Curso de enfermagem é a “via mais acessível” para o primeiro emprego em Angola

A adesão massiva de muitos jovens do município do Soyo, na província do Zaire, nos cursos de enfermagem, ministrados em algumas instituições privadas de ensino técnico de saúde existentes na região é, cada vez mais, notória nos últimos tempos, pelo facto de encararem a profissão como a “via mais acessível” para o primeiro emprego.

À título de exemplo, 90 jovens foram, no início do mês, outorgados com diplomas, após quatro anos de formação em enfermagem geral e análises clínicas, no Instituto Técnico de Saúde privado, denominado “Acção para o Desenvolvimento de Ensino e Técnicas de Saúde (ADETS)”.

Kelson Daniel Kiese, 24 anos de idade, está entre os jovens que concluíram com êxito, o curso de enfermagem geral no referido Instituto.

Primeiro emprego

À reportagem do Jornal de  Angola, o jovem disse que é graças ao curso de enfermagem que conseguiu o seu primeiro emprego, num dos postos médicos da região, onde põe em prática os conhecimentos adquiridos ao longo dos quatro anos de formação.

“Antes mesmo de concluir a formação já trabalhava num dos postos médicos, fruto dos conhecimentos em técnicas de saúde que vinha adquirindo durante o período de formação no Instituto ADETS, uma instituição que considero de referência do ensino nesta área de saúde, na região”, referiu.

Kelson Daniel Kiese reconheceu na ocasião, não ter sido fácil concluir o curso, tendo em conta a rigorosidade empreendida pelos professores do Instituto, encabeçados pelo director pedagógico, Pedro Lopes de Carvalho, na execução das distintas tarefas, quer teóricas, quer práticas, programadas.

“Não foi fácil concluir esta formação, mas com dedicação e determinação atingimos o objectivo. Digo que a enfermagem é uma vocação familiar, porque o meu pai é igualmente enfermeiro”, revelou sorridente, garantindo mais adiante que vai dar continuidade à sua formação a nível superior, na especialidade de ortopedia, uma profissão com a qual sempre sonhou.

Quem também foi outorgado o diploma de enfermeiro durante a cerimónia testemunhada pelo director municipal do Soyo da Saúde, Pedro Lussukamu, é Nembila Divengolevi, igualmente de 24 anos de idade.

Fruto da formação, o jovem conseguiu também emprego numa das unidades sanitárias da periferia da cidade do Soyo, cujos rendimentos têm servido para suprir algumas necessidades do quotidiano.

Visivelmente radiante pela proeza alcançada, Nembila Divengolevi reiterou o compromisso de continuar a dar amparo e assistência humanizada aos pacientes que, diariamente, chegam ao posto médico onde labuta.

O jovem exteriorizou por outro lado, a sua gratidão a Deus, progenitores e a todas as pessoas, que, directa ou indirectamente, garantiram o apoio que sem o qual, seria, impossível alcançar o objectivo por si preconizado.

“Estou muito feliz por ter concluído a minha formação. A enfermagem é uma profissão que sempre adorei e o facto de ter recebido o diploma, significa que o sonho há muito alimentado está agora realizado”, referiu.

Diferentemente de Kelson e Nembila que, por via da formação, conseguiram o primeiro emprego, Celestina Cesária Varela, 19 anos, outra finalista vai agora, com o diploma já em mãos, entrar na “corrida” da procura por uma oportunidade de trabalho.

Celestina Cesária Varela confidenciou ao Jornal de Economia & Finanças que o desejo de ser uma enfermeira surgiu por conta de uma realidade tenebrosa vivida, há anos, quando a sua mãe ficou gravemente doente, que se não fosse a dedicação e determinação do enfermeiro em serviço, no hospital municipal do Soyo, o pior teria acontecido.

Instituição é referência na região

O director-geral e proprietário do Instituto, Bolobuy Nibidili, fez saber que o projecto “ADETS” surgiu em 2003, na Samba, Luanda, onde, durante 14 anos, formou milhares de profissionais de saúde, em parceria com uma instituição congénere da República Democrática do Congo (RDC).

Em 2017, avançou, nasceu a ideia de se transferir os serviços do Instituto para a província do Zaire, concretamente no município do Soyo, em resposta às várias solicitações feitas pela comunidade local.

Situada no bairro Mongo-Soyo, zona periférica da cidade petrolífera do Soyo, a instituição reconhecida com a Licença número 163/2021, é bastante concorrida por pessoas ávidas de obter uma formação técnica nesta área das ciências de saúde, devido ao rigor, em termos de ensino, empregue pelos professores.

O Jornal de Economia & Finanças apurou que, actualmente a escola conta com 12 salas de aula que acolhem os alunos em dois períodos: de manhã e de tarde. Mas em função da procura, está, neste momento, a ser erguido um edifício de um piso, que compreenderá, entre outros compartimentos, 38 salas, perfazendo um total de 50.

Bolobuy Nibidili fez saber, ainda, que para além de enfermagem geral e análises clínicas, a direcção da instituição tenciona, nos próximos tempos, incluir no programa curricular os cursos de obstetrícia, estomatologia, fisioterapia, saúde pública, farmácia e radiologia.

“Estamos a construir, de raiz, uma infra-estrutura que vai receber mais de mil alunos. O nosso propósito é melhorar, cada vez mais, as condições, quer de trabalho, quer de acomodação dos alunos, o que, em grande medida, vai contribuir pa-ra elevar a qualidade de ensino”, disse o empresário, informando, mais adiante, que o empreendimento escolar garantiu emprego a 32 pessoas, entre professores, auxiliares de limpeza e administrativos. O número de trabalhadores poderá aumentar quando for concluído o edifício em construção.

Contributo valioso ao sector da Saúde

O director Pedagógico do referido Instituto, Pedro Lopes de Carvalho, caracterizou a outorga de diplomas aos finalistas, um momento de júbilo para todos quantos participaram no processo de formação dos técnicos de Enfermagem que, como notou, irão dar um contributo valioso ao sector da Saúde na região e não só.

“Os quatro anos de formação foram um período bastante sério e de dedicação, em que fomos aplicando as metodologias necessárias, no sentido de melhorar, cada vez mais, a qualidade de ensino na nossa instituição. Temos procurado transmitir aos nossos alunos conhecimentos actualizados e que, sobretudo, estejam em consonância com aquilo que se faz a nível universal”, disse.

Pedro Lopes de Carvalho lembrou que, durante a formação, os alunos tiveram a oportunidade de estagiar em vários centros de saúde, principalmente, os adstritos à Igreja Católica, além de terem também, passado pelo hospital municipal do Soyo, onde conseguiram “engrenar”, através da vinculação da teoria à prática.

“Em suma foi um período de formação que podemos considerar positivo, porque os resultados demonstram isso mesmo. Os nossos alunos conseguem, hoje, desempenhar a arte da  Enfermagem em diversos hospitais, onde encontraram o primeiro emprego”, rematou. O interlocutor informou que no presente ano lectivo foram matriculados 843 alunos, que frequentam aulas em dois turnos (de manhã e de tarde).

Fonte: JA

Ver mais em: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/soyo-curso-de-enfermagem-e-a-via-mais-acessivel-para-o-primeiro-emprego/

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