Angola tem o maior número de cidadãos africanos residentes no Brasil, de acordo com o angolano Frederico Eurico, residente naquele país sul-americano.
De acordo com a fonte, na sua condição de fundador e director da plataforma digital “Vem Bumbar”, Angola responde por 10.074 imigrantes, Senegal (8.961) e da Nigéria (4.915), de um total de 42 mil registados no Brasil.
Acompanhe a entrevista:
ANGOP – Enquanto primeira plataforma de empregabilidade para imigrantes africanos no Brasil, desde 2022, quando e como foi legalizada oficialmente a “Vem Bumbar”?
Frederico Eurico (FE) – Oficialmente, a plataforma foi lançada em Maio de 2023, tendo regularizado a sua documentação quatro meses depois, em Setembro.
ANGOP – Ao longo desse período, quantos empregos já conseguiu?
FE – Desde o lançamento da plataforma, em Maio, mais de 500 pessoas foram cadastradas e 25% estão já a trabalhar.
ANGOP – Pode indicar cinco países africanos com mais imigrantes no Brasil?
FE – Com um total de cerca de 42 mil imigrantes, os cinco países, por ordem decrescente, são: Angola, Nigéria, Senegal, Camarões e Guiné-Bissau.
ANGOP – Quais são as dificuldades enfrentadas por esses imigrantes no mercado brasileiro de trabalho?
FE – Barreira de idiomas, adaptação cultural e dificuldades de elaboração de um currículo.
ANGOP – Como a “Vem Bumbar” tem ajudado esses imigrantes a superarem as barreiras e a encontrarem oportunidades de emprego que correspondam às suas habilidades, competências e experiências?
FE – Treinamento de interculturação, acolhimento e mentoria, dando subsídio intelectual para a vida no país brasileiro.
ANGOP – A “Vem Bumbar” tem a expertise de conectar imigrantes africanos com empresas que valorizam o letramento racial, um processo de reeducação racial que reúne um conjunto de práticas com o intuito de desconstruir formas de pensar e agir naturalizadas e normalizadas socialmente, em relação a pessoas negras e brancas. Como avalia esse processo e quantas empresas o valorizam?
FE – Os imigrantes de todos os países somam cerca de 42 mil imigrantes. Entre os países africanos, os maiores grupos de imigrantes no Brasil vêm de Angola (10.074), Senegal (8.961) e Nigéria (4.915).
Hoje, infelizmente, poucas empresas entendem ou dão valor a pauta sobre letramento racial e ESG. Algumas delas nunca se ouviram falar, mas, no meio desse grupo existem outras que valorizam e apoiam a causa da inclusão.
Já houve algumas empresas que nos contactaram apenas para darem treinamento a funcionários sobre o letramento racial.
Relacionado com o assunto, temos empresas, instituições e parceiros que valorizam a inclusão, tais como: Hospital Albert Eisten, Museu da Imigração, Empresa de Tecnologia (ICOMON), Museu da Língua Portuguesa, Empresa de Construção Civil (MATEC) Educafro, Gran Jalapeno (restaurante mexicano), Literafrica (literatura africana), Menechello e Matos (Escritório de Advocacia ), Foudever (empresa privada de contact center, multinacional).
ANGOP – Como será a plataforma idêntica que pretendem montar em Angola e qual deverá ser o seu foco central?
FE – Em Angola, queremos actuar de duas formas: B2B e B2C. A primeira significa “business to business”. Trata-se de um modelo de negócio em que a empresa vende para outras empresas. Já o B2C (business to consumer) é quando a empresa vende para o cliente final.
O foco do programa será o acesso e a integração ao mundo do trabalho a adolescentes e jovens, dos 18 aos 50 anos, por meio da oferta de programas de estágio e aprendizagem profissional (Consultoria). Teremos uma equipa qualificada de angolanos e brasileiros, que irão oferecer esse treinamento ou consultoria.
Outra opção será a de se oferecer às empresas as soluções operacionais mais adequadas às necessidades das organizações, por meio de uma equipa técnica capacitada e pelo desenvolvimento de programas de estágio e aprendizagem profissional, que possibilite a identificação e formação de novos talentos.
Vem Bumbar
A plataforma Vem Bumbar, que visa igualmente a promoção e inclusão social de pessoas necessitadas, é um incentivo de superação das barreiras do mercado de trabalho e uma oportunidade de realização de afro-descendentes no Brasil.
A plataforma cadastra e encaminha desempregados, bem como oferece treinamento em diferentes áreas do conhecimento os imigrantes africanos na procura de emprego no Brasil.
O entrevistado
Frederico Manuel Henriques Eurico, 29 anos de idade, angolano, nascido em Luanda, formado em redes de computadores e pós-graduado em engenharia de telecomunicações.
É o fundador e director da “Vem Bumbar”, fazendo da sua história e por meio da tecnologia uma solução de empregabilidade para os imigrantes africanos.
VEM BUMBAR– conectando pessoas.
Av. Paes de Barros, 2324, Mooca, São Paulo
Fonte: Angop
Ver mais em: https://www.angop.ao/noticias/entrevistas/angola-lidera-o-numero-de-imigrantes-africanos-no-brasil/
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