O porta-voz da Polícia Nacional informou, quinta-feira, que o caso do menor, de 14 anos, apresentado num vídeo a exibir e manusear uma arma de fogo, está a ser tratado pela corporação e a família, que mostrou abertura em colaborar com as autoridades.
Nestor Goubel lamentou, ainda, o facto de a sociedade estar a expor o menino nas redes sociais, por ser um menor de idade. “A situação do menor por ser inimputável não dá a detenção, mas sim, requer a responsabilidade dos pais, sobre a arma de fogo”, informou.
Em reacção ao vídeo visualizado por várias pessoas, o pai do menor afirmou que tomou conhecimento, com surpresa, do material, e disse estar disponível a colaborar com a Polícia Nacional para esclarecer os factos.
O pai mostrou-se, igualmente, insatisfeito com a situação, tendo afirmado que alguém agiu de má-fé ao divulgar o vídeo nas redes sociais, uma vez que havia sido gravado no dia 19 de Agosto deste ano, perto de casa, numa autêntica brincadeira entre o visado, irmãos e amigos.
A pistola, contou, estava debaixo do banco de um carro utilizado por si. “Na altura dos factos, estava ausente de casa e deixei a chave do carro em casa. O menino retirou as chaves e foi brincar dentro do carro, tendo gravado o vídeo em gesto de brincadeira”.
Por ser menor de idade, o pai reprova a atitude de algumas pessoas que espalharam as imagens e pediu à sociedade para evitar a divulgação do vídeo e outras imagens do menino nas redes sociais.
A atitude do colégio onde o menor estuda, adiantou, não foi a mais correcta.
“Ao expor publicamente a ficha completa do jovem, inclusive a fotografia, criaram uma situação constrangedora ao irmão gémeo, que agora está a sofrer bullying”, lamentou o pai do menor.
O menor, explicou, goza do princípio da presunção de inocência, sendo inimputável em razão da idade, e por isso deveria ser acautelado o direito à imagem, que está consagrado na Constituição da República.
“A família está disposta a levar o menor às autoridades para poder explicar o motivo de tal atitude”, esclareceu.
Fonte:JA
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