A gigante energética francesa TotalEnergies assinou acordos de cooperação com três empresas nacionais de petróleo e gás – Petrobras, SOCAR e Sonangol – para realizar campanhas de detecção e medição de metano usando sua tecnologia Airborne Ultralight Spectrometer for Environmental Applications (AUSEA) em instalações de petróleo e gás no Brasil , Azerbaijão e Angola.

A TotalEnergies revelou a assinatura destes três acordos durante a mesa redonda ‘ Eliminando as Emissões de Metano até 2030 ‘, com a parceria da Presidência da COP28. Isto demonstra o compromisso dos quatro intervenientes em identificar, quantificar e reduzir as emissões de metano, ao mesmo tempo que incentiva toda a indústria do petróleo e do gás a visar zero emissões de metano até 2030. O gigante francês acredita que reduzir as emissões de metano é “uma vitória rápida” no batalha contra as alterações climáticas.

Patrick Pouyanné , Presidente e CEO da TotalEnergies, comentou: “A Presidência da COP28 conta com a mobilização de todos os principais setores industriais da economia global para garantir o sucesso desta conferência. Para a indústria do petróleo e do gás, a redução das emissões de metano das operações é uma prioridade, uma vez que as tecnologias estão disponíveis. O primeiro passo é medir as emissões, ativo por ativo. Ao disponibilizar a nossa tecnologia AUSEA aos nossos parceiros, a TotalEnergies está a dar um passo concreto para encorajar toda a indústria, incluindo as empresas nacionais, a visar zero emissões de metano.”

Atualmente, o analisador de gás AUSEA montado em drone, desenvolvido pela TotalEnergies e pelos seus parceiros de I&D: CNRS e a Universidade de Reims Champagne-Ardenne, é considerado uma das tecnologias mais precisas do mundo para detetar e medir emissões de metano. AUSEA consiste num sensor duplo em miniatura capaz de detectar emissões de metano e dióxido de carbono, ao mesmo tempo que identifica a sua origem em todos os tipos de instalações industriais, sejam elas onshore ou offshore.

A TotalEnergies reduziu para metade as emissões de metano das suas instalações operadas entre 2010 e 2020. No entanto, o player francês também estabeleceu metas ambiciosas para intensificar os seus esforços e reduzir as emissões de metano em mais 50% até 2025 – com o objetivo de atingir esta meta um ano antes. em 2024 – e 80% em 2030, em comparação com 2020. Para tal, a empresa realizou uma campanha global para medir as emissões de metano das suas atividades operadas a montante no ano passado, utilizando a tecnologia AUSEA.

Além disso, a empresa, que está empenhada em promover o quadro da Parceria das Nações Unidas para o Petróleo e Gás Metano (OGMP 2.0) com outras empresas petrolíferas nacionais e internacionais, manteve o estatuto de padrão OGMP Gold durante três anos consecutivos. A TotalEnergies está convencida de que a cooperação entre NOCs e IOCs é fundamental para alcançar uma redução massiva de metano em toda a indústria.

Portanto, a gigante francesa está agora a expandir a sua iniciativa AUSEA para além dos seus activos operados, graças aos três acordos de cooperação assinados com a Petrobras no Brasil, SOCAR no Azerbaijão e Sonangol em Angola, que visam realizar campanhas de medição de emissões baseadas em drones AUSEA em instalações que operam e demonstram medidas concretas tomadas para mobilizar a indústria de petróleo e gás em direção a zero emissões de metano.

Durante a COP28, a TotalEnergies também decidiu apoiar o fundo fiduciário de Queima Global e Redução de Metano (GFMR) do Banco Mundial com uma doação de 25 milhões de dólares entre 2024-2030. Este fundo visa desbloquear mecanismos de financiamento e soluções técnicas para impulsionar os esforços globais para acabar com a queima rotineira de gás e reduzir as emissões de metano na medida do possível ao longo de toda a cadeia de valor do petróleo e do gás, fornecendo assistência técnica, permitindo reformas políticas e regulamentares, fortalecendo as instituições, e mobilizar financiamento para apoiar a ação dos governos e dos operadores de petróleo e gás.

Pouyanné explicou: “O metano é fundamental na luta contra as alterações climáticas nesta década. Na COP27, convidei todas as empresas de petróleo e gás, nacionais e internacionais, a aderirem ao OGMP 2.0 e a trabalharem em prol de zero emissões de metano. Na COP28, 50 empresas que representam 40% da produção global de petróleo embarcaram no compromisso da Carta de Descarbonização do Petróleo e Gás : o impulso existe e a TotalEnergies tem orgulho de ser signatária desta carta.

“Com base no legado do nosso apoio bem-sucedido à iniciativa ‘Zero Routine Flaring’ do Banco Mundial, estou satisfeito que a TotalEnergies esteja renovando e aumentando o seu apoio com a sua contribuição para este novo e ambicioso fundo fiduciário do GFMR. A TotalEnergies foi a primeira empresa internacional a responder positivamente ao pedido de financiamento do Banco Mundial, pois estamos confiantes de que este programa permitirá ações concretas com efeitos reais e significativos na redução das emissões de metano.”

Mais de 60% dos signatários da carta de descarbonização, representando mais de 40% da produção mundial de petróleo, são NOCs e os restantes são IOCs. Este é considerado o maior número de sempre de NOCs a comprometerem-se com uma iniciativa de descarbonização. Entre outras coisas, os signatários concordaram em investir no sistema energético do futuro, incluindo energias renováveis, combustíveis de baixo carbono e tecnologias de emissões negativas, juntamente com o aumento da transparência, abrangendo a melhoria da medição, monitorização, comunicação e verificação independente das emissões de gases com efeito de estufa e da sua desempenho e progresso na redução dessas emissões.

Fonte: aoffshore energy
Ver artigo em: https://www.offshore-energy.biz/totalenergies-petrobras-socar-and-sonangol-join-forces-to-curb-methane-footprint/

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