A Unidade de Intermediação de Mão-de-Obra (UIMO) já colocou no mercado de trabalho, desde 2007, 5.304 cidadãos, num horizonte de 135.871 candidaturas registadas, em 4.234 empresas cadastradas e estão em processo de selecção 23.013 candidatos.
Os dados foram avançados ontem pela directora da UIMO, Victoria Cupessala, durante uma entrevista ao Jornal de Angola, na qual destacou que as ofertas de emprego atingiram 28.317 oportunidades, tendo encaminhado 43.816 cidadãos à entrevista de emprego.
Destacou que os sectores com maior índice de empregabilidade são os terciários, que incluem os de Serviços com 50 por cento, Comércio 35 por cento, Construção Civil 8 por cento, totalizando 93 por cento. Enquanto as áreas primária e secundária, totalizam 7 por cento.
Victoria Cupessala esclareceu que a Unidade de Intermediação de Mão-de-Obra é um órgão público do sector social, tutelado pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS). A instituição, referiu, é dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa e patrimonial.
A UIMO, referiu, é um instrumento executivo indirecto do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), criado à luz do Decreto Executivo nº 81/07 de 16 de Julho.
A directora revelou que a unidade funciona como um centro de emprego diferenciado, que realiza todo o processo de recrutamento e selecção de candidatos e das empresas, por via do call center ou atendimento presencial, dentro das unidades do Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão (SIAC). Além da intermediação de mão-de-obra, outra atribuição da UIMO é a recepção dos Mapas de Caracterização dos Trabalhadores e das Empresas (RENT), à luz do Decreto Executivo nº 155/04 de 31 de Dezembro.
O objectivo principal da UIMO, sublinhou, é prestar assistência às empresas e aos trabalhadores através do cadastro de candidatos ao primeiro emprego, estagiários e profissionais, à procura de novas oportunidades de trabalho oferecidas pelo mercado.
Esclareceu que a instituição serve ainda de elo entre o candidato e as empresas, encurtando o caminho de quem procura identificar profissionais e de quem busca por uma oportunidade de emprego.
A UIMO está representada em 11 províncias do país, nomeadamente, Bengo, Benguela, Cabinda, Cunene, Huambo, Huíla, Luanda (Talatona, Cazenga, Cacuaco, Zango, Kalawenda, Marconi), Lunda-Sul, Malanje, Moxico e Uíge.
As suas instalações estão localizadas dentro das unidades do SIAC. O processo de cadastramento e recrutamento na UIMO está aberto ao público em geral, onde todos os cidadãos maiores de idade podem fazê-lo, bastando, para o efeito, dirigir-se a uma das instalações, fazendo-se a acompanhar apenas do Bilhete de Identidade, sem necessidade de fazer qualquer tipo de pagamento.
Vantagens do cadastramento
Como cadastro na UIMO, explicou a directora, o cidadão fica habilitado a participar nos processos de selecção de trabalhadores solicitados pelas empresas, de acordo com o perfil e experiência profissional.
A partir de uma solicitação da empresa inscrita neste serviço, disse, a unidade inicia uma busca detalhada no cadastro para levantar todos os currículos que preencham os requisitos exigidos.
Victoria Cupessala revelou que quando uma empresa decide se inscrever na UIMO, deve preencher uma ficha de cadastro e, caso exista alguma vaga de trabalho disponível, deve comunicar. “Nestas fichas são detalhadas as características necessárias para o preenchimento da vaga, tais como profissão, faixa etária e habilitações literárias. Com isso, a empresa deve também descrever as tarefas que deverão ser desempenhadas no cargo. A partir dessas informações, são seleccionadas as pessoas que participaram do processo selectivo”, esclareceu.
A directora informou ainda que em caso de algum candidato não for aprovado pelo empregador, a empresa não é obrigada a fazer a contratação, mas se for o seu desejo, pode ser feita outra pré-selecção, partindo de um perfil mais elaborado.
Realçou que é responsabilidade do empregador informar à UIMO o nome do contratado, e em caso da não contratação informar os motivos da reprovação. Para, desta forma, ter uma estatística que ajude a melhorar a performance de atendimento e selecção.
Victoria Cupessala referiu que o processo de selecção começa da escolha dos profissionais habilitados, em seguida, a equipa técnica faz a pré-selecção dos candidatos e depois são encaminhados para a avaliação final da empresa em questão.
As empresas têm a oportunidade de recrutar profissionais formados e capacitados, disponíveis na base de dados da UIMO.
A directora garantiu que a UIMO veio dar outra imagem aos procedimentos de recrutamento, usando as tecnologias de informação e comunicação.
Fonte: Jornal de Angola
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