A crise afectou o poder de compra dos angolanos e afastou os consumidores deste bem de consumo que viu os seus preços disparar com a desvalorização do Kwanza nos últimos anos. Para combater essa tendência estão instaladas três fábricas no País e já se nota nos preços.
O leite é um dos bens de consumo que fazem parte da cesta básica e que nos últimos anos foi deixando de marcar presença nas mesas dos angolanos. A forte desvalorização do Kwanza ditou o destino deste produto que era praticamente todo ele importado, mas a instalação de fábricas no país prometem inverter essa tendência, já que permitiram baixar os preços.
Apesar de não haver produção de leite no país, actualmente existem cinco marcas embaladas localmente. O produto chega a Angola em pó, vindo maioritariamente de Espanha, Nova Zelândia e Portugal, e é preparado em três fábricas nacionais que detém cinco marcas, duas delas com a marca Feito em Angola.
A mais antiga, com quase 30 anos, a Lactiangol produz as marcas Lactiangol e Biba. As marcas Gulkis e Uami pertencem à Gulkis- Comércio e Indústria, que detém uma unidade instalada na Zona Económica Especial (ZEE). Fundada em 2018 com um leque alargado de actividades no seu objecto social, a partir de 2021 a empresa de Shaukat Minsarya, de origem indiana, alterou o pacto social para se dedicar à indústria de lacticínios.
Já a mais recente unidade de embalamento foi instalada em Angola pelo grupo espanhol Pascual, com tradição nos lacticínios e outros produtos, numa parceria com a Refriango. Uma decisão que surgiu, de acordo com os promotores, depois do “sucesso que os iogurtes da marca continuam a fazer no mercado nacional”.
A entrada destas fábricas foi motivada por “haver um mercado de consumo que cresce” e também por começar a haver algum sinal de recuperação económica, o que permite o aumento do consumo. Para os promotores destas unidades fabris, o foco está na “democratização do preço do leite”.
O sinal da presença das marcas produzidas localmente reflete-se também nos dados de importação de produtos alimentares da Administração geral Tributária (AGT). Os dados indicam que em 2022 foram importados 86,1 milhões USD de leite e em 2020, 99,3 milhões USD, altura em que as marcas angolanas não eram ainda tão presentes. Em dois anos a importação caiu mais de 13%.
Mesmo que seja difícil afirmar perentoriamente que a descida da importação de leite está interligada com o aumento do consumo do que é embalado a nível local, o certo é que os preços das marcas cá instaladas são mais baixos do que as importadas.
Leite em pó chega a ficar mais caro
Em Angola a tradição manda que o leite consumido em casa dos consumidores seja leite em pó, sobretudo devido a questões relacionadas com a conservação.
De acordo com as contas do Expansão, o leite em pó chega a ser mais caro em relação ao preço do leite líquido embalado em Angola. Por exemplo, o leite Nido “FortiCresce” de 2.270 custa 13.900 Kz no supermercado sul-africano Shoprite. Se tivermos em conta que para cada litro de leite são necessários 136 gramas de produto, conforme manda a fórmula na embalagem, isto significa que esta embalagem permite criar 16,7 litros de leite. Contas feitas, cada litro custa 837 Kz, o que é bastante superior à maior parte dos preços do leite embalado em Angola (ver tabela). Entretanto, há outras marcas de leite em pó mais baratas no mercado, o que baixará o preço por litro para valores próximos do leite embalado cá.
Fonte: Jornal Expansão
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