordo entre a firma e o cliente.

Reconheceu que o PAPE é um programa que tem ajudado na realização de sonhos de milhares de jovens. No seu caso, graças ao suporte financeiro que beneficiou, a sua vida deu passos significativos na prestação de serviços de montagem de estruturas metálicas para cobertura de telhas, fabrico de portões de residências, janelas, gradeamentos, entre outros trabalhos ligados à área de serralharia.

Mais de cinco mil beneficiários

O chefe do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) no Cuando Cubango, Xavier Tchicuata, informou que  dos 10.030 jovens formados pela instituição desde 2005 nos municípios de Menongue, Cuchi, Cuito Cuanavale, Mavinga, Cuangar, Calai, Dirico e Rivungo, na província do Cuando Cubango, 5.514 beneficiaram de estágios e kits profissionais e a criação de 5.489 postos de trabalho directos e indirectos.

Xavier Tchicuata assegurou que o PAPE é um dos programas implementados pelo Executivo que tem ajudado muitos jovens a profissionalizaram-se, conseguirem o seu primeiro emprego e gerar muitos postos de trabalho.

Até ao momento, apenas jovens de oito dos nove municípios do Cuando Cubango foram contemplados com formação técnico-profissional, porque o INEFOP tem somente quatro centros, mormente em Menongue, Cuchi e Cuito Cuanavale, bem como uma unidade móvel que ministra formações nas zonas onde não existe representação da referida instituição.

Explicou que a instituição tem envidado esforços para a expansão dos serviços para todos os municípios da província, através da movimentação do centro móvel, para que mais jovens beneficiem das políticas económicas que o Executivo angolano tem vindo a implementar. Mas referiu que o êxito disso depende das Administrações Municipais, que devem criar as condições necessárias.

O INEFOP no Cuando Cubango está a ministrar 13 cursos técnico-profissionais, nomeadamente, Electricidade, Canalização, Serralharia, Mecânica-auto, Corte e costura, Excel avançado, Informática, Pastelaria e culinária, Marcenaria, Inglês, Contabilidade, Empreendedorismo e Secretariado, o que tem permitido a criação do auto-emprego e melhoramento da vida económica e social de muitas famílias.

Apelou aos jovens que ainda não acreditam nas políticas do Executivo a abraçarem os programas que estão a ser implementados, tendo em conta que são visíveis os benefícios daqueles que aderem a estes projectos.

O sector conta com 28 formadores, número que o responsável do INEFOP considerou insuficiente para fazer face à procura dos cursos ministrados, com realce para o Empreendedorismo, ministrado com o apoio do governo provincial.

Fonte: JA

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