Uma parte considerável da população angolana quer instruída ou não desconhece o verdadeiro conceito de violência física, sexual e psicológica e muito menos das suas consequências que as vítimas passam, explicou, esta quinta-feira, em Luanda, a psicóloga do Ministério da Saúde.
Massoxi Vigário, ao intervir no Workshop sobre os 16 Dias de Activismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, organizado pelo Grupo das Mulheres Parlamentares, em que dissertou sobre as “Consequências Psicológicas dos Crimes de Violência Física e Sexual”, disse que existe um desconhecimento total sobre o conceito “violência”.
De acordo com a especialista, o desconhecimento sobre o verdadeiro significado e impacto da violência física, sexual e psicológica leva o cidadão de todos os níveis sociais a omitir, ignorar e até mesmo a cometer erros que ficam patentes para toda a vida.
Um dos exemplos práticos e comuns em todas as famílias que demonstra o desconhecimento real sobre a violência, sublinhou Massoxi Vigário, é o hábito que os pais têm em bater os próprios filhos, alegando, de forma fria, que estão a educar.
Todavia, se ambos entrarem em violência física, psicológica ou até mesmo patrimonial, frisou Massoxi Vigário, o cenário muda de explicação. “O que antes era para educar o filho, agora se torna uma violência, onde a vítima se sente destruída de tudo”, lamentou.
Massoxi Vigário disse que toda a pessoa violentada física ou sexualmente, por exemplo, e que não tenha de imediato um acompanhamento integral, tem lesões e consequências que a levará ao suicídio, homicídio e a incapacidade socioeconómica irreversível.
No entender da especialista, a forma de se inverter o actual quadro do desconhecimento do real significado da violência física, sexual e psicológica passa, com urgência, a investir na prevenção e na educação, em que a conversa, sem tabu, deve fazer parte do dia-a-dia das famílias.
Por sua vez, a procuradora junto ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) em Luanda, Esperança Garrett, que dissertou sobre “Consequências Jurídicas da Violência Física e Sexual contra as Mulheres e Raparigas”, informou que na capital do país 47 por cento das violações contra menores e não só ocorrem mesmo em casa das vítimas.
Segundo o Departamento de Medicina Legal do SIC, frisou Esperança Garrett, ocorrem por dia 12 casos de abuso sexual, sendo 96 por cento das vítimas menores de 15 anos de idade.
O presidente em exercício da Assembleia Nacional, Américo Cuononoca, disse que a violência contra as mulheres ocupa maior espaço na soma das violações dos Direitos Humanos a nível mundial, afectando todos os estratos da sociedade, independentemente da classe social ou cultural.
Cuononoca referiu que o combate à violência doméstica, e não só, requer uma mudança de mentalidade por parte da sociedade e em particular dentro da família, educando as meninas sobre o casamento prematuro, gravidez precoce, assédio sexual e de outros males que colocam em risco à dignidade da mulher.
O representante da UNICEF em Angola, Giovanni D´Amato, disse que a violência contra as raparigas continua a destruir vidas em todos os países e estratos sociais, realçando que é frequente e um problema “invisível” que ocorre no seio das famílias.
Giovanni D´Amato lembrou que a violência afecta a saúde física e mental da rapariga, no caso, e compromete a capacidade de aprender e de sociabilizar, destruindo pouco a pouco o seu desenvolvimento em todos os sentidos da vida.
A Convenção sobre os Direitos da Criança, realçou o representante da UNICEF em Angola, refere que cada criança, em qualquer lugar, tem o direito de viver, crescer e de ser protegida de todas as formas de violência.
Giovanni D´Amato disse que a UNICEF vai continuar a apoiar o Executivo no sentido de reforçar cada vez mais a luta contra toda e qualquer forma de violência, exploração e abuso das raparigas.
O workshop decorreu sob o lema “por uma sociedade saudável, respeitemos os direitos e a dignidade da mulher”.
Fonte: Jornal de Angola
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