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Dia de São Valentim

Hoje, o mundo recorda o Dia dos Namorados. A data, cujas origens provêm dos cultos pagãos, é hoje um símbolo para todos os enamorados. Com significados diferentes para muitos, a realidade é que a efeméride se tornou parte, enraizada, da cultura popular.

Denominado dia de São Valentim, a data, instituída no século III, continua a ser uma referência entre os casais modernos.

Em Angola, a celebração é parte assente do calendário de efemérides anuais. Na capital do país, as ruas ficam engalanadas para ocasião.

Com origens em rituais pagãos, a celebração começou a ganhar forma durante o Império Romano, onde todos os anos, em meados de Fevereiro, acontecia o festival da Lupercália, em comemoração à fertilidade e à chegada da Primavera.

Como os romanos acreditavam em vários deuses, a festa ganhou o nome de Lupercália, em homenagem ao deus Lupercus (protetor dos campos e bosques, dos pastores e rebanhos, responsável pela fertilidade).

Durante a Lupercália, os rapazes sorteavam de dentro de um jarro o nome da moça que seria sua companheira durante o festival e nas demais festas ao longo do ano. Muitos desses pares acabavam se apaixonando e, depois, casavam-se. A prática permaneceu por muitos anos, até o catolicismo ser a religião adoptada pelo Império Romano.

Sentido religioso

Para o Padre e porta-voz da Arquidiocese de Luanda, Adelino Calonda, neste período do ano talvez houvesse um dia dedicado aos namorados, mas a data em si, com o significado que tem hoje, só ganhou abrangência devido a São Valentim. “É uma celebração oficializada pela igreja Católica. Podem haver outros dias para os namorados noutros países. Mas dia de São Valentim só há um e é o reconhecimento pelas intercessões dele em prol dos namorados”.

Actualmente, destacou, a data ganha um sentido religioso e mundialmente aceite e celebrado, pelo facto de a igreja Católica ter escolhido São Valentim como padroeiro dos namorados e o dia 14 de Fevereiro, por ocasião do seu martírio.

Para o Padre, o dia deve ser também de reflexão em torno dos relacionamentos hoje. De acordo com Adelino Calonda, São Valentim era um Bispo católico, casado, por na época a igreja ainda não ter adoptado o celibato como modo de vida dos sacerdotes, que desafiou as ordens do imperador na época.

“A situação política naquela altura obrigava muitos Jovens a abandonarem a família para abraçar a vida militar. Por isso, o imperador proibiu os jovens de casarem. Preocupado com a procriação, Valentim passou a realizar casamentos de forma clandestina. Quando o imperador se apercebeu o colocou na prisão. Mesmo detido, ele ainda defendia a união entre os casais”, disse.

Outro ponto

O Frei Miguel Chacachama, pároco da Igreja da Nossa Senhora dos Remédios, em Luanda, contou que, enquanto esteve preso, Valentim teve uma amizade próxima com a mulher e dava a conhecer os sentimentos que tinha por ela numa carta.

Para o Frei, a igreja Católica veio promover o lado positivo desse acto, por ser uma referência ao amor verdadeiro. “A canonização de Valentim e a escolha da data provaram que a igreja valorizava certas figuras, cujo legado foi fundamental na criação de certos valores, especialmente o amor, um símbolo único na vida das pessoas”.

Miguel Chacachama adiantou ainda que antes a Igreja Católica ponderava sobre a importância desta personagem histórica. “O objectivo era abafar esse acto, para não dar vazão à proliferação de ideais contrários aos transmitidos por Valentim. Hoje, por exemplo, o sentido do amor tem sido deturpado. Os relacionamentos estão mais voltadas ao prazer sexual e aos bens materiais”, afirmou.


Igrejas realizam orações pelos casais apaixonados

Em alusão ao mês dos namorados, várias igrejas realizam actividades para casais e solteiros, com o objectivo de abençoar e orientar os fiéis para um relacionamento sadio.

Com  hinos, cânticos e louvores, orações e mensagens, as igrejas vão procurar dar aos casais conselhos para uma vida conjugal saudável.

A Igreja Metodista, por exemplo, realiza, desde ontem e nos dias 15 e 17 deste mês,  pelas 18h00, a quinta edição do projecto de actividades, “A Semana do Amor”, a realizar-se no bairro do Golfe 1 e no Avô Kumbi, em Luanda. O director da Juventude da Igreja Metodista Unida de Emaús, localizada no município do kilamba kiaxi, Augusto Nicolau Chaves, disse que o projecto é realizado anualmente, durante as festividades do mês dos apaixonados.

Nesta edição, salientou, o tema central vai ser “Buscando o melhor para o nosso casamento”. A igreja, acrescentou, escolheu um outro subtema para levar os fiéis a debaterem sobre as relações amorosas hoje. Com o tema “O casamento começa no namoro?”, a ideia é falar sobre a problemática do envolvimento de terceiros nos relacionamentos. A ideia, esclareceu, é criar um espaço, onde casais e jovens solteiros, adultos, possam tirar dúvidas e debater ideias para um melhor relacionamento.

“Noite do Amor”

Por sua vez, a Organização de Jovens adultos da Igreja Metodista Unida Cargo Pastoral de Maria Madalena, localizada no município do Cazenga, rua dos Comandos, realiza no dia 24 de Fevereiro a ” Noite do Amor”.

O director da organização, Mauro de Oliveira, disse que o objectivo do encontro é realçar as bases do amor entre os casais e levar os crentes à reflexão em torno da sua vivência. “Vamos debater em torno dos conflitos conjugais e pedir aos conselheiros da organização para conversarem com os participantes”.

A actividade, avançou, vai ter espectáculos de música, declamação de poemas, dedicatórias e testemunhos de vida.


Bênçãos e orientações

O Frei Miguel Chacachama, da Igreja Nossa Senhora dos Remédios, disse que, por ocasião da data, vão ser realizados cultos especiais para os namorados e os casados, com o objectivo de destacar a importância do namoro para uma vida a dois.

Os casais, adiantou, devem ter consciência do empenho, da responsabilidade, do respeito e da confiança necessária para um relacionamento saudável. “O namoro é importante. É a fase do conhecimento”, apontou, adiantando que a preparação para o casamento. “O matrimónio deve ser a continuidade do namoro”, lembrou.

Mitologia

De acordo com os mitos em torno do santo, há relatos de um religioso chamado Valentim que distribuía rosas pelas ruas. Outras histórias indicam ter sido um santo que recortava cartões, no formato de corações e entregava aos soldados, para olharem para estes e relembrarm das amadas. Em algumas literaturas, Valentim aparece como um sacerdote, que contrariou os planos de famílias influentes ao reconhecer que havia sentimento genuíno entre um jovem cristão e a noiva pagã e oficializou a união destes.

Nos registros de santos do catolicismo, há onze de nome Valentim e três deles são autores de relatos com mensagens de amor.

“Esses três personagens, muitas vezes, são confundidos e se misturam”, disse Miguel Chacachama. “O Valentim que a Igreja celebra, o Valentim de Roma, tem mais a ver com a história de um médico que se fez sacerdote e, contrariando a lei do imperador, realizou casamentos de soldados. Mas a própria existência dele é discutida”, ressalta.

Se é difícil delimitar onde começa um Valentim e onde termina outro, é mais difícil ainda comprovar o que de facto ocorreu e não é lenda construída com o passar dos séculos.

A figura celebrada pelo catolicismo no dia 14 de Fevereiro, esclareceu, é tão rica em controvérsias, diante da impossibilidade de confirmar o que é facto ou mito.

A própria Igreja Católica achou por bem retirá-lo do calendário litúrgico tradicional, ainda nos anos 1960, após o Concílio Vaticano II. Na época, missas em sua honra acabaram se mantendo apenas em comunidades em que a tradição é forte.

Dois séculos depois, a Igreja Católica instituiu o dia de São Valentim. A data de 14 de Fevereiro é atribuída a altura da morte do Santo, possivelmente atribuída mais tarde, como parte de um processo imposto pela Igreja.

Fonte: JA

Ver mais em: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/namorados-celebram-a-paixao-da-bencao-de-sao-valentim/

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