EPAS necessita de Kz 40 milhões para manutenções

A Empresa Pública de Águas e Saneamento do Cuanza-Sul (EPAS) necessita de 40 milhões de kwanzas mensais para manter operacional a funcionalidade dos equipamentos e sistemas de abastecimento de água para diversas localidades da província, com o destaque para a sede da província, a Cidade do Sumbe.

Em declarações recentes ao Jornal de Angola, o director do Gabinete de Apoio ao Conselho de Administração da empresa de águas, Edilson Klayton Rita, sublinhou que, no âmbito do projecto financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), a cidade do Sumbe beneficiou na segunda fase, em curso, de mais três mil e 600 ligações, que juntando as seis mil ligações executadas na primeira fase, perfaz um total de nove mil ligações domiciliares.

Edilson Klayton Rita adiantou que, juntando as acções do projecto que conta com o financiamento da empresa, a província vai contar com um total de mais de treze mil ligações domiciliares, acrescendo aos actuais seis mil e 300 clientes faturáveis.

O director do gabinete de apoio ao Conselho de Administração da empresa de águas, Edilson Klayton Rita, anunciou que a empresa tem acções concretas de ligações domiciliares nas cidades do Sumbe, Porto-Amboim, Gabela, Ebo e Wako-Kungo, enquanto os restantes municípios beneficiam de projectos executados pelas administrações municipais, no quadro do programa de desenvolvimento e combate à pobreza.

Quanto aos desafios para os próximos tempos, Edilson Klayton Rita mencionou a construção de novos sistemas de captação e distribuição de água nas cidades da Gabela, Porto-Amboim e Wako-kungo.

Situação de abastecimento por municípios

Já ao nível da cidade do Sumbe, Edilson Rita garantiu que o fornecimento do precioso líquido já cobre grande parte do casco urbano, que para atingir níveis satisfatórios decorrem obras de melhoria na estação e tratamento de água, e a construção para breve de uma estação de captação e tratamento de água, a fim de abranger maior número dos munícipes. “Estamos a trabalhar no sentido de alargar a capacidade de oferta, e tudo aponta que, num futuro breve, a distribuição de água vai satisfazer maior número dos cidadãos”, disse.

Em relação ao sistema de abastecimento de água potável das cidades de Porto-Amboim, Gabela, Ebo e Waku-Kungo, adiantou que os sistemas estão controlados, com um nível de fornecimento considerável, mas entende que o processo deve ser redobrado para que mais água chegue às populações. “Estamos num bom caminho, mas julgamos ser necessário fazer mais, no sentido de levar a água nos vários pontos das cidades e arredores”, disse.

O responsável sublinhou que para os municípios da Conda, Seles, Mussende, Cassongue, Quilenda, Quibala e outros, a situação pode ser resolvida gradualmente, mediante a prossecução dos programas locais e financeiros que forem alocados.

A maior parte dos bairros periféricos, de acordo com Edilson Klayton Rita, não estão conectados ao sistema de fornecimento de água, que considerou um défice estrutural, que condiciona o abastecimento de água, na ordem de 40 a 60 por cento.

Mais alternativas

Edilson Klayton Rita, acrescentou que, ainda no âmbito do projecto financiado pelo BAD serão construídos também chafarizes, sendo que na primeira fase foram construídos um total de 30, e na segunda fase prevê-se construir mais 90 chafarizes para responder os anseios das populações, “É importante a instalação de Infra-estruturas que seguem a dinâmica desse crescimento” destacou.

A Empresa Provincial de Águas do Cuanza-Sul registou, em 2022, uma facturação de 38 milhões de kwanzas, numa ordem de 90 por cento.

Quanto aos equipamentos de abastecimento de água existentes, destacou que ao todo foram construídos em diferentes fases 226 chafarizes em diversas localidades da província, dos quais 180 operacionais e 41 desactivadas por actos de vandalismo.

Fonte: Jornal de Angola

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