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Mercados apostam na limpeza

A compra de alimentos nos mercados informais, nos últimos tempos, tem sido a preferência de certas donas de casa, enquanto para muitas outras esses espaços são tidos mesmo como os únicos recursos para aquisição de produtos.

E, para quem acorre para esses mercados paralelos, a higiene e limpeza são factores essenciais para aderir ou não às compras, embora certos compradores não tenham esse elemento como tão fundamental.

Em função do primeiro aspecto, as administrações dos mercados de Luanda estão atentas e, por isso, a limpeza costuma a ser acautelada. Alguns desses espaços de venda têm a higiene e saneamento assegurados por operadoras de recolha de resíduos, enquanto noutros os próprios vendedores, periodicamente, limpam o local.

Numa ronda feita pelo Jornal de Angola, notou-se que muitos espaços públicos de venda têm condições atractivas para a realização de compras, embora noutros a higienização ainda precisa de ser melhorada.

No conhecido Mercado do 30, localizado no município de Viana, as actividades de comércio começam cedo. Os primeiros vendedores fazem-se aos seus lugares de venda às 5h00 da manhã.

Uma das primeiras preocupações dessas vendedoras, quando chegam ao local, é limpar os lugares de exposição de produtos, para, posteriormente, iniciarem as vendas.

A senhora Maria (quis ser apenas assim identificada), uma das vendedoras, acrescentou que, diariamente, todas têm esse procedimento como regra. “Se este é o nosso local de trabalho e queremos receber clientes, então, temos que mantê-lo limpo e, assim, conseguirmos vender”.

Mas, o grande trabalho de limpeza do mercado é assegurado por cerca de 200 homens, recrutados pela Administração do espaço comercial.

A administradora adjunta do mercado, Arieth Rogério, realçou que esses 200 homens estão distribuídos nas 12 áreas de comércio, onde uma dessa equipa inicia o trabalho às 5h30 da manhã, com a limpeza geral do mercado, e a outra entra em acção no final do dia, quando encerra o período das vendas.

Após a limpeza e organização do lixo, a recolha é feita por motorizadas de três rodas ou em carrinhas. Os resíduos são transportados para um aterro, localizado a poucos quilómetros do mercado.

A partir desse depósito, a empresa de saneamento Vista West recolhe e transporta o lixo ao aterro sanitário provincial, destino final dos resíduos sólidos. Este trabalho é feito duas vezes ao dia; manhã e fim do dia.

Embora Arieth Rogério não tenha precisado a quantidade recolhida, diariamente, fez saber que “é muito lixo retirado do mercado, atendendo às várias áreas de venda e a dimensão do espaço”.

A administradora adjunta realçou que o grupo que faz a limpeza no Mercado do 30 tem uma coordenação, formada por jovens frequentadores do espaço comercial. Muitos desses dedicavam-se à ocupação de lugares para estacionamento de viaturas e venda de sacos no interior do mercado.

Diariamente, os vendedores do mercado pagam uma taxa, no valor de 100 kwanzas, em que está incluída a contribuição para a limpeza.

Segundo a administradora adjunta, antes da entrada deste grupo de limpeza, as condições higiénicas no mercado eram muito precárias, daí que se recebiam regularmente reclamações, quer da parte dos vendedores quer de clientes e outros frequentadores do espaço.

A responsável reconheceu que o saneamento do Mercado do 30 já esteve em estado lastimável, particularmente na época chuvosa. Pequenos charcos e amontoados de lixo eram vistos em quase todas as áreas.

Arieth Rogério garante que, durante a quadra festiva, tudo está assegurado para um melhor funcionamento, limpeza do mercado e os clientes poderão fazer as compras de forma tranquila.

Mercado dos Congolenses   

No Mercado dos Congolenses, a recolha dos resíduos sólidos é feita pela operadora Kiaxi-West, no período pós-laboral. Normalmente, entre as 21 e 22 horas, período estabelecido.

Localizado no Distrito Urbano do Rangel, o mercado, que existe há mais de 40 anos, é considerado o centro de conserto de electrodomésticos e outros aparelhos electrónicos.

Logo à entrada da praça, estão instalados contentores cheios de lixo. A passagem para dar ao interior do lugar não é muito atractiva. Pelo chão encontram-se restos de objectos, desde garrafas de plástico, papéis, papelão, latas e  material electrónico, entre outros.

Em declarações ao Jornal de Angola, o chefe da Área de Saneamento e Fiscalização do mercado, Rodrigues Santos, disse que manter o espaço limpo não tem sido uma tarefa fácil. Tal como acontece noutros mercados de Luanda, a limpeza nos Congolenses também é feita no final do dia, depois da actividade mercantil.

Além do trabalho feito pela operadora, em articulação com a Área dos Serviços Comunitários do Distrito Urbano do Rangel, a gestão do espaço realiza, igualmente, campanhas de limpeza.

Os vendedores do mercado têm as suas responsabilidades, que passam pela execução de pequenas limpezas antes das vendas, como acontece à segunda-feira, dia inteiramente reservado à higienização.

Pouco brilho no Asa Branca 

Diferente de outros mercados, no Asa Branca, município do Cazenga, nem tudo era um “mar de rosas”. No seu interior, particularmente no sector dos frescos, encontramos áreas com algum lixo espalhado.

A nossa equipa de reportagem tentou ouvir vendedoras do mercado sobre a sujidade, mas essas negaram-se a prestar qualquer declaração ao Jornal de Angola.

No Mercado Asa Branca, os vendedores, em cumprimento das regras administrativas desses espaços de comércio informal, também, pagam uma taxa de contribuição para a limpeza e outros serviços.

Já no Mercado do São Paulo, o espaço é limpo. As várias secções estão organizadas por tipo de produto. As vendedoras apresentam trajes de uma determinada cor que as identifica por sector.

E, apesar da grande presença de clientes, a busca por produtos é facilitada por essas características acima referidas, principalmente por pessoas que frequentam com alguma regularidade o espaço comercial.

Defendida maior envolvência no saneamento dos locais de venda

O responsável reconheceu que, devido às limitações de vária ordem, com destaque para as financeiras, tem sido feito a conjugação de esforços, com a envolvência dos administradores do mercado, coordenadores das áreas de vendas, encarregados de limpeza e fiscais, no sentido de uma maior e melhor organização do mercado, em termos de saneamento.

“Nos dias em que temos limpeza geral, contamos com a participação de todos os vendedores”, disse, para acrescentar que os coordenadores de cada área seleccionam o pessoal que tem, especificamente, acesso ao mercado à segunda-feira, dia em que o espaço é encerrado para vendas.

Mensalmente, são feitas duas limpezas gerais com a selecção de pessoal. Mas, Rodrigues dos Santos esclareceu que, a meio da semana, são realizados outros dois trabalhos de saneamento, em que são integrados todo o pessoal da administração e vendedores.

No que toca aos contentores para a acomodação do lixo, reconheceu que o número ainda é exíguo, daí defender a necessidade de se dar uma melhor resposta neste quesito.

“Precisamos de um maior número de contentores, tendo em conta que, volta e meia, moradores das redondezas, também, fazem a deposição dos resíduos domiciliares nos reservatórios de uso exclusivo do mercado”, lamentou.

Mas, como em todos os outros mercados, os vendedores dos congoleses pagam, igualmente, uma taxa diária à administração. Essa tarifa, estipulada de 100 a 150 kwanzas, varia de acordo com a área de venda, em que estão incluídos o pagamento pela limpeza.

“Esta taxa permite que se pague os que tratam deste trabalho de limpeza e facilita a aquisição de utensílios como pás, vassouras e baldes”, explicou.

Fonte: Jornal de Angola

Ver mais em: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/mercados-paralelos-apostam-na-limpeza-para-atrair-clientes/

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