A informalidade continua a ganhar terreno em Angola. No final do ano passado, 80,5% das pessoas que se apresentaram como empregadas trabalhavam no sector informal, a maior parte em situação precária. São mais 614 mil do que no final de 2021.
Por cada 10 desempregados no final de 2022, seis eram jovens com idades entre os 15 e os 24 anos. No final de Dezembro existiam em Angola 4.921.440 pessoas sem emprego e que estavam disponíveis para trabalhar, dos quais 2.997.238 eram jovens daquela faixa etária, indicam os dados do Inquérito sobre o Emprego em Angola (IEA) referentes ao IV trimestre de 2022, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Dos quase 5 milhões de desempregados, 2.428.435 são homens e 2.493.005 mulheres. Ainda durante o período em análise, no universo da população em idade activa (pessoas com 15 ou mais anos de idade), 11.682.309 de pessoas declararam que trabalharam no período de referência, num trabalho por conta de ou[1]trem, conta própria ou trabalharam num negócio familiar, durante pelo menos uma hora.
Segundo o inquérito do INE, no espaço de um ano a população economicamente activa subiu 2,3% para 16.603.750 pessoas, equivalente a mais 367.079 face a Dezembro de 2021. Já a população desempregada diminuiu 8%, ou seja, diminuiu 427.182 pessoas para um total de 4.921.440. Se por um lado o número de desempregados caiu, por outro subiu o número de empregados, com a população empregada a crescer 7,3% para 11.682.309. O problema é que o sector informal voltou a ser o que mais absorveu trabalhadores. Ao todo, 80,5% dos empregados em Angola estão no sector informal.
De acordo com cálculos do Expansão, no espaço de um ano, por cada 100 empregos criado no país, apenas 23 foram criados no sector formal da economia. Por outro lado, o número de população inactiva também cresceu exponencialmente entre 2021 e 2022, ao passar de 1.549.677 para 1.895.829, ou seja, mais 346.152 pessoas.
No final de 2022, a taxa de desemprego na população com 15 ou mais anos foi estimada em 29,6%, sendo mais elevada nos homens, 30,4 %, comparando com as mulheres, 28,9% (um diferencial de 1,5 pontos percentuais).
O fenómeno do desemprego tende a aumentar na área urbana, onde, de acordo com os da[1]dos do INE, o desemprego ronda os 38,5%, ou seja, três vezes mais que na zona rural (13,5%), uma diferença de 25,0 p.p.
O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, admite que os dados do desemprego em Angola deverão ser ainda mais graves do que aqueles que surgem nos dados estatísticos do INE, que no nosso país sempre mereceram um olhar de suspeição devido a alegadas interferências políticas. “Este dado pode ser questionado por presumível défice com aquilo que se vê a olho nu”, admite.
Já o investigador da Universidade Agostinho Neto, Fernandes Wanda, diz que “é preciso ter em conta que 80,5% das pessoas empregadas estão no sector informal da economia e é um problema sério já que essas pessoas vivem numa situação de precariedade, sem acesso a proteção social.” O académico questiona: o que será destas pessoas quando tiverem de ir para a reforma?”
Fonte: Jornal Expansão
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