Fábricas de blocos geram emprego para os jovens

O fabrico de blocos na cidade do Sumbe e em toda a província do Cuanza-Sul constitui, nestes dias, uma fonte de geração de renda e também de emprego para muitos jovens.

Iniciado de forma precária, o negócio de fabrico de blocos ganhou outro impulso com a entrada de chineses, que instalaram fábricas de produção semi-industrial.

Actualmente, a actividade é vista como a “tábua” de salvação de muitos que encontaram nela o ganha-pão.

Estão empregados jovens e uns adultos, represdentando um enorme ganho social e económico, que proporciona às economias das famílias.

Todavia, o dia-a-dia da actividade passa por um “salva-se quem puder”, por falta de incentivos dos gestores das áreas financeiras e mesmo a inserção destas iniciativas nos programas oficiais de combate à pobreza.

Conforme constatou a reportagem do Jornal de Angola, o negócio anda de mãos dadas entre o fabrico industrial e o artesanal, mas o propósito principal é a oferta de blocos aos clientes.

A procura actual por blocos de argamassa (mistura de massa de cimento com areia) tende a aumentar com fins diversos.

Mas é no alimentar “o sonho pela casa própria” que se continua a notar uma maior procura, não só de jovens, mas também de adultos, muitos dos quais procuram alargar as moradias, em função do aumento do agregado familiar.

De acordo com os entrevistados, o fabrico de blocos gera receitas para sustentar o negócio e pagar os trabalhadores.

Um dos factores de realce é que os proprietários de fábricas convencionais de blocos têm inscritos os trabalhadores no sistema de protecção social, junto do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).

A fábrica de blocos “Amadeu Abrantes”, por exemplo, é das maiores instaladas na província do Cuanza-Sul. Tem uma capacidade instalada para o fabrico de quatro mil blocos/mês e quando surgem encomendas elevadas também sobem os níveis de produção para satisfazer à procura.

O responsável para a área de produção, Fernando Martins, assegurou que a procura pelos produtos é maior, neste momento, fruto da qualidade final que apresenta junto dos clientes.

“Os nossos produtos apresentam boa qualidade. Por isso, somos solicitados todos os dias. Há momentos que temos de redobrar a produção para satisfazer as encomendas”, disse.

Conforme sublinha, a fábrica possui módulos para o fabrico de blocos de 12 centímetros, que é de maior procura, além de outros de 15 e 20 centímetros.

Quanto aos preços praticados, Fernando Martins anunciou que a empresa vende blocos de doze centímetros ao preço de 230 kwanzas pela unidade e sobe para 250 kwanzas quando a empresa disponibiliza o transporte até ao local.

O bloco de 15 centímetros é comercializado ao preço de 255 kuanzas e em caso de adicionar o transporte até ao local do cliente o preço atinge os 275 kwanzas.

Quanto ao bloco de 20 centímetros, o preço é de 285 e atinge os 305 kwanzas quando adicionado ao preço final o transporte.

Fernando Martins adiantou ainda que, além de blocos, a fábrica “Amadeu Abrantes” também confecciona lancis que são comercializados ao preço de três mil e 500 kwanzas cada unidade.

Os maiores clientes são pessoas singulares, além de empresas construtoras, que adquirem os blocos para lancis com o objectivo de atemnder a execução de empreitadas a si adjudicadas.

“Temos registado uma maior procura de pessoas singulares, mas também as empresas construtoras surgem, muitas vezes, com uma facturação acima da média”, frisou.

Segundo a responsável para a área administrativa da referida fábrica, Imaculada Afonso Abel, a unidade fabril emprega cinco trabalhadores efectivos e 20 trabalhadores eventuais.

Quanto à remuneração, Imaculada Afonso Abel fez saber que os trabalhadores auferem uma remuneração, na ordem de 32 mil kwanzas, que descontado mil kwaznas para a Segurança Social, recebem o líquido de 31 mil kwanzas.

Adiantou que com os ordenados que recebem, os jovens conseguem satisfazer as necessidades básicas.

“Nunca tivemos reclamações que ponham em causa a nossa tabela salarial porque a remuneração aos trabalhadores depende muito dos rendimentos obtidos das vendas”, disse.

Produção semi-industrial convive com artesanal

Blocos no Sumbe, há também fábricas de pequena dimensão e até artesanais, sempre na senda de apresentar um produto que atraia os clientes.

A fábrica de blocos de pequeno porte, de Arnaldo da Costa, está implantada na área do Estaleirro, arredores da cidade do Sumbe, desde 2013. Emprega dez trabalhadores, com uma produção diária, na ordem de mil e 500 blocos.

De acordo o proprietário, Arnaldo da Costa, referiu que a fábrica tem sido a fonte de muitos jovens da comunidade, sobretudo na componente da obtenção de receitas para suprirem as necessidades básicas.

“Temos obtido rendimentos razoáveis, que permitem pagar os trabalhadores, alguns, diariamente, e outros optam por receber no fim do mês”, disse.

A grande preocupação manifestada por Arnaldo da Costa tem a ver com a dificuldade da compra de cimento, a partir da fábrica e da falta de apoios para alargar a produção. O investidor manifesta o desejo pleno de empregar mais jovens.

“Temos a intenção de alargar a produção, que passa pela obtenção de um financiamento, junto da banca local, mas não temos sido bem sucedidos. Todavia, vamos continuar a insistir porque o negócio é rentável e pode responder aos compromissos contratuais com qualquer credor”, vincou.

Outra fábrica de bloco artesanal está localizada no bairro do Chingo, cujo proprietário é António Alberto Malafaia, que considerou ser um negócio rentável, mas que precisa de ser apoiado pela banca ou pelos programas do Executivo angolano.

“O fabrico de blocos é um negócio que está sendo ignorado, mas se for apoiado pode gerar empregos aos jovens, sobretudo nas áreas peri-urbana, longe dos campos de cultivo”, disse.

Realce que “com o apoio financeiro se pode comprar quantidades de cimento, que concorreria para o aumento da produção”.

António Malafaia fez saber que, inicialmente, a remuneração mensal é feita na ordem de 25 mil kwaznas aos mestres e 15 mil kwanzas para os ajudantes.

Até ao momento, o empreendedor empregou, na primeira fase, dez trabalhadores, que se dedicam ao fabrico de blocos e de outros acessórios de pedreira.

“A nossa actividade, além de fabrico de blocos, também incide ao fabrico de outras peças utilizadas na pedreira. Por isso, vamos continuar a lutar para que, próximo ano, tenhamos outro impulso no negócio”, frisou.

Fonte: Jornal de Angola

Ver mais em: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/fabricas-de-blocos-garantem-renda-aos-jovens/

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