A poucos dias da abertura do ano lectivo 2023/2024, a procura de materiais escolares na província de Luanda tem aumentado significativamente, ao mesmo tempo que o elevado preço preocupa os encarregados de educação.
Segundo apurou a Angop, durante uma ronda em alguns mercados da província, Congoleses, Asa Branca e São Paulo, os encarregados com alunos da iniciação até a 6ª classe precisam desembolsar para os livros, entre três mil 500 a seis mil 800 kwanzas, apesar obrigatoriedade destes manuais serem distribuídos gratuitamente nas instituições de ensino.
Quanto às classes subsequentes, o kit de material para a 7ª classe ronda em torno dos 39 mil Kwanzas, da 8ªclasse no valor de 45 mil Kwanzas e a 9ªclasse a 53 mil Kwanzas, sendo os livros de Língua Portuguesa os mais caros.
A alta dos preços, associada a diminuição do poder de compra dos cidadãos, leva a que muitos encarregados optem por comprar os livros tidos como essenciais, nomeadamente, Língua Portuguesa, Física e Biologia.
Para Vânia António, a alta dos preços não se resume apenas aos livros, uma vez que materiais como cadernos, lápis, lapiseiras, borras e outros, também registam um aumento significativo.
“Esta a ser difícil para nós os encarregados de educação contornar esta situação, não sabemos se compramos os materiais escolares e deixamos de pôr comida na mesa ou vice-versa”, referiu.
Por outro lado, a vendedora Inácia Pascoal disse que a procura por livros tem sido maior, mas os preços têm feito com que os encarregados comprem apenas alguns.
“Estamos a comprar os livros caros e temos de revender a um preço que conseguimos retirar o dinheiro investido e alguma margem de lucro”, sublinhou.
Face ao déficit que se regista na distribuição de livros, Francisco Paulo, que tem o filho na 6ª classe, prefere adquirir os materiais didácticos no mercado informal, mas este ano lectivo, o preço leva-o a pensar.
“Tudo está caro, teremos de achar um meio-termo, comprar alguns livros e deixar para depois os outros, caso contrário nem valores para comprar comida teremos”, disse.
Por sua vez, Domingas Lemos, que tem o filho na 7ª classe, confessou estar incapacitada para comprar todos os livros, referindo que os preços actualmente praticados não vão de encontro ao que ganha.
“Estou aflita, não é possível comprar todos os livros que custam mais de 30 mil, o meu salário não chega”, referiu.
Na última semana, o secretário de Estado para Educação Pré-escolar e Ensino Primário, Pacheco Francisco, informou que o Ministério da Educação (MED) vai distribuir, gratuitamente, mais de dois milhões de manuais escolares do Ensino Primário.
Garantiu que o processo de distribuição dos manuais pelas províncias já está em marcha e espera chegar até às zonas recônditas, para que ninguém fique para trás.
O secretário de Estado adiantou ainda que a venda destes manuais é expressamente proibida e as autoridades estão de alerta para deter e sancionar quem assim proceder.
A abertura oficial do ano lectivo 2023/2024 será no próximo dia 01 de Setembro e o seu término a 31 de Julho do próximo ano.
O primeiro trimestre começa a 04 de Setembro e termina a 15 de Dezembro de 2023, período que corresponde a 17 semanas, das quais 15 lectivas, correspondentes a 73 dias.
Fonte: Angop
Ver mais em: https://www.angop.ao/noticias/educacao/precos-dos-manuais-escolares-preocupam-encarregados/
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