Dívida pública cresce 5%

O preço do petróleo em alta e a apreciação do Kwanza nos primeiros seis meses do ano deram uma “mãozinha” à sustentabilidade da dívida. Com esta apreciação, o PIB medido em dólares subiu, fazendo cair o rácio para valores próximos de 2015 (57%). Mas de Junho para cá o Kwanza voltou a perder terreno para o dólar.

O stock da dívida pública cresceu 5% para 74,3 mil milhões USD no I semestre face ao final do ano passado, que resulta da subida em 857 milhões da dívida externa, mas sobretudo pelo crescimento de 14% (+2,8 mil milhões Kz) na dívida interna convertida em dólares, que disparou devido à apreciação do Kwanza face à moeda norte-americana, de acordo com cálculos do Expansão com base no relatório de execução orçamental do II trimestre de 2022.

Apesar desta subida da dívida, tudo aponta para que Angola consiga baixar o rácio da sua Dívida/Produto Interno Bruto para menos de 60%, conforme é a expectativa do Governo, ainda que a recente depreciação do Kwanza possa comprometer esse objectivo. Até porque, de acordo com a Estratégia de Médio Prazo da Dívida 2022-2024, 83,4% da dívida está exposta ao risco cambial, e só desde o final de Junho, o Kwanza já depreciou 12% face ao dólar, passando de uma taxa de câmbio média de 428,2 Kz por dólar de 30 de Junho para os 488,0 Kz desta quarta-feira. A manter-se esta depreciação, o rácio irá subir novamete, ultrapassando a barreira “psicológica” dos 60%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o PIB angolano em 2022 ronde os 124,8 mil milhões USD, um salto face aos 75,2 mil milhões USD em 2021, que permite ao País saltar do sexto lugar do ranking dos países da África Subsaariana para o terceiro lugar, apenas atrás da Nigéria e da África do Sul, caso se confirmem as previsões do Fundo.

Esta subida do PIB permite que o rácio da dívida baixe, já que os 74,3 mil milhões USD no I semestre de 2022 que constam no relatório de execução orçamental publicados na página do MinFin, equivalem a 59,6% do PIB que o FMI prevê para 2022. Aliás, esta instituição multilateral admite que até ao final do ano este rácio deverá baixar para 56,6% do PIB, o que contrasta com os preocupantes 135,1% registados em 2020.

Para já é ponto assente junto dos especialistas que a dívida angolana está estável – as principais agências de rating confirmam-no também – apesar de continuar demasiado exposta ao que se passa no sector do petróleo, pois o preço do barril em alta dá folga à economia angolana, enquanto o sentido contrário agrava as dificuldades do País.

E o cenário que nos espera em 2023 não é muito animador, uma vez que a procura por esta commoditie deverá cair devido a um cenário de recessão a nível mundial, o que afectará as receitas do País, colocando uma pressão adicional sobre as necessidades de financiamento.

Isto numa altura em que Angola vai recomeçar os pagamentos no âmbito da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI) do G20, onde o País beneficiou da reestruturação de todo o capital e juros devidos entre Maio de 2020 e Junho de 2021 junto dos seus principais credores oficiais. Segundo um relatório recente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Angola figura na lista dos 54 países mais vulneráveis ao peso da dívida.

Fonte: EXPANSÃO
Ver mais em: https://expansao.co.ao/economia/interior/divida-publica-cresce-5-mas-racio-em-queda-ja-esta-nos-60-do-pib-110722.html

 

 

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