A taxa de emprego registada em Angola, no segundo trimestre do ano em curso, é de 62,7 por cento, mais 0,2 pontos percentuais que no primeiro trimestre, de acordo com números do Inquérito ao Emprego em Angola, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) relativo ao período entre Abril e Junho.
O INE disse que a população empregada (com 15 ou mais anos) foi estimada em 11.370.798, um aumento de 1,4 por cento face ao primeiro trimestre, dando lugar ao ligeiro aumento de 0,2 pontos percentuais.
A variação homóloga, comparando os dados com segundo trimestre de 2022, com o mesmo período de 2021, é maior, com a taxa de emprego de jovens entre 15 e 14 anos a situar-se em 0,8 por cento ao ascender de 61,7 por cento, entre Abril e Junho do ano passado, para 62,7 por cento.
A taxa de emprego foi na área rural, de 80,6 por cento, foi significativamente superior à urbana, de 52,4 por cento, com um pouco mais da metade, 53,2 por cento, da população empregada a declarar que tem como actividade principal económica a agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, seguido do comércio por grosso e a retalho, com 19,1 por cento. À semelhança da evolução ocorrida em quase todos os trimestres, nota a INE, a diferença entre homens e mulheres é em 28,2 pontos percentuais favoráveis aos primeiros, enquanto a taxa de emprego dos homens, de 65 por cento, foi superior à das mulheres (60,5).
Os resultados do inquérito indicam que, no período em análise, a taxa de emprego dos homens e das mulheres aumentou 0,3 e 0,2 pontos percentuais, respectivamente, face ao primeiro trimestre de 2022, ao mesmo tempo que a taxa de emprego de jovens dos 15 aos 24 anos, de 36,2 por cento, foi superior à dos meses de Janeiro e Abril em 0,8 pontos percentuais.
Os dados indicam que maior parte da população trabalha no sector privado e que a produção para consumo próprio aumentou 2,2 pontos percentuais, face ao I trimestre de 2022.
No segundo trimestre de 2022, a maioria dos empregados no emprego informal eram trabalhadores por conta própria (49,5 por cento), trabalhadores familiares (29,8) e trabalhadores para o consumo próprio (12,2), com os dados a apontar para que a taxa de emprego informal (79,3 por cento) é maior na área rural que na urbana, representando 95 e 65,4 por cento, respectivamente.
A população desempregada com 15 ou mais anos foi estimada em 4 913 481 pessoas, sendo 2 238 933 homens e 2 674 547 mulheres, sendo mais elevada entre estas últimas (30,2 por cento) que entre os outros (28,3) em 3,6 pontos percentuais.
Além disso, a taxa de desemprego na área urbana (40,0) é cerca de três vezes superior à da área rural (14,3), com uma diferença de 25,7 pontos.
Os dados foram estabelecidos com base do apuramento de uma população economicamente activa (com 15 ou mais anos) estimada em 16.284.279 pessoas, sendo7.901. 995 homens e 8.382 284 mulheres.
A taxa de actividade da população activa foi estimada em 89,8 por cento, sendo mais alta entre os homens (90,7 por cento) que entre mulheres (88,9), assim como superior na área rural (94) e que urbana, (87,3).
Fonte: Jornal de Angola
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