Aumento de casos de hipertensão arterial preocupa autoridades

O país tem apenas cerca de 300 especialistas em Cardiologia, inscritos na Ordem dos Médicos, número que o presidente da Sociedade Angolana de Doenças Cardiovasculares e Hipertensão, Gade Miguel, considerou insuficiente para atender os mais de 30 milhões de habitantes do país, dos quais muitos com problemas de hipertensão arterial.

Para minimizar a situação, Gade Miguel defende que, no mínimo, em função do número da sua população, o país tinha de trabalhar no sentido de que cada cardiologista atendesse mil habitantes.

“Mesmo este número seria demais para cada especialista, mas ajudava muito na melhoria do atendimento dos que acorrem aos cuidados de cardiologistas”, realçou o médico.

O presidente da Sociedade disse ser urgente que se mude este quadro de escassez de médicos cardiologistas, principalBoa noite Boss,eis a Proposta de Primeira pág. do Jornal de Angola referenteao dia 28 de Setembro de 2022.Reitero Melhores Saudações.Salvador Escórciomente, numa altura em que o país continua a registar uma incidência elevada de casos de hipertensão arterial, um dos princípios factores de risco das doenças cardiovasculares.

Gade Miguel sublinhou que já houve épocas piores, porque contavam-se as províncias onde havia cardiologistas. Este cenário alterou-se significativamente, com a formação de vários médicos no exterior e pela abertura localmente de internatos de especialidade, que permitiu que cada hospital central nas províncias tenha dois ou mais cardiologistas.

O médico salientou que, actualmente, decorrem no país três internatos de cardiologia nas províncias de Luanda, Benguela e Huambo. Com isso, dentro de mais alguns anos, o número de cardiologistas vai aumentar consideravelmente.

Transplantes de Órgãos

Sobre a questão do Transplante de Órgãos, e, em particular, do coração, Gade Miguel afirmou que a lei foi aprovada tardiamente, mas é bem-vinda, principalmente porque existem pacientes que a sua sobrevivência depende desta operação.

Por exemplo, avançou que em dez pacientes com problemas cardíacos, pelo menos dois são candidatos ao transplante.

Em função disso, a materialização da aprovação da lei sobre os transplantes começa a ser cada vez mais urgente. Por isso, realçou a necessidade da criação de comissões de transplantes de vários órgãos, para discutir as questões da legislação, éticas e deontológicas, mas sempre em respeito aos aspectos culturais, por ser algo que a população não está habituada.

Casos no Dom Alexandre

No Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, aparecem, semanalmente, entre dois a três casos de candidatos ao transplante cardíaco.

Por isso, o chefe de Serviço Cardiovascular e do Tórax do referido complexo clínico, Valdano Manuel, reforçou a necessidade urgente da realização de transplantes de órgãos em particular do coração a nível do país.

O médico referiu que estes são pacientes com fracção de injecção cardíaca muito baixa (capacidade que o coração tem de injectar sangue para todo o corpo, cerca de 20%. Nesses pacientes, o transplante é a única solução para que possam sobreviver por mais tempo e com qualidade.

Valdano Manuel considerou que o transplante cardíaco deve ser sempre o fim da linha de tratamentos para os pacientes que padecem de doenças do coração e não a primeira opção, por ser um processo moroso e muito complexo.

“É um processo que exige uma logística grande e uma medicação cara, que deve ser tomada com regularidade pelo resto da vida, para se evitar a rejeição do órgão novo”, explicou.

Quanto aos medicamentos, avançou que não aparecem normalmente no país e, quando existirem, são adquiridos a preços bastante elevados. Por isso, o médico con-

sidera que o processo de transplante seja materializado, tendo em conta que a lei já foi aprovada há algum tempo.

Neste caso, defendeu a criação de uma forte estrutura organizacional, comité de transplantes (em que fariam parte vários especialistas), e discutir a questão sobre quem e quando se deve doar órgãos, que tem de ser clara e especifica.

O cirurgião cardiovascular disse, ainda, que tem de existir uma vasta equipa, que seja dividida entre a unidade hospitalar onde se retira o coração e a unidade receptora do órgão a ser transplantado, uma vez que a sua transportação deve ser devidamente acautelada, para se evitar situações que compliquem processo.

“O processo, depois da retirada do coração do dador, passando pela transportação até o órgão começar a bater no outro organismo, deve durar, no máximo, quatro horas”, explicou o médico.

A par disso, Valdano Manuel salientou que o hospital onde se transplanta o coração tem de possuir um ou mais ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea- funciona como um coração e um pulmão artificial, para poupar os órgãos do paciente durante o tratamento), caso o organismo rejeite de imediato o novo coração, a chamada “rejeição híper aguda”.

O papel da família vítima

Questionado sobre quem deve ser dador do coração, Valdano Manuel esclareceu que essa questão, por norma, envolve a família, uma vez que o dono do órgão ser incapaz de tal autorização.

Nesse sentido, os corações doados são de pessoas jovens e vítimas de acidentes que tenham causado trauma crânio cefálico (morte cerebral, mas com o coração a funcionar).

O cirurgião cardiovascular explicou que o país deve ter, também, laboratórios com tecnologia de ponta, onde seja possível a realização de testes de compatibilidade de órgãos e de biopsias mensais, semestrais e anuais, para se evitar possíveis rejeições dos órgãos, dado ao facto de se tratar de um membro tirado no corpo de outra pessoa, o que requer manutenções são fundamentais para o seu bom funcionamento.

Por isso, disse não bastar apenas a aprovação da lei, mas, fundamentalmente, da criação de todas as condições técnicas e logísticas que permitam que o transplante e a forma de vida do beneficiário corram bem.

Fonte: Jornal de Angola

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