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Jovens angolano têm na formação profissional a solução para o mercado de trabalho

O sonho de obter um primeiro emprego, especialmente na Função Pública, tem levado, nos últimos anos, muitos jovens a apostar na formação técnico-profissional como garante de um lugar no mercado de trabalho nacional.

Hoje um pouco mais exigente do que antes, o actual mercado de trabalho tem privilegiado os quadros mais bem capacitados, para ajudarem a suprir algumas lacunas, em certos sectores.

Um dos locais muito procurados pelos jovens para aprimorarem os conhecimentos tem sido o Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor), criado para capacitar quadros profissionais no domínio da Comunicação Social.

O director do Cefojor, Ikuma Bamba, disse que um dos objectivos do Centro é auxiliar as pessoas a melhorar as aptidões ou conhecimentos. O centro, explicou, recebe quem já está no mercado de trabalho e quer melhorar, assim como quem deseja conseguir um emprego. “O objectivo é capacitar as pessoas tendo em conta os desafios que o mercado de trabalho exige”, sublinhou.

O Cefojor, adiantou, é um centro profissional, tutelado pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, no mercado há mais de 22 anos. Actualmente, está com uma frequência de 390 a 500 formandos por mês, nos mais diversos cursos. “Somos solicitados pelas instituições para prestar serviço, com 20 a 80 formandos, que dá uma margem de 500 estudantes por mês”.

Desde Outubro de 2020, avançou, o centro tem adoptado um posicionamento mais alargado, que permitiu sair de 14 para 50 cursos profissionais, no domínio da Comunicação Social e outras áreas.

Para inovar, sublinhou, o centro deixou de ser exclusivo para formação de Jornalismo e passou a formar também nas áreas de Relações Públicas, Multimídia, Publicidade e Marketing e está a dar os primeiros passos no domínio do Cinema.

“Desenvolvemos também um pacote especial para a Comunicação, que denominamos Competências de Comunicação, para potenciar os especialistas do Ministério da Saúde e do Interior”, avançou, acrescentando que o processo está em andamento e já foi levado à apreciação das identidades competentes.

“Temos procurado buscar o razoável, há casos que o Cefojor não tem benefícios sobre determinado curso, mas leva a cabo porque acredita que tem de ajudar para construir o país”, afirmou.

A “joia da coroa”

Sobre os cursos que o Cefojor oferece, o director da Instituição disse que o único curso com critérios de cumprimento obrigatório para o acesso é o profissional de Jornalismo. “É o curso mais completo que o centro possui. Para se habilitar a ele, o candidato tem de ter concluído ou deve estar a frequentar o ensino superior”.

Questionado sobre o processo de admissão de novos alunos, Ikuma Bamba disse que o candidato é submetido a um teste de admissão e se aprovado, passa a ser um dos formandos do curso de Jornalismo. “Nos outros cursos de extensão, refrescamento ou capacitação que o centro oferece, a única exigência é o formando saber ler e escrever”, explicou.

Nível aceitável

O director do Cefojor assegurou que o nível de procura dos cursos é aceitável, especialmente tendo em conta as várias dificuldades técnico-profissionais registadas em certos sectores do país.

Devido a essa procura, esclareceu, o centro procura optar por preços acessíveis, de forma a beneficiar a todos. “O exercício é buscar equilíbrio para permitir que os cidadãos sem condições financeiras, essencialmente os jovens, que estejam a começar no mercado de trabalho ou estão desempregados, tenham a mesma oportunidade, visto que eles são a maioria”.

Qualidade na formação

O Cefojor, contou Ikuma Bamba, tem trabalhado para melhorar as condições de trabalho para poder corresponder a demanda.

“Em 2020, tínhamos apenas sete salas. Hoje temos 14, das quais três de multimédia. Todas estão bem equipadas. Duas delas têm 15 computadores. A maior possui 18 computadores, assim como um sistema denáudio e vídeo, conectado à Internet. As oficinas estão mais preparadas, os laboratórios beneficiaram de um trabalho de reestruturação e fizemos uma actualização dos equipamentos”, disse, acrescentando que o centro prima essencialmente pela qualidade dos formadores.

Mais solicitados

No domínio da Comunicação Social, o curso mais procurado é o curso profissional de Jornalismo, é um curso que tem dez meses de formação e outras fases de estágio.

Outros, explicou,  como os de Apresentação e Locução, Edição de Vídeo, Reportagem, Secretariado, Redacção de Documentos Oficiais, Legislação e Recursos Humanos, Técnicas de Qualidade e Atendimento ao Público, ou Oratória, também têm sido bastante solicitados.

Huambo ganha centro profissional

A província do Huambo vai ganhar um Centro de Formação Profissional para Jornalistas, dentro do quadro da estratégia do Governo angolano em alargar os serviços do Cefojor Central, localizado em Luanda, para todo o país.

“Estão a ser concluídas as obras do Cefojor no Huambo. Se tudo correr bem, o centro entra em funcionamento ainda este ano”, afirmou Ikuma Bamba.

O director avançou que o objectivo é tornar a instituição numa referência internacional, especialmente do ponto de vista de formações profissionais. “As aulas serão ministradas em português e inglês numa primeira fase”.

“Depois vamos adicionar outros idiomas, como acontece em Luanda”, disse, acrescentado que a ideia é capacitar, também, quadros dos países localizados na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). “O centro vai ser erguido para ter tal capacidade. Se tudo correr bem, esse ano entra em funcionamento. Vai ser algo muito simbólico, pelo facto de Angola ter assumido, igualmente, a presidência rotativa da SADC”.

Uma das metas, explicou, é sensibilizar os parceiros da SADC para que tenham noção que existe, em Angola, um centro de referência, do ponto de vista de transmissão de conhecimento no domínio da Comunicação Social, com laboratórios devidamente equipados, salas de aula condignas e com tecnologia actualizada.

“Outro desafio vai ser preparar formadores capazes de cumprir as expectativas e superá-las. A nível nacional temos boas referências, com muito conhecimento, que precisam ser exploradas, de forma que possam partilhar o seu saber. No exterior já temos feito, no quadro das parcerias com a Lusa, RTP, parceiros do Brasil com quem poderemos contar”, disse.

Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional aposta no auto-emprego

Criada em 1992, o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), formou 2.475.000 cidadãos. Só na província de Luanda, entre 2013 a 2022, um total de 700 mil candidatos inscreveram-se e o INEFOP formou mais de 400 mil técnicos, numa grelha de 300 cursos profissionais que o instituto possui.

O chefe dos serviços provinciais de Luanda do INEFOP, Miguel da Silva, avançou, igualmente que, só no primeiro semestre deste ano, nos cursos de curta e longa duração, inscreveram-se 66.397 candidatos e destes, 9.505 foram matriculados.

O instituto, explicou, possui 34 unidades activas, divididas em dois Centros de Empreendedorismo no Cazenga e Kicolo, três de Emprego na Ingombota, Zona Económica Especial (ZEE) e Cazenga, um outro de Emprego e Empreendedorismo de Cacuaco, Icolo Bengo e Viana, Centro de Formação Profissional do Rangel e Zango.

“Os centros de emprego trabalham especificamente em matérias ligadas ao cadastramento e recepção de ofertas de emprego dos formandos do INEFOP”, disse.

Miguel da Silva explicou que o INEFOP funciona na vertente da formação e capacitação do capital humano, através do incremento de acções de formação no âmbito do Sistema Nacional de Formação Profissional (SNFP) adequada às necessidades do mercado do trabalho, incentivando a criação do emprego produtivo, qualificado e remunerado para os cidadãos nacionais em idade activa.

“Capacitamos os cidadãos com valências, para trabalhar numa empresa dentro da especialidade que se formou ou criar o autoemprego”, garantiu o responsável. O MAPTSS tem como critério de secção para novos alunos, a realização de um teste de aptidão e os candidatos devem ter idade mínima de 14 anos e com a 6ª classe concluída.

Pavilhão do Paraíso

Mais de 500 cidadãos são formados, anualmente, no Pavilhão de Formação de Artes e Ofícios do bairro Paraíso, no município de Cacuaco, disse o director da instituição.

Luís Manuel Mário disse que neste ano lectivo, o Pavilhão está com um total de 150 formandos, nos cursos de Pedreira e Ladrilho, Caixilharia de Alumínio, Canalização, Electricidade de Baixa Tensão e Informática na Óptica do Utilizador.

De acordo com o director, o Pavilhão, desde a sua fundação, em 2008, tem procurado dar resposta a oferta formativa dos jovens naquela circunscrição, com a finalidade de permitir que muitos deles tenham a oportunidade de se formar para futuramente ingressar no mercado de trabalho ou criar o auto-emprego e assim diminuir o índice de delinquência.

No bairro Paraíso, sublinhou, os que mais procuram os serviços são jovens entre os 14 e os 26 anos. “A procura é boa. Porém, temos dificuldades em dar resposta adequada, devido à falta de formandos”, adiantou. O Pavilhão, disse, tem uma capacidade instalada de 310 formandos, mas em função das limitações na mobilidade dos formadores, fez com que pudessem trabalhar apenas com 50 por cento.

Pavilhão da Funda

Actualmente, o Pavilhão de Formação de Artes e Ofícios da Comuna da Funda está a formar 240 cidadãos, nos cursos de Mecânica, Agricultura, Corte e Costura, Pedreira e Ladrilho, Informática e Electricidade de Baixa Tensão.

O director João Grosso disse que o grande objectivo do Pavilhão é tirar os jovens do mundo do desemprego, dando formação, para que possam criar o próprio emprego.

“Tendo em conta as características da zona, o Pavilhão proporciona cursos que vão de acordo com a realidade dos seus moradores, para que não se importem profissões que não têm qualquer proveito no local”, disse.

Centro do Kilamba

O Centro Integrado de Emprego e Formação Profissional do Kilamba, com 17 cursos disponíveis, tem como principal objectivo formar jovens para o mundo do emprego, com competências que o mercado exige.

A directora do Centro, Maria Simão, disse que a procura tem sido de quatro a cinco mil candidatos por cada ciclo formativo, embora o Centro tenha apenas uma capacidade de 500 formandos por ano. “Neste momento, estamos com 421 alunos em acção formativa, em apenas 12 salas disponíveis”, sublinhou.

O Centro no Kilamba, avançou, tem cursos disponíveis de Corte e Costura, Decoração, Electrónica, Frio e Climatização, Electricidade de baixa Tensão, Electricidade de Manutenção, Canalização, Massagem e Estética, Serviço Doméstico, Auto-Cad, Encarregado de Obras, Medições e Orçamento, Fiscal de Obras, Inglês, Contabilidade Informatizada, Informática e Pastelaria.

“A formação profissional ajudou-me a ser o que sou hoje”

António Ginga Miguel, natural do município do Nzeto, província do Zaire, fez parte do quarto grupo de formandos do Cefojor, em 2006.

Actualmente, a ocupar o cargo de chefe de redacção da Rádio Escola, afecto ao Cefojor, o jovem conta que sempre foi seu sonho ser jornalista.

“Desde criança, tive o sonho de ser jornalista ou médico. Na juventude, fiz parte da equipa que montou o jornal mural da escola Ngola Mbandi e da paróquia GC, afecta à Igreja evangélica de Angola, no Sambizanga, onde comecei a ter o gosto pela arte de comunicar”, contou.

Antes de estar na rádio, conta, trabalhou numa fábrica de foguetes. “Durante as férias, aproveitei e matriculei-me no Cefojor, no curso de Jornalismo”, disse, acrescentando que, depois de terminar foi seleccionado, por estar entre os melhores alunos, para fazer parte da equipa de profissionais da Rádio Escola.

“A formação profissional me ajudou a ser o que sou. Merecer a confiança da direcção”, revelou, além de destacar que depois de trabalhar como repórter, ascendeu para a categoria de chefe de redacção, cargo que ocupa até ao momento.

António Miguel tem como referências no mundo do Jornalismo, Mário Santos. “É alguém que respeito muito e que acompanhou os meus primeiros passos”, referiu.

O jornalista aconselha os pais a apostar na formação profissional dos filhos, porque podem surgir várias oportunidades. “A formação profissional é para a vida toda, independente da área”.

Fonte: JA

Ver mais em: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/jovens-tem-na-formacao-profissional-a-solucao-para-o-mercado-de-trabalho/

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