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Milhares de cidadãos para apenas 500 vagas

38 Ideias de Negócios com Pouco Dinheiro para fazer em Angola

FEIRA DE EMPREGO

O atendimento, previsto para às 8 horas, começou por volta das 10, uma situação que dificultou a organização dos candidatos, que não se entendiam em relação aos lugares.

André da Costa
Milhares de cidadãos, entre os 20 e 45 anos, compareceram, ontem, numa feira do emprego, iniciativa do grupo Boa Vida, localizado
na via expressa, no sentido Benfica/Cacuaco.

AS 500 Vagas 

As 500 vagas estavam direccionadas, maioritariamente, para o sector da construção civil, com realce para engenheiros, pedreiros, ajudantes de construção, assim como pintores e ladrilhadores.

O presidente do Conselho de Administração do Grupo Boavida, Tomás Dowbor, disse à Comunicação Social que foram criadas todas as condições para o atendimento dos candidatos e, caso não terminasse a recepção dos processos, estenderiam o prazo para o
dia seguinte (hoje).

Explicou que os candidatos vão começar a ser seleccionados no mês de Janeiro do próximo ano, para começarem a trabalhar, provavelmente, em Fevereiro.

Os jovens vão integrar uma equipa responsável pela construção de um projecto denominado “Cidade Boavida”, onde vão ser erguidas duas
mil residências do tipo T3.

Acrescentou que o salário inicial de um trabalhador em regime de estágio ronda os 50 mil kwanzas, com fortes perspectivas de se aumentar, mediante as qualificações de cada funcionário. O Grupo Boavida pretende, também, preparar dez mil jovens, no próximo ano, para integrarem em equipas de trabalho no sector da construção civil.

Tomás Dowbor disse que ficou surpreendido com o elevado número de senhoras, maioritariamente jovens, em busca de emprego, e que,
apesar de muitas não terem o perfil desejado poderão ser colocadas em áreas administrativas.

Confusão

Os candidatos começaram a chegar ao local por volta das 4 horas e 30 minutos de ontem, na esperança de conseguir trabalho.

O atendimento, previsto para as 8 horas, começou por volta das 10, uma situação que dificultou a organização dos candidatos, entre homens e mulheres, que não se entendiam em relação aos lugares.

Muitos candidatos pretendiam ficar em frente de outros que chegaram mais cedo, com empurrões e situações de quase pancadaria, fazendo com que agentes da PolíciaNacional e do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros fossem obrigados a intervir.

No meio da confusão, houve jovens que ficaram feridos.

A presença de muitos jovens próximo às bermas da estrada criou engarrafamento nos dois sentidos da via expressa, obrigando efectivos da Unidade de Trânsito a intervir.

Candidatos

Sebastião João, 40 anos, residente em Viana e pai de oito filhos, diz estar desempregado e que chegou ao local por volta das cinco
horas da manhã, na esperança de conseguir trabalho na construção civil, área onde tem alguma experiência há mais de 15 anos.

Abílio António, 22 anos, vive com os pais no Calemba 2 e pretende trabalhar na área da pintura, onde tem muito pouca experiência.

“Pintei somente três casas, num biscate feito com amigos do bairro”.

Domingas da Conceição, casada e mãe de quatro filhos, quer trabalhar na área da cozinha e diz que tem o curso de culinária, uma actividade que não faz parte das vagas disponíveis. Ainda assim, entregou os documentos e aguarda pela chamada.

Alice Matos, 27 anos, pretende trabalhar na área administrativa, como secretária.
Diz estar desempregada há dois anos e ser solteira e mãe de dois filhos.

Jornal de Angola

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