Africell inicia Operações em Dezembro de 2021

Como é que está o processo de consolidação da quarta operadora de telefonia móvel?

A operação da Africell, em função dos contactos que temos assinado, deve acontecer ainda este ano, ou seja, o início das operações começa em Dezembro deste ano. Esta empresa, que venceu o concurso público, está a trabalhar, com operadores que já estão no mercado, porque é necessário existir aqui uma correlação de esforços entre eles para permitir que, de facto, possam assegurar as interligações, a partilha de infra-estruturas e o processo correr bem.

A perspectiva que foi acertada com a empresa, nos termos do contrato, é que essa operação comece a funcionar até Dezembro de 2021, o que quer dizer que pode não
ter ainda a cobertura nacional, mas, em determinadas cidades do país, poderemos ter já uma operação móvel da Africell.

Quantas Provedoras de Serviços de Internet (ISP, na sigla inglesa) temos no país?

O número de operadores com licenças multisserviços deve ultrapassar os 50, aqueles que têm efectivamente títulos. 

Como é que os preços e a qualidade ainda são os que temos?

A relação preço-qualidade tem muito a ver com a forma como cada operadora gere as suas empresas.

O que é importante esclarecer é que o nosso país não tem défice de Internet.

Parece um paradoxo. Então, o país não tem défice de Internet, mas por que é que a Internet continua a chegar com alguma dificuldade e até a preços aparentemente altos?
As políticas essenciais para que as operadoras possam prestar um melhor serviço foram criadas.

O subsector liberalizou o acesso a esse tipo de infra-estruturas a partir de 2007. Esta liberalização já faz tempo que aconteceu, ou seja, o Estado já não precisa de se preocupar com o serviço final.

Abrimos para que outras entidades pudessem fazer esse serviço. 

Então, o que acontece?

Muitas empresas que decidem ser Provedoras do Serviço de Internet não acompanham, depois, uma série de pressupostos básicos de gestão de empresas.
Faz a ligação a um cliente, mas não se preocupa em saber se o serviço chega em condições, se a ligação está boa, e passamos ao cidadão uma percepção de que não temos qualidade suficiente para entregar o serviço, por um lado.

Outro fenómeno que também podemos destacar é a arquitectura tecnológica que é utilizada para prestar o serviço. 

E isto é importante porque se eu não tiver uma arquitectura tecnológica em condições, usar o equipamento certo, o cliente final vai ter dificuldades e vai dizer que a qualidade é péssima.

Um outro indicador que temos de considerar é a oferta de serviços, o número de prestadores de serviço. 

Mas uma vez, os grandes operadores de serviços de Internet no país não devem passar de cinco, mas o sector liberalizou e, hoje, temos 50 ou mais provedores do serviço de
internet autorizados.

Por que é que essa operação não funciona?

Aqui, a tal combinação de estratégia que disse, quando falava em transformar a Angola Telecom num operador de infra-estruturas, iria seriamente também ajudar a colmatar esse vazio que existe quanto à entrega de uma Internet melhor ao utilizador final, porque a capacidade que temos de exploração dos diferentes cabos submarinos permite que o país tenha débito suficiente para o número de utilizadores que temos.

Do ponto de vista de utilização de Internet, o país só tem cerca de seis milhões de utilizadores.

A capacidade de Internet que chega a Angola pode suportar pelo menos 20 milhões de utilizadores. Significa que há “recurso ocioso”ainda com os operadores.

Há controlo ou fiscalização nos serviços que são prestados?

Temos estado a exigir que o órgão regulador para as Telecomunicações (Instituto Nacional de Telecomunicações – INACOM) preste maior atenção, para que exista uma maior fiscalização na qualidade de serviço, acompanhando os operadores quer sejam do serviço móvel quer sejam utilizadores de licenças multisserviço.

Este regulador tem a obrigação de acompanhar se os prestadores de serviços estão efectivamente a entregar serviços de qualidade ao custo ou preço certo da capacidade do consumo que cada um tem.

O que deve acontecer é que o órgão regulador tem de ter capacidade de monitorar os prestadores de serviço de comunicações no país.

O regulador, para isso, está preparado com soluções informáticas para aferir se o que se paga é o que chega à casa do cliente.

O órgão regulador, em função das exigências do momento, está a beneficiar de uma transformação, porque é preciso equipá-lo para ter condições técnicas e humanas capazes de puderem acompanhar estas necessidades, porque, normalmente, as operadoras estão sempre muito mais à frente, com tecnologias mais recentes e investimentos, e o órgão regulador tem de vir a reboque.

Quem são os nossos principais parceiros de Angola no sector das Telecomunicações, porque vemos que fomos ao Brasil e aos Estados Unidos buscar a fibra óptica quando temos, aqui mesmo no continente, países como a África do Sul com tecnologia de ponta?

Angola, em termos de relações estratégicas, tem relações com muitos países. O ACS, por exemplo, começa na África do Sul, o SAT 3 vai à África do Sul. Portanto, a questão da relação estratégica no subsector das Telecomunicações entre países é muito ínfima, porque as relações são necessárias, sob pena de não conseguirmos garantir sequer a operação.

Por exemplo, um cabo submarino como o SAT 3 é um consórcio de vários países que investe nele e assegura a sua gestão por via de uma entidade criada para o efeito. Quando falamos da ligação com o Brasil, por exemplo, é um projecto concreto em que temos, na rota do cabo entendemos que devíamos explorar uma ligação que não existia entre África e América, uma ligação em fibra óptica.

E esse nicho hoje permite que Angola tenha uma ligação até à Fortaleza, Baía (Brasil) e de lá para Boca Raton, Miami (Estados Unidos). 

Estes investimentos são globais e estratégicos, mas sempre a pensar em subprojectos que permitam garantir a sua exploração na sua plenitude. 

Que mais pode ser feito para melhorar os ser viços de Internet?

Para melhorar a Internet no nosso país é também importante permitir que os grandes operadores de conteúdos de Internet possam estar ligados a Angola. Neste particular,
temos uma relação com a Google e com o Facebook. Há projectos em curso com o Facebook na exploração de infra-estruturas em que o país participa.

Logo, temos de conseguir trazer ao país os grandes produtores de conteúdos.

O Facebook está a participar na construção do maior cabo submarino de fibra óptica do mundo e Angola está nesse projecto, porque vai passar por aqui. Então, não fazia sentido ficarmos sem explorar, porque estes cabos têm tempo de vida útil de cerca de 25 anos.

Só o nosso cabo de fibra óptica principal, o SAT 3, deve ter agora cinco ou seis anos apenas. 

Neste momento, para o SAT 3 (ou SAC), restam-nos cinco ou seis anos no seu melhor.

Só a aposta no cabo de fibra óptica pode resolver o problema?

É também importante apostar nas infra-estruturas especiais na combinação do panorama das infra-estruturas de telecomunicações.
Mas com as dificuldades que ainda temos nas instalações de serviços em terra, pensar em tecnologia espacial é sonhar…

Por que é que não pensamos o contrário?

Como temos problemas em colocar um cabo em terra sujeito a danificações por escavações, podemos pensar, sim, na tecnologia espacial, porque já não temos tempo a perder.

A infra-estrutura espacial permite mais facilmente poder atingir locais recônditos.

Ao nos dedicarmos à exploração do espaço, estaríamos a fazêlo com fins, primeiro, pacíficos.
A nossa exploração espacial nesse momento está voltada de forma exclusiva para o segmento das Telecomunicações.
Por isso é que estamos com o projecto de construir um satélite exclusivamente de Telecomunicações, o AngoSat, que prevê cobrir o nosso país, a região da SADC e o continente africano. 

Isso poderá permitir que, onde não tivermos fibra óptica e precisarmos levar serviços de Telecomunicações, mais facilmente fornecemos o serviço com essa tecnologia espacial.

Qual é a diferença na qualidade entre os serviços de satélite e de fibra óptica?

A qualidade que hoje é possível obter no serviço de satélite, comparada com a fibra óptica, é mínima. Isto é, evoluiu muito a exploração da infra-estrutura espacial e o nosso satélite, na versão que está a ser reconstruído, é um satélite com uma tecnologia bastante recente que permitirá uma qualidade de serviço maior e melhor.

Em que passo está a reconstrução do AngoSat 1?

O processo está a correr bem.
A previsão é que, no próximo ano, aconteça o seu lançamento no espaço. Ainda estamos dentro do cronograma acordado. 
Temos um contrato com a Rússia que está a ser bem implementado. Portanto, não temos dificuldades em assegurar que esta operação vai acontecer no próximo ano. Por enquanto, no âmbito do contrato de construção do satélite, a parte russa está a fazer compensação (ceder a Angola capacidades de um outro satélite para cobrir esta
lacuna, da não disponibilização do nosso satélite).

Fonte: Jornal de Angola

-QUER TRABALHAR NA ZEE (ZONA ECONÓMICA ESPECIAL)-COMO SE CANDIDATAR
-12 EMPRESAS QUE OFERECEM ESTÁGIOS EM ANGOLA

65 Modelos de Currículos: Baixar e Preencher no Word GRATIS

-50 PAÍSES QUE ANGOLANOS NÃO PRECISAM DE VISTO PARA VISITAR EM 2021
38 IDEIAS DE NEGÓCIOS PARA SE FAZER EM ANGOLA COM POUCO DINHEIRO
50 PERGUNTAS MAIS FEITAS EM ENTREVISTA DE EMPREGO
Saiba 7 coisas que nunca deves FALAR numa Entrevista de Emprego

OBS:

  • Se o contacto de Email ou link não estiver disponível, não existe ou falhar o envio, não é erro nosso, nem responsabilidade do Ango Emprego, (O Prazo de candidaturas pode ter terminado) os Empregadores é que são responsáveis pelos canais de Envio das Candidaturas.
  • As vagas divulgadas aqui são gratuitas se alguém cobrar para dar Emprego, por favor denuncie.