Depois de um período de incertezas sobre o futuro da SonAir e com a retirada da operação comercial, o futuro da transportadora passa pelo seu saneamento financeiro para continuidade da actividade e melhoria da rentabilidade da empresa que tem pesado negativamente nas contas da Sonangol.
Liquidada que está a Asa Fixa (passageiros comerciais) da SonaAir e com a sua retirada do grupo de empresas a privatizar, pelo menos até 2027, o desafio para manter a sustentabilidade da transportadora aérea da Sonangol passa pela recuperação do seu equilíbrio financeiro, revelou a petrolífera nacional em resposta a questões do Expansão.
O relatório e contas da Sonangol de 2021 (último disponível), não apresenta qualquer informação sobre os custos operacionais da SonAir, desconhecendo-se o peso que a transportadora tem nas contas da petrolífera, mas o Expansão apurou que esta empresa tem lide[1]rado os prejuízos dos negócios não nucleares da petrolífera.
Questionada sobre o futuro da transportadora que agora opera apenas no “apoio ao sector energé[1]tico e em particular do petróleo e gás, através da prestação de serviços de Crew Change (troca de equipas), Spot Charter (afretamento) e suporte a emergências”, a Sonangol garante que está em curso um processo se reestruturação para o seu equilíbrio financeiro.
“A Sonangol tem em curso um processo de redução gradual de custos operacionais e de estrutura e a busca de novos clientes para o aumento da rentabilidade, dispersão ou eliminação da frota ociosa”, explicou a petrolífera. Esta reestruturação vai passar ainda pelo “investimento em segurança operacional, aposta na qualidade, certificação, desenvolvimento e optimização do capital humano, bem como a melhoria das infraestruturas e sistemas informáticos para tornar a SonAir numa empresa mais competitiva”.
Quanto a uma eventual privatização depois de 2027, apesar de questionada, a Sonangol nada avançou, mas o Expansão sabe que dificilmente vai acontecer. “Privatizar a SonAir não se equaciona para já, porque os serviços que presta a Sonangol também necessita. Se for privatizada a Sonangol teria de contratar estes serviços com outros custos”, disse um profissional do sector. Para a esta fonte, manter a SonAir pode significar também arrecadação de receita, desde que a empresa equilibre as suas contas.
“Se a SonAir for devidamente saneada, poderá contribuir significativamente para as contas da Sonangol prestando serviços às restantes petrolíferas do mercado. Mas se isso não acontecer, vai continuar a ser um peso e se calhar aí é melhor pensar-se na sua privatização”, disse.
As causas para os prejuízos e a fraca rentabilidade da SonAir são também apontados por especialistas com “a redução da actividade petrolífera no país”, que diminuiu os investimentos e consequentemente a quantidade de quadros expatriados que usavam os seus serviços quer de transporte para as plataformas petrolíferas quer de circulação de Angola para os Estados Unidos. E ainda um acidente no mar do norte, Noruega, em 2015, envolvendo um helicóptero de marca Sikorsky S76C++, a mesma utilizada na altura pela frota da SonAir para transportar os trabalhadores das petrolíferas de e para as plataformas. Como resultado do acidente foi suspenso o uso destas aeronaves levando o cancelamento de vários contratos.
Cinco aeronaves garantem operações
Actualmente, a SonAir conta com um total de 5 aeronaves, segundo a Sonangol. Sendo dois helicópteros com capacidade de 12 lugares cada e um que pode transportar até 16 passageiros, que asseguram o atendimento das actividades para as plataformas e para as bases logísticas dos operadores.
Somam-se a estes três helicópteros, mas dois aviões de pequeno porte, com capacidade de 18 lugares cada, que complementam a operação, transportando os passageiros até pontos mais próximos das plataformas (Soyo e Cabinda), e daí são transportados pelos helicópteros para as distintas plataformas. Em 2021 as aeronaves da SonAir realizaram 705 horas de voo de acordo com o relatório e contas da Sonangol do referido ano, mas o documento não avança o número de passageiros transportados (ver gráfico).
Fonte: Jornal Expansão
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