Academia do Empreendedor de Luanda forma 515 pessoas

Um total de 515 jovens (276 mulheres e 239 homens) foi formado, desde 2021, pela Academia do Empreendedor de Luanda (AEL), localizada no Distrito Urbano do Benfica, em Luanda, no espaço de ajuda do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE).

O subdirector Pedagógico da Academia, Júlio de Almeida, referiu durante a entrevista concedida ao Jornal de Economia & Finanças que, em função do plano estratégico criado para a massificação de empregos, neste momento encontram-se oito micro-empresas incubadas na instituição para um período experimental de seis meses.

Entre os cursos ministrados, salientou, os mais concorridos são Culinária, Pastelaria, Cabeleireiro e Corte e Costura, os quais já permitiram a criação de 25 micro-empresas, no presente ano, 14 das quais foram encaminhados às instituições financeiras para a concessão de micro-créditos.

A Academia funciona com base em três pilares fundamentais, com principal incidência à formação, à incubação e à parceria. Actualmente, conta com diversos parceiros institucionais nacionais do Estado, privados e estrangeiros com várias iniciativas de formação, expansão e aplicação de recursos.

A instituição está vocacionada à formação de adolescentes e jovens, no domínio das habilidades, criação e desenvolvimento de negócios, bem como à capacitação técnica e deontológica de modo a fomentar o auto-emprego.

O estabelecimento conta com mais de 30 áreas formativas, distribuídas nos sectores de tecnologia, gestão e artes e ofícios.

Segundo Júlio de Almeida, a nível local, nota-se um grande interesse de jovens e não só em realizar ou dar início a um negócio que pode contribuir para o crescimento do empreendedorismo comunitário, mas enfrentam algumas dificuldades em obter formação devido a limitações de ordem financeira.

Para contornar a actual situação do empreendedorismo existente nas comunidades, o responsável sugere a formação de cooperativas para facilitar o financiamento, já que desta forma se dá a possibilidade de melhor controlo e maior responsabilidade, ao invés da criação de projectos unipessoais que, muitas vezes, são mais onerosos para os financiadores.

A AEL, lembra, é tutelada pelo Governo da Província de Luanda e funciona sob dependência metodológica dos serviços do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) e foi criada, em Abril de 2021, por via do Decreto Executivo 5/19, de 4 de Outubro, e desenvolve as suas actividades com base em instrumentos de gestão definidos no artigo 15º, do referido Decreto, entre os quais o plano de actividades.


Políticas públicas ajudam a criar milhares de postos de trabalho

O economista e docente da Universidade Lusíada de Angola Divava Ricardo disse que a opção de políticas económicas ousadas no plano do Executivo podem ajudar a promover e criar incentivos para agrupar empresas de determinados sectores em certas áreas geográficas próximas à matéria-prima, acesso a rotas de transporte e em função do destino das exportações. “Um conjunto de empresas aglomeradas atraem especialização de serviços e a criação de perfil”, disse.

O economista refere que a aposta na educação ainda continua a ser a melhor via para promover o empreendedorismo a nível das comunidades e através dela poder trazer um equilíbrio do  ecossistema.

O plano do Governo para 2050 traz um elemento muito importante como aspiração. A criação de um sistema de crédito “reputacional”, ou seja, na ausência de um colateral para ter acesso a um crédito, o indivíduo pode usar a sua conduta como contrapartida.

Para auxiliar determinados projectos, a banca comercial, neste sentido, é um mercado “condicionado”, já que o seu desenvolvimento e as suas políticas dependem essencialmente do crescimento de outros sectores, inclusive os não económicos, como a urbanização, o registo de propriedade fidedigno e outros.

Nesta altura, as taxas de juro são um problema macro para as instituições bancárias apoiarem os empreendedores que, neste caso, só serão superáveis no médio prazo, caso hajam juros bonificados pelo Estado através do BNA.

Divava Ricardo esclareceu que o Estado deveria massificar o empreendedorismo no interior das comunidades e aproveitar os esforços dos empreendedores para se alavancar o tecido produtivo, criando oportunidades em sectores de elevada renda para que pequenos empreendedores possam prestar serviços. Algumas contratações públicas podem forçar, via legal, as empresas contratadas a subcontratar para auxiliar os pequenos empreendedores oriundos de uma espécie de bolsa de empreendedores previamente criada.

Fonte: JA

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