Após o alívio de 2022, que foi o primeiro ano nos últimos seis em que não houve declínio na produção e exportação, no I semestre deu-se um novo trambolhão. Os volumes de petróleo vendido lá fora voltaram a cair e os principais culpados são os já velhinhos 15, 17, 0 e 18.
Aqueles que são há décadas os maiores blocos em produção em Angola, o 17, operado pela TotalEnergies, e o 15, operado pela Exxon Mobil, responsáveis pela maior parte do declínio verificado na produção nacional nos últimos anos, lideram as perdas de produção verificadas no I semestre deste ano, perdas essas que provocaram um rombo nos cofres públicos. Desta vez, a “culpa” foi das paragens por conta de necessidades de manutenção.
Ao todo, a exportação de petróleo angolano caiu 8% para 191,8 Milhões de barris no I Semestre de 2023, de acordo com o site do Ministério das Finanças, o que fez cair as receitas fiscais petrolíferas, provocando uma crise cambial e um buraco orçamental que até ao final do ano deverá chegar aos 7,4 biliões Kz, segundo avançou na semana passada o secretário de Estado do Tesouro, Ottoniel dos Santos.
O maior culpado para a queda de exportação no I semestre, de acordo com os dados do MinFin, foi o Bloco 17 operado pela TotalEnergies, responsável por 45% dos 17,7 milhões de barris exportados a menos por Angola face ao mesmo período de 2022. A principal causa foi a necessidade de proceder a manutenções no bloco, que foram programadas no final do ano passado. Ao todo, exportou menos 8,1 milhões de barris face ao período homólogo. Tendo em conta que o preço médio de exportação no I semestre foi de 78 USD, 3 USD acima do inscrito no OGE 2023, estamos a falar de uma perda de 628,1 milhões USD em receita bruta só neste bloco.
O segundo culpado pela queda de exportação no I semestre foi o também velhinho bloco 15, operador pelos norte-americanos da Exxon Mobil, que venderam menos 3,1 milhões de barris face aos primeiros seis meses de 2022. Contas feitas, este bloco obteve uma perda de 241,2 milhões USD. Se já não bastava o declínio natural daquele que foi até 2011 o maior bloco produtor do País, também as necessidades de manutenção interromperam a produção em Março.
O top 3 dos blocos que viram reduzir a sua exportação face ao período entre Janeiro e Junho de 2022 fica completo com o blocos 15/06 operado pela Azule Energy, que vendeu menos 2,6 milhões de barris neste período. Ao todo, foram menos 204,7 milhões USD devido às paragens na produção. Contas feitas, estes três blocos são responsáveis por 75% da queda de exportações face ao período homólogo.
Segue-se o bloco 0 localizado em Cabinda, operado pelos norte-americanos da Chevron, que “perderam” quase 2,2 milhões de barris neste período, que corresponde a menos 169,8 milhões USD em receita bruta. O bloco 18 operado pela Azule Energy também viu a sua exportação encolher quase 1,8 milhões de barris, o que corresponde a menos 137,8 milhões USD em receita bruta.
Juntos, a queda da produção devido a paragens nestes cinco blocos tirou 1.381,7 milhões USD às receitas brutas com a exportação de petróleo, já que venderam menos 17,7 milhões de barris no I semestre face ao mesmo período de 2022.
E há que acrescentar a queda de 1,1 milhões de barris no bloco 03/05 e de 660 mil no bloco 14.
Por outro lado, a empurrar a exportação de petróleo para cima estiveram o bloco 30, operado pela Azule Energy, cuja exportação cresceu quase 1,8 milhões de barris. Mas houve também ligeiras subidas no bloco Bloco FS-FST, no 02/05, ambos operados pela Etu Energias, entre outros, mas ainda assim muito insuficientes para cobrir as perdas nos principais blocos.
Além da queda de produção, as receitas brutas que ascenderam a cerca de 15 mil milhões USD, menos cerca de 6 mil milhões face aos primeiros seis meses do ano passado.
Como travar o declínio?
O Bloco 15 é em termos acumulados o que mais perdeu barris exportados desde 2010, data em que deste bloco saia a maior quantidade de petróleo angolano vendido lá fora. Nesse ano, o então principal bloco do País exportou 193,8 milhões de barris de petróleo. Uma queda de 73% se consideramos os 51,4 milhões de barris que exportou em 2022. São “só” menos 141 milhões de barris de diferença em 13 anos.
O vice-campeão da perda de produção por envelhecimento das instalações e dos poços é o Bloco 0 operado pelos também norte-americanos da Chevron que exporta hoje menos 69,9 milhões de barris de petróleo por ano face a 2010. Já o Bloco 18 operado hoje pela Azule Energy, que resulta da fusão de interesses em Angola da BP e da ENI, é o terceiro que mais sofreu com o declínio da produção já que hoje exporta menos 37 milhões de barris de petróleo.
Fonte: Expansão
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