Muitos leitores passaram a ter acesso digital aos meios de comunicação social, o que diminuiu a procura física de jornais. Há já quem tema o desaparecimento da profissão, embora ainda se encare o futuro com optimismo.
José Caetano comercializa jornais há seis anos em Caxito. O dia a dia é exigente. “Cliente é aquele de corre corre, tens que levantar e ir atrás dele saber se não quer comprar jornal, tal como fiz, fui num cliente e depois fui no outro”, conta à DW.
Veem-se cada vez menos ardinas a distribuir jornais nas ruas de Angola, uma realidade que é compreendida pelo facto de muitos leitores acederem aos jornais pelos canais digitais.
Nando, que não revela o sobrenome, é outro distribuidor de jornais. À DW, diz temer perder o seu ganha-pão, e pede a valorização da profissão.
“É só ter capacidade, ter a memória e abordar as pessoas, os gabinetes dos chefes, saber se querem um jornal; na rua também nos podemos movimentar, só que estamos sem equipamentos, não temos coletes e nem botas”, lamenta.
Dificuldades, mas com optimismo
António Canepa, delegado das Edições Novembro no Bengo, empresa que produz o jornal de Angola, afirma que conta com três ardinas que prestam serviços em Caxito. Ele reconhece dificuldades no setor, mas olha o futuro com otimismo.
“Que continuem a trabalhar porque são eles que levam a informação e um dia se as condições melhorar, se calhar, serão melhor remunerado, porque atualmente, dependem do que vendem”, refere.
Fernando Moniz, jornalista da Rádio Eclésia de Caxito, diz estar a notar a ausência dos ardinas e teme dias piores.
“Entendo que nos últimos tempos estão a desaparecer, já não estão a aparecer como anteriormente nas principais cidades do país, daí que devem ser redobrados esforços para a sua manutenção”, adverte.
Jornais distribuídos tarde demais
O professor Simone Abimael diz que tem encontrado dificuldades para conseguir um jornal em suporte físico por conta da escassez de ardinas e fala na chegada tardia dos mesmos.
“Dificilmente vamos encontrar um jornal atualizado de hoje. (…) A cada dia que passa, torna-se mais difícil e temos receio do desaparecimento dos ardinas”, admite.
O sociólogo Fernando Domingos saúda a dinâmica das tecnologias e admite que há muito que não toma contacto com jornais em suporte físico.
“Online conseguimos obter resultados na hora, enquanto que os ardinas podem oferecer-nos informações no dia seguinte”, conclui.
Fonte: DW
Ver mais em: https://www.dw.com/pt-002/ardinas-em-angola-podem-ter-os-dias-contados/a-65233174
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