Abertura de contas bancárias regista crescimento

As contas bancárias do sistema financeiro angolano e os depósitos a prazo registam, nos últimos anos, um crescimento significativo no sector. Este dado foi partilhado, nesta segunda -feira (31), em Luanda, pela administradora Executiva do Banco Nacional de Angola para a Área de Educação Financeira.

Beatriz dos Santos discursou na abertura do lançamento do programa “Oficina de Educação Financeira”, organizado pelo BNA em alusão ao seu 46º aniversário, e que coincidiu também com o Dia Mundial da Poupança, celebrado ontem.

De acordo com a administradora Beatriz dos Santos, sem contudo avançar os números que ilustram o real crescimento, actualmente, já se faz sentir a existência de uma cultura de poupança junto da população; crescimento notável no aumento das contas poupanças, retraído fruto da crise da Covid-19 e das dificuldades financeiras que foram ocorrendo pelo mundo nestes últimos tempos, e que Angola não foi excepção.

“Fomos todos desafiados pela crise da pandemia da Covid-19 e pelo consequente aumento dos preços dos bens e serviços essenciais, trazendo ao de cima o tema de gestão de finanças pessoais e familiares no meio das gerações, promovendo a importância em garantir a tranquilidade e resiliência às mesmas”, frisou.

Beatriz dos Santos explicou que quanto à mobilização das linhagens ao processo de poupança, além dos eventos já realizados em Luanda sobre educação financeira, o BNA, através das delegações regionais, tem realizado também palestras aos cidadãos sobre o processo de poupança.

“A poupança não deve ser aquilo que sobra, mas daquele valor que mesmo que seja pequeno, antes de gastarmos, tiramos um pouco e racionalizamos o que fica, sobretudo, para aquilo que são as despesas essenciais”, afirmou.

Relativamente à transformação em crédito à economia, sublinhou que quanto aos empréstimos, a banca tem feito alterações positivas, embora a poupança feita, actualmente, pelos clientes ainda não seja suficiente para impulsionar a economia.

Se, por um lado, ainda não há valor ou financiamento suficientes para dar o salto, disse, por outro lado, é o papel da banca utilizar os depósitos para dar empréstimos à economia.

Neste âmbito, para que o quadro melhore mais ainda, Beatriz dos Santos defende a “Oficina de Educação Financeira” como um dos impulsionadores daquilo que é educar para poupar.

“Com grandes poupanças, teremos mais financiamento para a economia, porque o financiamento para o empréstimo tem que sair da conta dos próprios clientes, daí que as oficinas que temos feito ao longo dos anos sejam um exemplo, e, para além do acompanhamento e instrumentos financeiros que devem haver, o BNA tem trabalhado ao longo dos anos naquilo que são os constrangimentos ao crédito, porque um dos maiores embaraços é a poupança”, afirmou.

Questionada se a poupança dos clientes poderá ou não financiar a economia, a administradora do BNA realçou que com o próprio crescimento, sobretudo, a partir das escolas e a melhor educação das pessoas, as poupanças serão melhor e o sector terá melhores condições para financiar a economia com o que é dos próprios consumidores dos serviços bancários.

Ensino nas escolas

A ministra da Educação, Luísa Grilo, presente na abertura da Oficina de Educação Financeira, reforçou que a inserção de conteúdos financeiros no sistema de ensino escolar a nível do país já é uma realidade e funcional há cerca de 10 anos.

Hoje, disse, o ensino em Angola já dispõe de manuais de educação em matéria de Educação Financeira.

De acordo com a ministra da Educação, muitas crianças têm inovação em matérias de Educação Financeira e para um maior reforço no sistema de ensino a parceria traçada entre o Ministério da Educação e o Banco Nacional de Angola permitiu a introdução de conteúdos programáticos nas escolas e em diferentes disciplinas, sobretudo na cadeira de Matemática, onde os alunos aprendem sobre empreendedorismo.

“Nesta matéria de empreendedorismo, os alunos aprendem sobre poupança, lucro, utilização da moeda e os cuidados a ter com a mesma”, garantiu.

Oficina de Educação Financeira até ao dia 5

O evento é uma iniciativa do BNA com a finalidade de promover a educação financeira no seio das crianças, jovens e adultos através da partilha de conhecimentos, discussões de vários temas, nomeadamente, a gestão de finanças pessoais e familiares, poupança e respectivos métodos, entre outros.

Vai decorrer de 31 Outubro (ontem) até 5 de Novembro (sábado), sob o lema “Construir a Independência e Resiliência Financeira”. Esta jornada visa alertar o público-alvo sobre a importância da poupança para o alcance da independência financeira.

Na oficina, estão expostos mais de 10 stands, incluídos em actividades lúdicas, animação e jogos alicerçados em temas financeiros, momento informativo e distribuição de folhetos. Dentro da oficina, as crianças e adolescentes além de receber o livro “Caderno de Educação Financeira” vão aprender até cinco de Novembro temas sobre a protecção do consumidor, poupança e investimento pessoal, agentes bancários, crédito e endividamento, pagamentos instantâneos, nosso Kwanza, funções do Banco Comercial e do Banco Central.

A administradora Executiva do Banco Nacional de Angola para a Área de Educação Financeira, Beatriz dos Santos, reforçou que a instituição reitera o empenho em prosseguir com o desenvolvimento e estratégias que visam promover hábitos de gestão e poupança no meio dos cidadãos, colocando-os à altura da transformação tecnológica a nível do sector financeiro. Também pela simplificação e agilidade de processos para transformar o dia-a-dia não só dos profissionais, como dos consumidores, com destaque para a banca, seguro e bolsa de valores, onde, actualmente, os pagamentos já acontecem com um simples toque nos celulares (telemóveis).

Lançado “Caderno de Educação Financeira”

No âmbito de reforçar o processo de educação financeira, o BNA lançou a banda desenhada denominado por “Caderno de Educação Financeira”, com o título “Kanito Visita o Museu da Moeda”.

O Caderno é o primeiro de uma cadeia de blocos anuais que descreve de forma sucinta a evolução histórica da moeda em Angola. Destaca as diferentes etapas da história da moeda, assim como as principais unidades monetárias usadas desde os períodos mais antigos até à actualidade, elevando o valor histórico e cultural da numerária, enquanto símbolo da soberania nacional.

O referido caderno foi lançado ontem pela directora do Departamento de Educação Financeira do BNA, Teresa Evaristo. É direccionado às crianças e adolescentes do ensino primário e secundário, em particular, mas também visa agregar o público em geral aos temas relacionados às finanças pessoais. Composto por quatro capítulos, o livro de desenhos animados tem 57 páginas e faz uma breve descrição das primeiras moedas utilizadas nas várias regiões do mundo, com destaque para a Líbia, povos responsáveis pela criação da moeda metálica com as características que são usadas até ao dias de hoje.

Por um lado, descreve as moedas em forma de objectos ilustrado com a flora, fauna e as individualidades que fizeram e fazem parte destes importantes meios. A história da moeda de Angola está no terceiro capítulo e ilustra o país desde o uso dos símbolos monetários, casos do Zimbo, Libongo, Cauris, Manilha, Sal, Escudo e outras.

Fonte: Jornal de Angola

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