Sorriso no rosto e sensação de dever cumprido. Este é o retrato de quem alcança o primeiro emprego, após longas jornadas com currículos em mão, percorrendo longas distâncias em busca de oportunidades no mercado.
Fernanda Safuama, de 25 anos de idade, licenciada em Ciências da Comunicação, é um exemplo disso. A jovem passou por diversas etapas. Começou a trabalhar por diversas etapas, por causa das adversidades, desde muito cedo teve de trabalhar, para mitigar algumas coisas em falta, principalmente na fase da academia.
A sensação é de alegria, às vezes difícil de explicar. Só quem passa por isso sabe o quão bom é alcançar a tão desejada meta no “mercado de emprego”.
Para Fernanda Safuama, as pessoas são respeitadas quando alcançam o primeiro emprego. “Quando comecei a trabalhar foi uma sensação do tipo “Uau, sou muito pessoa” e quando se trabalha, somos respeitados em casa, as pessoas olham de uma forma diferente, enfim a sensação é de felicidade, uma mistura de sentimentos que só quem vive saberá compreender e contar o que realmente acontece dentro nós”, frisou.
Quando se termina a formação, a primeira sensação é de ter o emprego. Segundo a jovem, as tentativas foram muitas. “Em 2016 girei por alguns colégios, dois estabelecimentos, sem resposta. No segundo passei por uma experiência, houve um conhecido meu que me arranjou uma oportunidade, que era vender cigarros nos mercados de Luanda, com o vencimento de dez mil kwanzas”, lembra.
Disse que não foi tarefa fácil. “Na verdade, isto mexeu comigo, porque nos deixavam no mercado a girar de mercado em mercado. Eu sentia na pele o quão o emprego era difícil, era muito triste. A pessoa já chegava cansada. Prometi a mim mesma fazer algo melhor para não voltar a ter aquele tipo de trabalho”, disse.
Após a conclusão da formação, Fernanda Safuama passou por momentos difíceis. “Achava que já não daria jeito para mim, fiquei a fazer alguns negócios, vendendo algumas coisas. Na verdade, me sentia muito inútil nos dias que não saía de casa”, sublinhou.
Fernando Adão, jovem batalhador cheio de sonhos, licenciado, reconhece que com o primeiro emprego, a pessoa sente-se útil, devido a prestação de serviços para uma entidade patronal. “A sensação de nos sentirmos importantes e úteis ao prestar o nosso serviço para uma empresa ou empregador”.
Como qualquer jovem da sua faixa etária, que após o término dos estudos vai se especializando, enriquecendo o currículo para chamar atenção dos empregadores exigentes, Fernando Adão foi enriquecendo o currículo. A actualização do currículo, disse, com a participação em palestras e candidaturas espontâneas foram cruciais para a obtenção do primeiro emprego.
Sebastião Cassua, de 25 anos, licenciado, cheio de sonhos, batalhador afirma que é fantástico ter primeiro emprego, principalmente quando se tem metas. “Ter o primeiro emprego é fantástico, como jovem, com sonhos e metas, um emprego serve como base para alavancar os meus objectivos, dá a possibilidade de reunir recursos que ajudam a construir o meu percurso profissional”.
Ainda nesta senda, Sebastião Cassua assegura que o emprego nos permite acrescentar mais coisas no baú do conhecimento, o que é fundamental, visto que o mercado está cada vez mais rigoroso.
“Emprego dá-nos a capacidade de aumentar as nossas valências, ultrapassar os nossos limites, aumenta a nossa auto-estima, pois a sensação de saber que podemos contribuir para o engrandecimento de uma empresa é bastante satisfatória, independentemente da empresa ser de grande ou média dimensão, saber que temos um papel para o funcionamento desta empresa dá-nos uma sensação de auto produtividade”, disse.
Lembra que a trajectória para alcançar o primeiro emprego foi dura. “Para conseguir alcançar o meu primeiro emprego, lembro de ficar horas e horas em sites de recrutamento. Adoptei várias estratégias, uma delas foi comprar o jornal todos os dias, na esperança de encontrar uma vaga de emprego que fosse de acordo com as minhas competências profissionais. No decorrer das tentativas para alcançar o primeiro emprego, confesso que tive momentos de desespero, ansiedade, mas com a ajuda de Deus e o apoio de amigos e familiares foi possível alcançar o primeiro emprego”, disse.
Depois da meta surgem outras oportunidades, novos projectos em carteira para alavancar a carreira. Segundo Sebastião Cassua, a criação de oportunidades para terceiros é uma das suas metas. “Um dos meus maiores sonhos é me tornar um profissional qualificado. Poder criar projectos que agregam valores na vida das pessoas, e que acabam por impactar de forma positiva as pessoas”, sublinha.
No seu entender, o primeiro emprego é o início da jornada para a criação do perfil profissional ideal e ajuda a criar os alicerces seguros para uma vida profissional bem estruturada.
Com o primeiro emprego, existem mudanças visíveis na vida da pessoa. “Desde o momento que passei a estar empregado o meu desenvolvimento pessoal e profissional evoluiu bastante, o meu nível de produtividade teve um crescimento positivo. Passei a ser mais proactivo, ganhei mais confiança para alcançar e completar os objectivos definidos pela entidade empregadora”, disse.
Diz que uma das vantagens de estar empregado é poder contar com uma renda mensal para a execução de projectos pessoais, traçando metas para melhor organizar a vida financeira.
Independência financeira
Jussara Lemos refere que um dos principais benefícios do primeiro emprego é a independência financeira. “É uma sensação de independência financeira, porque a ideia é ser independente”, salientou.
Ao contrário de outros, Jussara Lemos diz que não teve dificuldades para encontrar o primeiro emprego. “Não tive tentativas, porque o meu primeiro emprego apareceu numa altura em que eu não estava ainda à procura de emprego. Digamos que o emprego veio até mim”, frisou.
Para Jussara Lemos ser empregador é diferente de estar empregado, permite dar oportunidades aos mais necessitados. “Um dos meus sonhos é poder trabalhar por conta própria, ter meu próprio empreendimento, crescer no mercado dos empresários e ajudar o meu país na taxa de emprego empregando várias pessoas”, disse.
Missão cumprida é a sensação de quem venceu na luta para obtenção do primeiro emprego. Délcio Anderson Da Silva Isata, de 29 anos, engenheiro de Electricidade e Electrónica, é exemplo disso. Após longas jornadas, alcançou o primeiro emprego. “É uma sensação única e prazerosa e de orgulho, até porque é vivida uma única vez”, disse.
Depois de um período enviando candidaturas, Délcio Isata finalmente atingiu o alvo. “Levou muito tempo para começar, recebi vários emails de negação de candidatura, durante anos. Só depois passando em vários processos de estágio em diferentes empresas, chegar até a fazer algo que não estejas a gostar, mas não temos opções quando não gostamos de ficar parados e num outro dia receber a tão desejada chamada para comparecer a tão desejada empresa com o trabalho digno e com certo patamar empresarial a nível nacional e internacional, foi duro mas valeu a pena”, disse.
Dar emprego a outras pessoas é a sua meta. “Ter uma empresa ligada ao ramo das tecnologias de energias renováveis em Angola é a minha meta. Não pode ser apenas o Estado, é necessário que mais empresas privadas alinhem-se neste sector”, sublinhou.
O técnico afirma que qualquer emprego no país é desejado. “Em Angola todo emprego é tão desejado, pelas dificuldades que temos de alcançá-lo. Como um jovem que está a começar a se organizar, digo que numa primeira fase satisfaz para o básico”.
O término do estudo gerou transformações na vida do Délcio Isata. “Mudou a maneira de encarar as coisas, com ou sem dificuldades devemos estar sempre prontos e dispostos a encarar, dar soluções aos problemas”, frisou.
“Mudou também porque passei a ser dono do meu próprio umbigo, porque passei de um estudante para um engenheiro técnico profissional, independência financeira, ganho de ocupação indefinida, maior capacidade financeira para projectos individuais e outros”, disse.
Fonte: JA
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