Mais de 500 mil jovens vão ser formados, nos próximos quatro anos, em diversas áreas, através do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), anunciou, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social.
Pedro Filipe disse, durante a cerimónia de encerramento de um curso de formadores, sob o lema “Formação profissional, moderna e inclusiva, a chave para o desenvolvimento”, que a qualificação profissional é uma das apostas do Governo angolano para os próximos quatro anos.
Para atingir a meta, sublinhou, deve-se olhar não só para a quantidade de jovens formados, mas, sobretudo, para a qualidade da formação. “O êxito da formação está directamente ligado às qualificações dos formadores e à disponibilidade de meios técnicos e materiais”, explicou.
O Executivo, avançou, tem estado, através do INEFOP, a mudar o ensino técnico-profissional em áreas relevantes para o desenvolvimento do país. “Um total de 45 formadores beneficiaram, nas últimas quatro semanas, de cursos nas especialidades de Carpintaria de Cofragem, Electricidade, Energias Renováveis e Pedreira”, disse.
Os formadores, adiantou, têm, a partir de agora, a responsabilidade de replicar os ensinamentos e experiências adquiridos nos últimos dias. “Os formadores devem trabalhar mais para tornar o sistema nacional de formação profissional moderno, adequado às exigências do mercado e estar de acordo com as expectativas dos jovens”.
Moldar o futuro
Para o director do INEFOP, a nível do sistema nacional de formação profissional, o primeiro passo está associado à qualificação do capital humano. “O formador, enquanto agente que molda o formando para o desafio de um futuro melhor, deve estar devidamente qualificado e actualizado”, disse.
Manuel Mbangui sublinhou que esta foi a segunda edição do curso para formadores, que surge numa parceria entre o INEFOP e o Programa de Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional (RETFOP), para garantir uma formação técnica contínua dos formadores.
A actualização do conhecimento aos formadores, ressaltou, resulta das mudanças de contexto, nas áreas das tecnologias e globalização. Devido à parceria, avançou, já foram formados um total de 160 formadores. “O Instituto conta com 1.303 formadores, responsáveis pela preparação de 60 mil jovens”, disse, acrescentando que há necessidade de se ter os formadores alinhados com o que acontece no mercado de trabalho do mundo moderno”, destacou.
O coordenador do RETFOP, Alexandre Rosa, saudou a iniciativa e disse que a formação é importante para reforçar a capacidade técnica e aumentar a qualidade dos formadores.
Fortalecer o ensino
O representante da União Europeia (UE) em Angola, Paulo Simões, destacou a importância do programa RETFOP, feito em parceria com o Executivo angolano, para fortalecer efectivamente a oferta formativa, em particular ao nível do ensino técnico-profissional.
“O RETFOP é parte de um objectivo estratégico e prioritário do Governo angolano, assente na formação de homens e mulheres, que tem preparado quadros técnicos nas diversas áreas de conhecimento identificadas como necessárias para o país”, disse.
Angola e a UE, realçou, assumiram compromissos políticos internacionais estratégicos, para promoverem políticas sustentáveis no domínios da formação técnica. “A União Europeia orgulha-se de ter colaborado, activamente, com Angola nestes processos, e encontra-se disponível não só para continuar esta parceria, como reforçar o apoio na consolidação deste caminho”.
Os formandos
O acto de encerramento da cerimónia foi marcado pela entrega de certificados aos finalistas do projecto. André Barros, natural de Cabinda, foi um dos formandos, que terminou o curso de Pedreira e prometeu colocar em prática o que aprendeu em quatro semanas de formação.
Para o formando, projectos semelhantes devem continuar. “O capital humano é um dos motores para um país em vias de desenvolvimento crescer, por isso, é bom que outras áreas sejam também contempladas” disse.
Fonte: JA
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