Comércio na “Dira” ajuda centenas de famílias em Luanda

Desde o nascer do sol, até madrugada adentro, centenas de comerciantes e clientes “tomam de assalto”, diariamente, a rua da “Dira”, no Distrito Urbano do Zango.

Por Delegação do Zango-ANGOP

Dirá é o nome atribuído a uma das mais agitadas ruas do Zango 3, município de Viana, devido à fama que ostenta, sobretudo pelo comércio precário e desordenado.

Famosa por causa dos negócios no período da noite, a Dira é um espaço onde se vende de tudo um pouco, desde comidas, bebidas, até drogas, segundo denúncias que chegaram à ANGOP de alguns munícipes da zona.

O espaço é caracterizado por um ambiente frenético, com consumo excessivo de bebidas alcoólicas, poluição sonora proveniente de carros que se espalham pela zona, bem como lanchonetes e restaurantes diversos.

Na Dira, algumas residências e parques infantis foram transformados em bares, locais de venda de carne de
cabrito “cabrité”, de porco (pincho) e de frango grelhado.

As vendas são feitas, principalmente, no período nocturno, à semelhança do que ocorria, num passado recente, com as “praças da noite” do Cassenda, Mártir de Kifangondo e Calemba, no Distrito Urbano da Maianga.

A Dira é frequentada, maioritariamente, por jovens com idades entre os 17 e os 30 anos, muitos deles residentes fora de Viana, que buscam entretenimento no local.

Apesar da má fama, os moradores da Dira dizem que a rua  dá vida às noites no Zango, onde existem poucos locais de diversão, e é uma fonte de sustento de muitas famílias.

Ali, habitam cidadãos provenientes, maioritariamente, das encostas da Boavista, do Sambizanga, Rangel, da Samba, Ilha de Luanda, República Democrática do Congo (RDC) e dos países do Oeste Africano (Mali, Senegal e outros), que tornaram a rua num autêntico pólo comercial.

O seu movimento atrai clientes de todos os estratos sociais, nacionalidades e cantos de Luanda, abrindo portas para a prática do comércio, apesar de carecer de alguma ordem.

Um dos primeiros aspectos a melhorar na Dira, para tirar a sua má imagem, é o barulho ensurdecedor das músicas, provenientes de carros e barracas, além da falta de  iluminação, que estimula práticas ilícitas.

A isso alia-se a necessidade de uma melhor regulação do trânsito, particularmente do estacionamento das viaturas e motorizadas, que não param de entrar e sair do local, situações que devem merecer a atenção das autoridades.

De acordo com vários munícipes, impõe-se um trabalho mais actuante das autoridades, para se combater a venda de drogas e, muitas vezes, actos de imoralidade sexual.

Segundo o morador Délicio Alberto, a Dira sustenta famílias, devido ao pequeno comércio, mas solicita, no entanto, maior controlo das autoridades, principalmente policiais.

“Com o surgimento da rua da Dira, muitos jovens, antes delinquentes, foram empregados em bares, o que significa que a Dira dá emprego às pessoas”, comentou.

No entanto, há quem se manifeste insatisfeito com o dia-a-dia da área, como o cidadão “Bob”, para quem a popularidade e agitação de uma das ruas do distrito do Zango tira a paz de espírito aos seus moradores.

Apesar dos problemas, o que não falta na rua da Dira são locais para fazer refeições, como revela Jacira Massabu, de 25 anos de idade, funcionária de um restaurante, para quem os preços da comida e da bebida são convidativos.

Ela explica que os negócios são feitos maioritariamente à noite, por ser este período em que os trabalhadores deixam de exercer as suas actividades laborais.

Jacira afirma que a rua é bastante fértil para negócios e os rendimentos ajudam a manter a estabilidade familiar.

Entre os seus espaços, na rua da Dira encontra-se o Terraço Lavier, um dos primeiros a surgir na zona e que goza a fama de receber gente famosa, entre os quais músicos.

O seu responsável, Dorivaldo Cambala, informou que o espaço surgiu há quase cinco anos, e consideramou a actividade bastante vantajosa e diferente.

Relativamente aos preços praticados, considera-os razoável, por ser um local de alto padrão e com condições à altura dos clientes, um pouco diferenciado do comum na rua da Dira.

De acordo com Dorivaldo Cambala, o local, além de atender o público, com jantares e almoços, realiza, igualmente, vários eventos, com realce para casamentos, baptizados, entre outras festas, bem como reuniões de negócios.

Para quem pensa que a Dira é só um mar de problemas, pela sua fama, os moradores da zona esclarecem que
não é bem assim, ressaltando o facto haver baixos índices de delinquência, apesar de pequenos focos.

As rixas entre grupos, que ocorrem esporadicamente, são resolvidas com a intervenção da Polícia, sublinham.
Aliás, a Polícia Nacional tem desempenhado o seu real papel de manter a ordem e tranquilidade pública, com o patrulhamento diário, segundo Dorivaldo Cambala, assim como os serviços de bombeiros e da cultura, cuja acção passa pela sensibilização para se evitar a poluição sonora.

Portanto, apesar da má fama, a rua da Dira, cujo comércio movimenta centenas de milhares de cidadãos e de kwanzas, é também o espaço onde muitas famílias tiram os rendimentos diários de forma honesta.

Fonte: Angop

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