O feriado chega,as pessoas se alegram,descansam e se divertem,até aí,tudo bem! Mas já parou para pensar, se os elevados números de feriados ajudam o país a crescer? O Team Ango Emprego preparou um breve artigo para refletirmos sobre esta temática.
Os excessivos feriados,até certo ponto,daria jeito se tivéssemos políticas e grandes investimentos no ramo do turismo, o que ainda não é o nosso caso.
Um estudo realizado ao nível do sector do trabalho e emprego em Angola, constatou que há muitos feriados no país, ou muitos dias em que não se trabalha.
Segundo um estudo feito em 2011. Angola perdia mais de 60 bilhões de kwanzas devido aos números elevados de feriados, por isso, foi aprovado em 2018, uma proposta de lei que retira do calendário alguns dias considerados feriado.
Será que foi uma Má decisão política?
Para Serafim Simeão, ex-secretário Executivo da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), na província angolana da Huíla em 2019, a nova lei não se enquadra com atual realidade angolana.
“Foi uma má decisão política tomada. Sabemos que o país se encontra economicamente falido, e nada justifica que tenhamos que fazer pontes enquanto precisamos produzir”, afirmou Serafim Simeão.
Para além dos feriados “normais”, nos dias que antecedem e procedem as efemérides também não se trabalha. Ou seja, todo feriado que calhar na terça-feira paralisa o dia anterior e o de quinta-feira faz ponte com o dia seguinte, sexta-feira.
Para Além de outras efemérides como o 4 de fevereiro, dia do Início da Luta Armada de Libertação Nacional, o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, entre outras. Feitas as contas e olhando para as oito horas de trabalho diárias, neste primeiro trimestre do ano, Angola ficou, mais de 50 horas sem produção.
O real impacto negativo dos excessivos feriados na economia angolana
Para o economista Francisco Paulo, do Centro de Estudos e Investigação Cientifica da Universidade Católica de Angola (CEIC) em 2019, o número elevado de feriados têm impacto negativo na economia angolana.
“Afeta a produtividade dos trabalhadores, quer do setor público como do privado, porque o dia que antecede o feriado, o fato das pessoas estarem em casa ao invés estarem a trabalhar, reduz a produção. O país precisa de produtividade para aumentar a produção”.
Já o político Serafim Simeão afirma que é necessário o Presidente da República revogue a referida lei. “Não significa perder. Pode recuar nessa lei que trouxe essas pontes que não nos trazem benefício. Esses feriados só nos trazem mais relaxe e só desincentiva a população angolana a produzir ”, afirmou o ex-dirigente partidário.
Para o presente ano 2023 dos 12 feriados que constam no calendário deste ano, quatro fazem pontes e dois oferecem fins-de-semana prolongados.