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Carência de meios de trabalho e assistência no Hospital “Dr. António Agostinho Neto”

O Hospital Provincial do Cuanza-Norte “Dr. António Agostinho Neto” necessita, anualmente, de mais de mil milhões de kwanzas, para suportar os gastos correntes e melhorar os serviços prestados aos utentes, disse, quinta-feira, em Ndalatando, o director-geral da instituição.

João Armando explicou que, actualmente, a unidade sanitária recebe por ano 481 milhões de kwanzas, valor que considerou exíguo para atender as necessidades do hospital.

O director-geral referiu que os mais de mil milhões de kwanzas serviriam para a compra de meios médicos e medicamentosos, aquisição de equipamentos para o hospital, material gastável, prestação de serviços (manutenção das ambulâncias, pagamento dos seguranças, limpeza, jardinagem, energia eléctrica, água, combustível, alimentação para doentes e trabalhadores, internet e comunicação).

Quanto aos actuais 481 milhões gastos anualmente, João Armando explicou que o hospital gasta por cada mês cerca de 40 milhões, o que tem sido difícil para satisfazer as necessidades.

O médico realçou que as áreas de maior consumo são a Ortopedia e Cirurgia, onde, diariamente, são realizadas, em média, quatro operações a pacientes com traumas de vários tipos, causados por acidentes de viação.

“As cirurgias ortopédicas necessitam de materiais importados, por isso, há maiores gastos na compra destes meios”, acrescentou o responsável, para quem a unidade hospitalar precisa, igualmente, de médicos especialistas em Neurologia, Neurocirurgia, Dermatologia, Gastroenterologia, Infectologia e Otorrinolaringologia.

 

Formação de especialistas

João Armando revelou que foi implementado na unidade clínica o programa “Hospital Escola”, uma estratégia do Ministério da Saúde, que visa desconcentrar a formação médica especializada e tornar as províncias capazes de instruir os seus próprios técnicos.

O Hospital Provincial passou a ter essa valência, com a aprovação do Governo local, que admitiu o estatuto orgânico para incluir a figura do director pedagógico e transformar as unidades sanitárias não apenas em centros de assistência médica, mas, também, em instituições formativas para quadros da Saúde.

Neste momento, disse existir já médicos locais a frequentar os cursos de especialidades de Medicina Interna e Ortopedia, sendo que, em breve, arrancam outros cursos.

 

Obras de ampliação

O director-geral salientou que decorrem obras de reabilitação e ampliação do hospital, que depois de concluídos os trabalhos, passará de 100 para 180 camas.

João Armando avançou que vão ser, ainda, reabilitadas as áreas de Ortopedia e Cirurgia, assim como a montagem dos novos equipamentos para lavandaria.

Actualmente, o Hospital Provincial Dr. Agostinho Neto, tem Banco de Urgência, Blocos Operatórios, Cuidados Intensivos, Hemoterapia, internamentos para homens e mulheres, Ortopedia, Laboratório, Farmácia e Consultas Externas, serviços suportados por um total de 22 médicos, dos quais 12 estrangeiros, e 180 enfermeiros.

Com apenas três ambulâncias, sendo duas para as transferências a Luanda e outra que circula no casco urbano da cidade de Ndalatando, a unidade necessita de pelo menos mais três viaturas desse tipo.

Fonte: Jornal de Angola
ver mais em:  https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/hospital-carece-de-meios-de-trabalho-e-assistencia/

 

 

 

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