Mais de mil e 77 escolas serão construídas na província de Luanda, nos próximos cinco anos, para a inversão da taxa de crianças fora do sistema de ensino, informou, esta quinta-feira, o vice-governador da província de Luanda, para o Sector Económico, Gilson dos Santos Antunes Carmelino.
O responsável, que falava durante a abertura do Conselho provincial da família, que decorreu sob o lema “Inclusão Social das Famílias: Bem-Estar e Dignidade para Todos”, disse que o projecto enquadrado no Plano Integrado de Intervenção dos Municípios (PIIM), contempla, também, a distribuição da merenda escolar e a construção de cozinhas comunitárias, a nível dos municípios da capital.
Gilson dos Santos Antunes Carmelino afirmou que se deve dar maior atenção à criança, por ser a maior garantia da continuidade da defesa dos nobres valores do patriotismo, do amor ao próximo e da solidariedade na construção de um país melhor para todos.
“Se por um lado o governo tem estado a gizar políticas públicas de promoção de emprego para o aumento do rendimento das famílias, criação de postos de trabalho, saúde, educação. Por outro tem contado com o apoio da sociedade para a nobre missão de preservar e conservar as famílias, mas ainda assim temos de continuar, de forma articulada e unidos, a garantir a coesão das famílias angolanas, em especial de Luanda”, referiu.
Como males que enfermam as famílias, Gilson Carmelino apontou a falta de educação escolar, fuga à paternidade, á prostituição, o alcoolismo, à violência doméstica e a delinquência juvenil, tendo apelado aos parceiros sociais e as igrejas uma especial atenção a referida problemática.
Para o responsável, factores como a tolerância, o respeito às escolhas, o altruísmo e o resgate dos valores culturais são fundamentais para que se tenha uma sociedade saudável.
A situação da preservação do meio ambiente no seio das famílias, também, foi referenciada pelo vice-governador, que considerou a família como factor determinante na manutenção e preservação do meio ambiente.
“Temos de nos preocupar com o duplo movimento da extração dos recursos naturais para satisfação das nossas natureza, de forma sustentável e com a retoma destes mesmos recursos em forma de resíduos, pois todos nós somos responsáveis por garantir o equilíbrio intre e intra geracional”, disse.
A directora Nacional da Educação Ambiental, Karélia Costa, que desertava o tema o papel da família na promoção do meio, referiu que família é a gênesis de todo processo educativo, o espaço onde se cultivam valores, hábitos e costumes sustentáveis e uma ferramenta para impulsionar a educação ambiental.
Conforme Karélia Costa, a família é local de formação de uma consciência ecológica individual, colectiva e é ainda um instrumento de mudança social.
Já a chefe de Departamento de Igualdade do Gênero do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Joana Cortez, que falou da educação na perspectiva do gênero, o tipo de educação remete a necessidade de resolver os desequilíbrios existentes entre mulheres e homens, em distribuir equitativamente as actividades entre sexos nas esferas políticas e sociais.
Defendeu a modificação de estruturas sociais, mecanismos de regras práticas e valores que reproduzem a desigualdade e o fortalecimento do poder de gestão e decisão das mulheres.
O acto discutiu “Os direitos, deveres e responsabilidades das famílias”, “Educação na perspectiva do género e cultura da paz”, bem como “O papel da família na promoção da protecção do meio ambiente”.
Fonte: Angop
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