As dívidas contraídas pela direcção do Clube Desportivo 1º de Agosto, liderada por Carlos Hendrick, junto à Segurança Social, associadas ao não pagamento de salários e prémios de jogo durante quatro épocas, podem comprometer a época desportiva 2023/2024 da equipa sénior masculina de basquetebol.
Em documento assinado por Zacarias Jeremias, advogado de um grupo de atletas, a que o Jornal de Angola teve acesso, a direcção do Clube do Rio Seco efectuou descontos da rubrica Segurança Social, mas não os depositou a favor do Instituto Nacional da Segurança Social.
Os valores dos descontos (para Segurança Social) variavam de atleta para atleta e em conformidade com o contrato assinado. A título de exemplo, o atleta do escalão inferior descontava mais de 500 mil kwanzas mensais para os cofres do Estado, segundo um dos jogadores que solicitou o anonimato. Em um ano, cerca de 6 milhões de kwanzas foram retidos, o que perfaz 24 milhões de kwanzas em quatro anos.
Desvinculados da turma da Maianga, alguns atletas reivindicam o paradeiro dos valores descontados e entregaram o caso a J.V Advogados. Do grupo, destacam-se as presenças de Islando Manuel, Felizardo Ambrósio, Edson Ndoniema, Geraldo Santos, Hermenegildo Santos, Juscelino Ricardo, Malick Cissé e Tárcio Domingos.
Os advogados, na qualidade de representantes dos atletas, contactaram a direcção do clube militar, em Maio, no sentido de encontrar uma solução para o caso, buscando todos os meios possíveis que se adequassem à resolução extrajudicial do diferendo, segundo Zacarias Jeremias.
O advogado fez referência que “a Direcção do 1º de Agosto esforça-se para inviabilizar a continuidade do processo, adiando várias reuniões marcadas, muitas delas no mesmo dia e por via de uma mensagem sem justificação plausível”.
Apesar de reconhecer as dívidas contraídas e não as assumir, o elenco de Carlos Hendrick faz contratações de atletas e aquisições de novos bens a favor da direcção, quando, no único encontro realizado, o número um do clube justificou a falta de meios financeiros e económicos para o não cumprimento das prestações salariais dos atletas e todos os créditos devidos, de acordo com o jurista Zacarias Jeremias.
Este facto levou os advogados a concluir como “falta de vontade” da Direcção do 1º de Agosto em dar tratamento ao assunto, assumindo as suas responsabilidades com lisura e transparência como se esperava, concluiu.
Fonte: JA
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