Jovens angolanos vêem saída nos cursos técnico-profissionais

Uma formação condigna, em especial nos cursos técnico-profissionais, e oportunidades de trabalho decentes, são, para o secretário executivo do Conselho Provincial da Juventude de Luanda, uma das principais metas a ser alcançada nos próximos anos pelas associações juvenis nacionais.

Alberto Dala “Baduna” disse, por ocasião do Dia Internacional da Juventude, assinalado hoje, que têm trabalhado, com vários parceiros, assim como com o Executivo angolano, em prol da melhor formação dos jovens.

O Conselho Provincial da Juventude de Luanda, confirmou, tem, para ajudar neste processo, mil bolsas de estudo para o ensino superior já disponíveis pela Universidade de Belas. “É uma forma de ajudar a reduzir a carência quanto à formação. Algumas destas bolsas são comparticipadas. Outras não e vão ser atribuídas às pessoas oriundas de agregados familiares de baixa renda”, explicou.

Além deste acordo, o Conselho Provincial da Juventude tem mais um outro, já assinado, para 300 vagas, todas comparticipadas, no Instituto Superior Politécnico Deolinda Rodrigues, localizado também em Luanda.

Com a Universidade Técnica de Angola (Utanga), disse, têm um acordo que vai permitir atribuir 50 bolsas de estudo, a custo zero. “São oportunidades que criamos para dar aos jovens uma forma de terem uma formação condigna e mais possibilidades de vencer no mercado de trabalho”.

Para Alberto Dala, o número reduzido de vagas disponíveis, este ano, no sistema de ensino estatal, os levou a criar mecanismos e acordos com parceiros privados para ajudar os jovens a suprir esta carência. “Estamos a manter acordos com vários colégios, com os quais temos parcerias, para darmos bolsas no ensino secundário a muitos adolescentes e jovens. Já temos alguns acordos em fase final”, revelou.

Profissionais

A entrada para o mercado de trabalho e a criação de oportunidades condignas aos jovens levou, como explicou Alberto Dala, a criação de um acordo para a obtenção de 300 vagas nos centros de formação profissional do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social. “Os interessados nestas bolsas, apenas têm de apresentar a candidatura na sede do Conselho Provincial da Juventude”, referiu.

Emprego em ritmo lento

A recuperação do emprego juvenil ainda acontece num ritmo lento, de acordo com um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ao confirmar que a pandemia da Covid-19 prejudicou mais os jovens.

Publicado ontem, o relatório, intitulado “Global Employment Trends for Youth 2022”, constata que a pandemia aumentou o número de desafios enfrentados pelos jovens dos 15 e 24 anos, onde tiveram um percentual de perda mais acentuado do que os adultos, desde o início de 2020.

O número total de jovens desempregados em todo o mundo pode chegar a 73 milhões, em 2022.

Mais espaços para cultura e o desporto

O desporto e a cultura continuam a estar entre as áreas que os jovens precisam de mais apoios. Por todo o país, alguns clamam por novos espaços.

O secretário para Projectos e Parcerias, do Conselho Distrital da Juventude no Palanca, município do Kilamba Kiaxi, Jack Xavier, espera por um aumento significativo destes dois sectores a nível da comunidade. “É uma forma de os manter afastados da delinquência”.

No próximo encontro do Conselho Nacional da Juventude, adiantou, pretende expor o tema, assim como pedir maior atenção à formação de alguns jovens da comunidade, em particular os que vêm de famílias menos abastadas. “Ainda temos alguns jovens com formação muito baixa”, disse.

No Palanca, destacou, assim como em muitas outras comunas e municípios do país, há jovens talentosos, a precisarem de oportunidades.

Mais atenção às províncias

Como uma das responsáveis por algumas acções desportivas femininas no Cuanza-Norte, Paula Parra, acredita que os jovens da província, assim como das outras, precisam de mais atenção, em especial em determinados sectores. “Luanda ainda é o foco”, desabafou.

A juventude, defende, carece de mais apoio social. No Cuanza-Norte, por exemplo, as actividades recreativas e culturais estão abaixo da média habitual, desde a Covid-19. “É preciso um novo alento. Há potenciais talentos locais, que têm de ter a oportunidade de ir a Luanda para vencer”, disse, além de adiantar que a nível académico a situação é favorável para os jovens.

Iniciativas pela efeméride

Hoje, pelas celebrações do Dia Internacional da Juventude, o Instituto Angolano da Juventude (IAJ) realiza, em parceria com o Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), um curso sobre “Criação de negócios e empreendedorismo”, para 100 jovens da Associação Nacional dos Kuduristas, com o objectivo de dotá-los de ferramentas que os ajudem na inserção no mercado de trabalho.

Jornada Mundial

O próximo encontro de jovens de todo o mundo com o Papa, denominado Jornada Mundial da Juventude, acontece em 2023, de 1 a 6 de Agosto, em Portugal.

A jornada, instituída por João Paulo II, em 1985, tem se evidenciado como um momento de encontro e partilha para milhões de pessoas por todo o mundo.

Com a escolha, Portugal vai ser o segundo país lusófono a receber as jornadas, depois de, em 2013, ter sido o Brasil. Com o acto, a actividade regressa, também, à Europa, depois de em 2016 ter sido realizado em Cracóvia, na Polónia.

“Lar de esperança”

Este ano, no Dia de África, assinalado a 25 de Maio, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, considerou os jovens do continente a base para a construção de “um lar de esperança”. África, disse na época, tem um futuro brilhante, devido à “crescente e vibrante população jovem”.

António Guterres enfatizou ainda, na altura, o potencial dos jovens e os pediu para definir o rumo do continente. “É uma oportunidade para celebrar a enorme promessa do continente, mas sem descurar os múltiplos desafios que impedem África de atingir todo o potencial”.

África, lembrou, ainda sofre com a guerra na Ucrânia que afectou muitos países.

Ano Europeu

Este ano, a União Europeia coloca uma tónica especial na juventude. O objectivo é incluir os jovens e as suas prioridades na elaboração de políticas e organizar actividades centradas na juventude em toda a Europa.

Um em cada seis jovens na Europa tem entre 15 e 29 anos. E um em cada três indicou ter passado duas ou mais semanas no exterior, em 2019, por motivos de trabalho, ou formação.

Fonte: Jornal de Angola

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