A Agência Universitária da Francofonia (AUF) vai implementar, até Dezembro deste ano, um projecto para garantir a empregabilidade de dois mil estudantes saídos das instituições de ensino superior angolanas, anunciou, terça-feira, em Luanda, a directora regional para a África Austral e Oceano Índico da organização.
Aida Sy-Wonyo disse que a execução do projecto passa, primeiro, pela criação de um centro de empregabilidade, que vai servir de ponto de encontro entre os estudantes e empresários. “É uma forma de permitir aos formandos entrar para o mundo do trabalho, tendo em conta a actual problemática do desemprego, que afecta a maioria dos recém-formados universitários”.
A directora regional da organização informou que, no momento, existem 30 postos de emprego abertos em África e deste número Angola vai ser incluída como prioridade, através da abertura do centro na Universidade Agostinho Neto (UAN).
A organização, adiantou, vai trabalhar com a UAN e pretende abrir um escritório, para desenvolver actividades relacionadas à comunidade académica nacional. O projecto, acrescentou, visa reforçar a visibilidade dos estudos francófonos ao nível nacional e regional.
De natureza interdisciplinar, o projecto vai congregar especialistas de áreas do conhecimento, no intuito de aproximar as perspectivas abertas pela ciência e as revoluções tecnológicas no ensino superior.
A entidade prevê, igualmente, a abertura da agência, numa primeira fase, na capital do país, com vista a ajudar jovens de diferentes áreas de formação universitária. “O plano prevê ainda apoiar os estudantes em termos de formação e pesquisa em vários sectores. O Governo está empenhado na modernização do ensino superior”.
O projecto, informou, é uma oportunidade que a AUF oferece às instituições de ensino superior. “Além disso, a AUF pretende facilitar a mobilidade dos estudantes e dos pesquisadores dos países membros, dentro do espaço universitário francófono. Em África, a Agência da Francofonia tem já criado campus digitais e acesso a centros de informação”, revelou.
Aida Sy-Wonyo disse ainda que, desde a existência da AUF, já trabalharam com alunos de diversas universidades em 120 países, assim como redes universitárias e centros de investigação científica de Língua Francesa em 115 países. A AUF, explicou, existe em muitos países africanos, entre os quais Moçambique, Zâmbia, República Democrática do Congo, Níger, Senegal, Ilhas Maurícias, Madagáscar, Burundi, Ghana e Mali. Para o alcance dos objectivos, a organização tem contado com o apoio de parceiros, plataformas e de diferentes individualidades.
A associação
A AUF, avançou Aida Sy-Wonyo, é uma das maiores associações de estabelecimentos de ensino superior e de investigação do mundo. A organização age em prol de uma francofonia universitária, por meio do desenvolvimento sócio-económico das sociedades, bem como o respeito pela diversidade das culturas e das línguas.
Outro propósito da organização é promover a solidariedade entre os estabelecimentos de ensino superior e de investigação, através de projectos capazes de promover o sistema universitário, as empresas privadas e as agências de ajuda ao desenvolvimento, assim como as associações universitárias, científicas e culturais. As equipas da AUF prestam apoio e aconselhamento na concepção e acompanhamento de projectos.
O Escritório Regional da AUF, na África Austral e Oceano Índico, representa a Agência Universitária da Francofonia na região. Com sede em Antananarivo, Madagáscar, desde 1991, a agência conta com 45 universidades membros em nove países. Os serviços centrais da associação estão sediados em Montreal (Canadá) e Paris (França).
Fonte: JA
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