Fábrica de chinelos em Luanda utilizam material reciclado na produção

Fundada em 2019, a unidade fabril utilizava PVC importado da China para a produção dos chinelos, sendo que as restrições impostas pela Covid-19 “obrigaram” a empresa a procurar outras soluções para o seu processo produtivo e hoje recebem toneladas de chinelas plásticas velhas para reciclar.

A empresa Moda Havida iniciou a sua actividade em Angola com capital chinês em 2019, um investimento de cerca de 10 milhões USD, de acordo com Manuel Dias, director geral. A fábrica está instalada no bairro da Zona Verde, na cidade de Luanda, tem dois PT”s instalados que custam 8 milhões Kz por mês, sendo que a aposta foi na produção e comercialização de chinelos com a marca Kalandula, em referência às conhecidas pedras da região de Malange, uma designação que tinha como objectivo criar proximidade com os consumidores.

Hoje a empresa já tem mais de uma dezena de modelos de chinelos unissexo, sendo que recentemente entraram também na produção de sandálias e sabrinas para o segmento feminino. A fábrica tem a capacidade de produzir três milhões de pares de chinelos por dia, sendo que em cada dia estipulam que modelos de chinelos serão produzidos, tendo em conta a procura e os níveis de stock disponíveis. No caso das sandálias e sabrina femininas, a produção pode chegar até aos cinco mil pares dia, para cada um dos produtos. A empresa optou por ter um complexo residencial junto à unidade fabril para empregados residentes, onde garante a alimentação e outras despesas correntes. “Na verdade temos muitos custos, mas são necessários para garantir uma produção de qualidade e regular”, diz, acrescentando que “vale a pena investir pois queremos contribuir de forma positiva para o crescimento e desenvolvimento do País”.

No que se refere ao quadro de pessoal, a Moda Havida tem 387 funcionários, sendo 279 trabalham directamente com as 30 máquinas existentes, e os restantes administrativos, lojistas e agentes da marca. Alguns destes trabalhadores são expatriados. Importante salientar que o director geral confirmou que os trabalhadores recebem formação três vezes por ano, para estarem aptos para os desafios actuais e garantirem níveis de eficiência compatíveis com a rentabilidade do negócio.

Manuel Dias refere que a facturação mensal varia em função do clima, sendo que é no tempo de calor que mais vendem, e embora não revelem os valores de venda da empresa, sempre adiantam que nas três lojas que estão abertas, o valor ultrapassa os 20 milhões Kz/mês. Mas é apenas uma parte do negócio, pois a venda directa a grandes grossistas, que depois revendem os chinelos aos retalhistas no País e para os países vizinhos, é a maior fatia da sua facturação.

Sobre as consequências da conjectura económica que o País vive, o gestor disse que a empresa precisou de fazer reajustes mínimos nos preços dos chinelos, sem criar muito alarme aos clientes, até porque se trata de um produto que é muito sensível a este factor. “O objectivo final é vender mais, sendo que na exacta medida que aumentarmos a produção também podemos criar mais empregos”, acrescenta.

Material reciclado e importado

A empresa começou a produzir com o material importado a partir da China, de onde também veio o investimento. No entanto, devido aos constrangimentos impostos pela Covid-19, tiveram que montar uma campanha a nível nacional para a recolha de chinelas velhas de qualquer marca, de forma a garantirem matéria-prima para manterem a produção. “Houve momentos em que só trabalhámos com três máquinas por falta de matéria-prima”, lamentou o director geral. Hoje a realidade é completamente diferente, chegam a receber três camiões por dia com material para ser reaproveitado, e pagam a 230 Kz por quilo, e há já quem consiga garantir o fornecimento de toneladas. “Hoje estamos a usar muito mais material reciclado no processo produtivo porque o que recebemos na fábrica serve para a maioria dos modelos que produzimos”, refere.

O equilíbrio entre a utilização de material reciclado e o PVC importado da China, permite ter uma estrutura de custos mais equilibrada, dando depois maior margem à estratégia comercial. Também a diversificação da oferta, com modelos adaptados ao que os consumidores pedem, ajuda a solidificar a marca.

Fonte: Jornal Expansão

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