Falta de vagas em Luanda encarregados de educação estão com muitas dificuldades para matricular as crianças

Pais e encarregados de educação da província de Luanda estão com muitas dificuldades para matricular as crianças no ensino primário e secundário, tudo porque as escolas públicas estão sem vagas para receber novos alunos. As escolas dos municípios do Cazenga, Talatona, Cacuaco e de Luanda, este ano, não abriram inscrições para admissão de novos estudantes no ensino primário, soube o Novo Jornal.

A situação está a inquietar vários pais e encarregados de educação que pretendem colocar os filhos nas escolas públicas e não encontram vagas por não as haver em quase nenhuma escola estatal da província de Luanda. Nem nas escolas para crianças com deficiências auditiva e pessoas com deficiências físicas há vagas para novos estudantes.

A pergunta que muitos pais e encarregados fazem é: para onde vão estudar as crianças que este ano atingiram a idade escolar? O Novo Jornal apurou junto de várias fontes da delegação provincial da educação da província de Luanda que algumas escolas foram mesmo orientadas superiormente para não receber novos estudantes.

No município do Cazenga, por exemplo, a escola primária, situada no espaço do ex-complexo escolar do Cazenga, este ano vai leccionar sem as classes de iniciação, por orientação. Como a escola do Cazenga há várias outras a nível da província de Luanda nesta condição de desactivação das classes da iniciação. Ao Novo Jornal, vários encarregados contaram que a situação é desoladora e que não sabem o que fazer para matricular as crianças no ensino primário. “Infelizmente, dizem que este ano não há vagas novas, vão apenas estudar as crianças que já estão matriculados desde o ano passado. Pela primeira vez não há vagas”, descrevem vários encarregados.

Mateus Domingos e Jofre dos Santos, dois pais que o Novo Jornal encontrou numa das escolas do Rangel, no município de Luanda, consideraram a situação absurda. “Até agora não há vagas, o ano lectivo começa na próxima semana. Os nossos filhos vão ficam sem estudar ou teremos de ser obrigados a procurar escolas privadas para os matricular. Isso é um absurdo”, lamentaram estes educandos.

Entretanto, o Novo Jornal constatou em vários municípios e distritos urbanos da província de Luanda, aflição e a preocupação de muitos encarregados que agora lutam para encontrar alternativas para os seus filhos estudarem. Alguns encarregados perguntam por que razão este ano não há inscrições pela primeira vez no ensino primário em muitos municípios?

O Novo Jornal procurou saber junto do Ministério da Educação (MED), mas este órgão ministerial assegurou que esta situação em concreto é da inteira responsabilidade das delegações provinciais da educação, através dos governos provinciais. Com o objectivo de encontrar uma resposta, o Novo Jornal contactou a directora provincial da educação de Luanda, Filomena Carlos, para os devidos esclarecimentos, mas até agora não obteve resposta, pelo que continua a aguardar e a tentar.

Apesar de o Novo Jornal se referir apenas à inexistência de vagas, este ano, na província de Luanda, soube também que o mesmo problema se verifica nas províncias do Bengo, kwanza-Norte, Lunda-Sul e do Huambo. Francisco Teixeira, presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), disse ao Novo Jornal que o Estado vai triplicar este ano o número de crianças fora do sistema normal do ensino. Segundo o MEA, só não há vagas para quem não tem dinheiro, considerando o ensino no País um “negócio”. O MEA denuncia que as pessoas estão conseguir vagas no “mercado negro”, junto dos próprios professores e pessoal administrativo das escolas.

Para o MEA é preciso que o ensino primário volte à responsabilidade do Ministério da Educação e não dos governos provinciais e das administrações municipais. “Aonde é que vão estudar as crianças? Por que é que não há vagas? O Estado está a violar o direito da criança porque a nossa Lei de Bases diz que o ensino é universal, gratuito e obrigatório. Então é obrigação do Estado garantir que as crianças estudem, mas o próprio Estado está a fazer ao contrário”, desabafou este líder estudantil.

De recordar que as aulas para o ano lectivo 2023/24 arrancam já no próximo dia 01 de Setembro, em todo o País, e face a esta situação milhares de crianças irão ficar de fora do sistema do ensino na província de Luanda e não só.

Fonte; Novo Jornal

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