Adalberto exige que MPLA diz onde meteu 6,3 mil milhões de dólares “Onde foi aplicado esse dinheiro?”
“O OGE 2023 prevê uma receita petrolífera anual de 7,2 biliões de kwanzas que, em termos trimestrais, resulta numa média de 1,8 biliões de kwanzas por trimestre. Sucede que os dados de execução da receita petrolífera no primeiro trimestre do ano dizem-nos que o executivo arrecadou 2,1 biliões de kwanzas, ou seja, 300 mil milhões de kwanzas acima da média esperada para o trimestre”, disse Adalberto Costa Júnior, sublinhando que a produção é importante, mas o preço “é o mais importante e determinante, por ter compensado a quebra na produção diária”, questionando “onde foram parar os excedentes de 2021 e 2022”.
De acordo com o líder da UNITA, 2021 registou um saldo orçamental positivo de 1,8 biliões de kwanzas, equivalente à época a três mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros), e em 2022, ano eleitoral, um superavit orçamental de 1,5 biliões de kwanzas, equivalente a 3,3 mil milhões de dólares (2,9 mil milhões de euros).
“Somados os dois saldos orçamentais, o executivo do MPLA deve explicar ao país o destino dado a mais de 6,3 mil milhões de dólares [5,6 mil milhões de euros] do excedente. Onde foi aplicado esse dinheiro? Na campanha eleitoral do MPLA? Na compra de consciência dos angolanos? Na corrupção? No saque a favor dos novos-ricos? Ou na perseguição até à exaustão dos adversários políticos?”, sublinhou, lembrando que nos últimos três anos Angola beneficiou da moratória da dívida à China e outros credores internacionais devido à covid-19.
Sobre a retirada da subvenção aos combustíveis e da crise cambial, Adalberto Costa Júnior considerou que “também não passa de uma peça de recorte político”.
Fonte: Club K
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