Vinte e duas mil novas infecções por Vih e Sida são registados anualmente em Angola, informou hoje, quarta-feira, em Luanda, o Presidente da Rede Angolana de Serviços de Sida (ANASO), António Coelho.
Falando à imprensa, à margem da preparação das Jornadas Alusivas ao Dia Mundial da Sida, António Coelho avançou que por ano morrem cerca de 16 mil pessoas com Vih, sendo que das 350 mil pessoas vivendo com esta doença, apenas 120 mil estão a fazer terapia anti-retroviral.
A nível das crianças, seis mil estão em seguimento terapêutico, num total de 39 mil portadores da doença, enquanto 44 mil jovens dos 14 aos 24 anos são seropositivos e somente 30 por cento faz o tratamento.
No que toca as taxas de transmissão vertical informou registar-se uma redução de 28 a 18 por cento, considerando um número alto, apesar da contribuição do projecto Nascer Livre para Brilhar.
Luanda é a província com maior número de transmissão, totalizando 40 por cento dos casos, seguido das províncias do Moxico , Cunene, as Lundas, Cuando Cubango e o Cuanza Norte.
Para si, a situação da Sida no país continua preocupante e em alguns casos alarmante, fruto de um conjunto de factores que contribuem para o seu aumento como a pobreza, mobilidade da população, bem como o início precoce da actividade sexual dos jovens.
Outro fenómeno que inquieta, disse, tem haver com a falta de insumos, existe uma indisponibilidade de preservativos, material de informação e educação, bem como uma base de dados estatística, existindo apenas estimativas que não reflecte a realidade dos factos.
A reunião de hoje serviu para criar estratégias e dar resposta as preocupações das comunidades, visando propor algumas acções comunitárias, como visitas de advocacia, campanhas de prevenção e educação, bem como a expansão de acções comunitárias.
Criada em 1994, a ANASO é uma organização apolítica, sem fins lucrativos, dotada de personalidade jurídica e assume-se como uma resposta inter-organizações para o problema da SIDA em Angola, que tem como objectivo facilitar a partilha de informação e a troca de experiência entre as OSC de combate ao VIH e SIDA em Angola e evitar a duplicação das actividades e o desperdício de recursos.
Fonte: Angop.ao
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