Em Angola não existe narcotráfico, nem o registo de estruturas ou efectivos do Ministério do Interior envolvidos em actividades ligadas ao tráfico de drogas, segundo o director de Segurança Pública e Operações da Polícia Nacional.
Orlando Bernardo, em declarações à imprensa, à saída do primeiro encontro de auscultação solicitado pela Segunda Comissão da Assembleia Nacional, que tinha como objectivo esclarecer a actual situação da segurança pública no país, acrescentou que a proliferação de informações falsas nas redes sociais e em alguns canais televisivos sobre a existência de narcotráfico em Angola visa despistar o foco dos órgãos de segurança no combate ao tráfico de drogas.
De acordo com o director de Segurança Pública e Operações da Polícia Nacional, a proliferação de notícias nas redes sociais sobre a existência de narcotráfico em Angola é sinónimo de que o combate ao tráfico de drogas e de outras actividades ilícitas está a dar resultados positivos, facto que incomoda as pessoas envolvidas.
O narcotráfico, referiu o comissário Orlando Bernardo, é a fase elevada do crime organizado, que afecta qualquer governo, órgãos judiciais, bem como outras estruturas políticas e administrativas do país, cujas características não são registadas em Angola até ao momento.
Acrescentou que a informação posta a circular nas redes sociais é uma forma de despistar o foco dos órgãos de segurança no combate ao tráfico de drogas, que permitiu que, no ano passado, fossem detidos mais de mil indivíduos envolvidos em actividades ilícitas.
“A Polícia Nacional tem o controlo absoluto e certeza que o que tem ocorrido a nível das redes sociais sobre a existência de narcotráfico não se traduz em factos”, afirmou o director de Segurança Pública e Operações da Polícia Nacional.
Orlando Bernardo admitiu que Angola é um local de trânsito de drogas, dada a sua localização geográfica, sendo, também, de algum tempo para cá, um espaço de consumo.
Relativamente ao tráfico de combustível, Orlando Bernardo referiu que a Polícia Nacional tem feito um trabalho aturado no combate a esse crime, cujos resultados têm sido satisfatórios, tendo resultado, em 2022, na apreensão de mais de quatro milhões de litros de gasolina e gasóleo.
Segundo o director de Segurança Pública e Operações da Polícia Nacional, além das acções de combate ao tráfico de combustível, os órgãos de segurança têm promovido campanhas de sensibilização nas comunidades para desincentivar tais práticas.
O deputado da Assembleia Nacional Joaquim Nafoia manifestou-se satisfeito com as explicações dadas pelo Ministério do Interior em relação às informações sobre a existência de narcotráfico em Angola, defendendo que os órgãos de direito devem informar, regularmente, para se evitar especulações nas redes sociais, que podem criar sentimento de instabilidade social.
Fonte: JA
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