O presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA) apelou, sábado, ao Executivo angolano para autorizar a entrada de veículos usados no país, de maneira a colmatar a carência de táxis, sobretudo em Luanda.
Francisco Paciente teceu tais considerações a propósito do 5 de Outubro, Dia Nacional do Taxista, comemorado recentemente em todo o país. “A crise no serviço de táxi começou a partir da publicação do Decreto que impediu o acesso ao país de carros usados. Por isso, o Governo deve permitir que haja mais acesso de carros, mesmo com cinco, ou seis anos de uso”, referiu.
O presidente da associação revelou que, no âmbito da efeméride, a organização apresentará uma proposta de lei e de regulamentação, para que os associados tenham uma carteira profissional.
Para o líder da ANATA, a organização profissional tem responsabilidades acrescidas pelo número de associados que controla, sem desprimor para as outras organizações, facto que permitiu a elaboração da proposta de lei e o próprio regulamento para a actividade de táxi no país.
“Todos os taxistas têm que passar por nós. Nós os conhecemos, incluindo o tempo em que eles são taxistas, a sua documentação, capacidade técnica e psíquica, para beneficiar de uma carteira profissional”, enfatizou.
Francisco Paciente disse que aproveitou a efeméride para atribuir prémios aos taxistas dedicados à causa do bem comum, contra a sinistralidade, a embriaguez e o desrespeito às normas de trânsito.
Sobre o número de taxistas que circulam em Luanda, Paciente afirmou que existe um total de 50 mil, “que é o triplo do número de pessoas que exercem a actividade”.
Quanto à média dos utilizadores de táxis em Luanda, referiu que os números são flutuantes pelo facto de a actividade ser ocasional. “O combate é para retirar a ocasionalidade do trabalho e a tornar numa actividade profissional”.
Nos próximos dias, adiantou, a associação pretende lançar uma plataforma de gestão de táxi, para permitir uma melhor distribuição nos variados pontos de Luanda. “Se nos derem a oportunidade de gerirmos o serviço de táxi, de modo que todos os taxistas estejam concentrados numa plataforma de gestão, vamos fazer uma melhor distribuição dos táxis pela cidade”, argumentou.
Fonte: Jornal de Angola
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