Ofertas de dinheiro e bens às crianças de rua estão entre os principais factores que desmotivam o regresso de menores ao seio familiar em Luanda

As ofertas de dinheiro, alimentos e bens às crianças de rua estão entre os principais factores que desmotivam o processo de sensibilização realizado pelo Instituto Nacional da Criança (INAC) para levar estes menores ao convívio familiar ou centros de acolhimento, disse, sábado, em Luanda, o director-geral da instituição.

Paulo Kalesi ressaltou que por mais iniciativas das equipas de trabalho para reduzir a vigência de menores nas ruas, a maioria deles prefere ficar nessa situação por encontrar conforto nas pessoas que diariamente passam pelas ruas. “Erradamente, insistimos em cometer este péssimo acto, principalmente as igrejas”.

As esmolas dadas nas ruas e nas comunidades, disse, deveriam ser revertidas aos lares e centros de acolhimento, para atrair a ida dos menores para estes locais, que além de ajudar na melhoria da dieta alimentar das crianças e adolescentes vão despoletar uma série de acções importantes, como a inserção na escola e noutras actividades relevantes.

“Continuamos a dar um mau exemplo, porque com estes gestos, que parecem bons, porém prejudiciais às próprias crianças, levamos muitas delas a adoptar as ruas como o seu normal habitat”, ressaltou.

Conflitos com a lei

Sem avançar números estatísticos, Paulo Kalesi explicou que o INAC estabeleceu um entendimento de cooperação com a direcção da Cadeia de Calomboloca, onde está um número considerável de menores em conflito com a Lei, para apoio psicológico, no sentido de afastar permanentemente o hábito de cometerem actos ilícitos.

As apostas do INAC , realçou, são no sentido de criar um reenquadramento dos menores nas famílias e na sociedade. Para tal, adiantou, fizeram, também a formalização de acordos de cooperação com a “DBC MMA Evolução de Clubes de Artes Marciais”, como forma de incutir o gosto pelo desporto nestes e, assim, dirimir o risco de voltarem a cometer crimes, depois de cumpridas as respectivas penas.

As artes marciais, avançou,  trazem vantagens no processo de inclusão social, porque, na prática, traduz entre outros aspectos importantes, o respeito, honestidade, fidelidade e acima de tudo, o resgate da educação. A iniciativa, denominada “Saia do crime e faço-te campeão”, tem, revelou, retirado inúmeros adolescentes e crianças do mundo do crime.

Em todo o país, a escola “DBC MMA Evolução de Clubes de Artes Marciais” conta com mais de 13.800 alunos.

O lema do projecto tem sido “Crime zero”, instituído pelo Ministério da Assistência Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU), visa reintegrar as crianças e adolescentes em diferentes modalidades desportivas.

Instituição regista 11 mil casos de violência

De Janeiro a Agosto de 2023, o INAC registou mais de 11 mil casos de violência doméstica contra crianças em todo  o país. As denúncias, de acordo com Paulo Kalesi, foram feitas de forma presencial, anónima e através do portal oficial do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU).

No mesmo período, acrescentou, o sector registou 300 casos de menores envolvidos em crimes. Os abusos sexuais, a falta de prestação de alimentos, agressão física, verbal e constantes atropelos dos 11 compromissos da criança, são, entre outras, as  causas gerais de violência notificadas pelo INAC em todo o país.

Fonte: JA

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