A malária, hepatite B e a sífilis são as patologias mais detectadas durante as sessões de doação de sangue, na área de hemoterapia do Instituto Nacional de Sangue (INS).
Segundo a directora geral do INS, Deodete Machado, em entrevista, esta terça-feira, à ANGOP no quadro do dia do doador de sangue, que hoje se assinala, disse que essas doenças são uma das maiores causas de descarte de sangue, com um percentual maior para a hepatite B.
Frisou que após o diagnóstico os pacientes são encaminhados para o controlo e tratamento das enfermidades.
De acordo com a especialista, muitos dadores desconhecem o seu estado serológico e, apesar de o processo de doação ser devidamente cuidadoso e atendendo ao período de incubação de algumas doenças, é possível algumas amostras estarem infectadas e no processo de análise não acusar nada, apesar de o sangue estar contaminado.
Explicou que em caso de alguém se infectar no processo de transfusão de sangue deve-se, imediatamente, notificar as duas pessoas envolvidas (doador e receptor) para rapidamente serem tratadas, controladas, e serem descartadas outras situações.
Tendo em conta a sensibilidade da área de hemoterapia, a directora do INS disse ser importante que os hospitais mantenham todos os registos dos dadores e receptores, por um período de 30 anos, tempo estipulado pela OMS, para em caso de haver algum problema, tanto o hospital, como o dador e o receptor saberem onde recorrer para tirar as dúvidas e atender as reclamações.
O Instituto Nacional de Sangue tem a responsabilidade de analisar todas as bolsas de sangue doadas num total de 22 unidades sanitárias da província de Luanda, incluindo as clínicas privadas.
“ Alguns doadores vão aos hospitais mais próximos, para doar, mas estes por sua vez enviam as amostras ao INS para serem minuciosamente examinadas”, aclarou.
Fez saber que no processo de transfusão sanguínea existem os riscos infecciosos, imunológicos imediatos e os tardios, por isso que a transfusão de sangue só pode ser efectuada em caso de estrita necessidade.
Apesar disso, a responsável garante que o processo envolvendo o rastreio de dados dos doadores, doação, análise ao sangue e o seu armazenamento nos hospitais é muito seguro, porque obedece rigorosamente todos os critérios estabelecidos pela OMS, para que se tenha sangue seguro até ao momento das transfusões.
Fonte: Angop
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